Meu dia de morrer/pt 1

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AVISO!!!

ESSE CAPÍTULO CONTÉM CONTEÚDO EXTREMAMENTE SENSÍVEL!
ELE É MUITO IMPORTANTE PARA O CRESCIMENTO DA HISTÓRIA, ENTÃO CONTEM RESPOSTA.



Passado on;

— Eu não quero fazer isso...pra que roubar?- pergunto apreensiva.

— Eu tenho que dizer pela milésima vez?! Por quê eu não tenho dinheiro e me recuso que você pague pra mim!- diz grosso, ele levanta a mão mas abaixa.

Me encolho com medo de sua próxima ação. Ele poderia ser bem explosivo as vezes.

— mas...eu sempre pago pra você...um drope de bala não vai ser muita coisa...

— Você tá me dizendo que eu vivo nas suas custas, sua arrombada?!- ele vem pra cima e segura meu braço com força, me impedindo de pegar minha carteira.

Olho para os lados e vejo uma mulher de cabelos vermelhos acompanhada de uma criança levantar o celular discretamente e apontar para nós.

— Por favor...aqui não, tem gente olhando...pode sair em sites de fofoca...- falo rápida pelo medo de ser agredida em público.

Mas o que eu poderia fazer? Eu era uma menina de quinze anos e ele um adulto de vinte e dois.

Ele não era agressivo... só estava passando por um momento difícil! Ele tinha acabado de ser demitido era por isso que ele está tão estressado recentemente...mesmo que já tivesse passado dois meses de sua demissão.

Ele larga meu braço com força, ele profere palavrões e ofensas a mim e a quem olha por muito tempo.

— Vamos indo, Ryle? Eu vou pagar o que você quiser daqui!

— Não quero mais nada, vamos para casa.- arregalo os olhos com seu tom enfurecido.- não ouvi? Agora!

Ele me pega pelo braço e me prende ao seu corpo pelo meus ombros, solto um grunido pela dor da pressão feita ali.

— Eu tenho que ir para escola, logo após tenho um jantar importante. Não posso ir.- eu suava frio, sabia que se entrasse no seu carro não conseguiria sair.

— Celine, não me faça te quebrar na porrada. Não tem como dizer que caiu da escada de novo e aí seu irmão vai procurar saber e vai me encontrar... você não quer que ele me faça mal, quer?

Sua voz era mansa, ele faz um carinho em minha bochecha e deixa um beijo nos meus lábios.

— Ok, vamos...

Ele sorriu e abriu a porta para mim. Vejo ele olhando para todos os lados antes de entra também. Ele senta no banco do motorista e liga o motor.

Sua primeira ação e clicar no botão que tranca as portas. O barulho do trinco fechando faz meus pelos se arrepiarem. Dou um salto no banco e fecho os olhos tentando acalmar minha respiração. Meu coração batia mais rápido que tampor de escola de samba.

Entramos em uma estrada de terra, não via mais os prédios de Los Angeles, nem sabia mais se estava na minha cidade. O lugar era de puro barro e vegetação, não se via nem uma alma viva. Nem mesmo um cachorro de rua.

Já tinha se passado...talvez algumas horas? Já havia perdido a noção do tempo, o rock pesado que tocava no rádio fazia minha cabeça latejar. Fecho os olhos tentando me concentrar em alho que não seja o medo gritante dentro de mim.

Respiro fundo algumas vezes, meu coração vai acalmando as batidas aos poucos. Até que ele me encosta, primeiro um leve carinho.

Até que ele coloca a mão em minha coxa e acaricia devagar com o polegar. Sorrio nervosa e dou um beijo no seu ombro malhado.

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