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Gritos de dor ecoavam pelo quarto da Grã-Rainha que era protegido com uma barreira mágica para que ninguém soubesse o que estava acontecendo naquele quarto

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Gritos de dor ecoavam pelo quarto da Grã-Rainha que era protegido com uma barreira mágica para que ninguém soubesse o que estava acontecendo naquele quarto.

Durante longos dez meses Amarantha conseguiu manter aquela gravidez em segredos de todo; ninguém havia sequer desconfiado que a grã-feérica esteve grávida, já que ela havia sido bastante cautelosa e soube esconder muito bem aquela gravidez indesejada; até mesmo do pai daquela criança.

- "Tire logo essa coisa de dentro de mim!" - Amarantha soltou um rugido furioso de dor.

Quando a Grã-feérica descobriu que estava grávida, ela estava decidida a tirar aquela criança, ela não tinha jeito para ser mãe, aliás ela nunca quis ser mãe e muito menos queria ter um filho do Grão-Senhor da Corte Noturna mas a maldita poção contraceptiva que tomava não havia feito efeito e esse bebê era o resultado disso.

Mas mesmo estando ainda no início da gestação, Amarantha podia sentir que aquela criança seria bastante poderosa; principalmente quando pensou na possibilidade de que a criança pudesse de alguma forma herdar nem que seja uma pequena fração dos poderes dos sete Grão-Senhores; mesmo que a Grã-Rainha não pudesse acessá-los, ele ainda estava contido dentro dela, por causa desse motivo Amarantha decidiu manter aquele bebê pois pretendia usá-lo para seu próprio benefício quando tivesse controle o suficiente dos seus poderes.

- "Mais um pouco de força, minha rainha. A criança já está quase saindo!" - a curandeira vinda de Hybern especialmente para realizar o parto, incentivava a Grã-Rainha. Essa foi a única curandeira que Amarantha confiava para saber sobre essa gravidez.

O parto já durava longas horas, Amarantha se contorcia de dor enquanto tentava expelir aquela criança, mas estava sendo um parto difícil, principalmente pelo fato da criança ter asas illyrianas como o pai e Amarantha sabia que seu corpo de grã-feérica não estava preparado para dar a luz a uma criança com asas, mas o que Amarantha jamais imaginou que aquela dor seria tão forte que parecia que iria morrer.

Sua pele estava brilhando de suor, seus cabelos ruivos estavam colados em sua testa, sua respiração estava irregular e seu coração batia tão forte que chegava a doer em seu peito.

Reunindo o máximo de dor que conseguia, soltando um longo e alto grunhido de dor, Amarantha fez força uma última vez para que a criança saísse completamente.

O corpo da grã-feérica desabou na cama, cansado e dolorido por causa das longas e duras horas de trabalho de parto, enquanto um alto e estridente choro de um bebê era ouvido por todo o quarto.

- "É uma menina, majestade!" - a curandeira exclamou pegando a menina em seus braços para limpá-la e examiná-la. - "É uma linda e saudável garotinha!" - a fêmea sorriu encantada enquanto enrolava a pequena bebê em uma manta para mantê-la aquecida. - "Deseja segurá-la majestade?"

- "Me entregue ela aqui!" - a Grã-Rainha murmurou ainda ofegante.

A fêmea se aproximou da grã-feérica sobre a cama e com cuidado passou a menina para os braços da mãe, e então a curandeira passou a cuidar da Grã-Rainha enquanto ela olhava a bebê em silêncio.

Amarantha não disse nenhuma palavra enquanto olhava para a bebê, ela apenas a observava atentamente cada pedaço da  criança sem esboçar nenhuma reação. Ela apenas a observou. A pequena bebê havia herdado o seu tom de cabelos e o seu tom de pele pálido, mas era aí que terminava as semelhanças entre elas. Além das asas, a menina herdou praticamente todos os traços de Rhysand, desde a cor dos olhos, o nariz e até mesmo o formato de sua boca. Só de olhar para a menina, não dava para negar quem era o seu pai.

Enquanto olhava para a sua filha em seus braços, Amarantha não conseguia sentir nada, nem amor, nem carinho, ódio ou repulsa, somente um grande nada. A grã-feérica deixou de acreditar no amor há muito tempo atrás; sua irmã Clynthia costumava a acreditar nele e seu destino não foi nada bonito, porque graças ao amor que ela sentia pelo lixo humano Jurian, ela ficou tão cega que acabou não percebendo que estava sendo usada para obter informações e no fim acabou sendo cruelmente morta por ele.

O amor deixava as pessoas fracas e vulneráveis... Amarantha passou a repudiar esse sentimento.

- "Pegue a menina." - ela resmungou se dirigindo a curandeira, que não hesitou em pegar a bebê nós braços. - "Conseguiu o que eu pedi?"

- "Sim senhora, a ama de leite já chegou e está aguardando a menina no quarto." - a fêmea diz de maneira suave.

- "Ótimo. Agora pode levá-la." - a Grã-Rainha diz deitando a cabeça no travesseiro.

A curandeira começou a caminhar até a porta com a bebê recém-nascida em seus braços, mas parou de andar antes que pudesse abrir a porta do quarto e olhou para a Grã-Rainha que estava de olhos fechados visivelmente cansada.

- "Majestade, como a menina se chamará?"

Amarantha abriu os olhos, lançou um longo olhar para a fêmea parada perto da porta do quarto e soltou um suspiro pesado antes de responder. 

- "Adhara. O nome dela é Adhara."

BOA LEITURA

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859 palavras

Corte de Sonhos e DesejosOnde histórias criam vida. Descubra agora