capítulo cinco

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Hyunjin era uma bagunça de sentimentos, comumente a melancolia em sua mais crua personificação

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Hyunjin era uma bagunça de sentimentos, comumente a melancolia em sua mais crua personificação.

Suas semanas solitárias e vazias de repente se tornaram quentes e acolhedoras, regadas por cappuccinos quentes da padaria preferida dele e de Minho, sorrisos calorosos, conversas íntimas e beijinhos bobos de duas pessoas prestes a se apaixonarem.

Ele estava feliz e era possível notar isso a quilômetros de distância. Em um sábado de manhã e ele estava completamente sujo de argila enquanto suas mãos moldavam um bolo com a argila branca ainda maleável. O barro que cedia entre seus dedos aos poucos tomava forma, transformando-se em algo bonito e totalmente sentimental. Sempre fora adepto a arte em suas mais variadas formas e a escultura era uma delas apesar de ter sida deixado um pouco de lado nos últimos meses. 

Não havia voltado a mexer com a argila de repente, na verdade, na noite passada Minho lhe presenteou com um quadro tão bonito de duas figuras embaçadas e tremidas abraçadas em uma rua iluminada por portes que Hyunjin se viu na obrigação de lhe presentear com algo a altura. Um quadro seria óbvio e por isso não pensou duas vezes em tirar os pacotes de argila de seu armário junto com sua banqueta giratória e um pouco de água. 

Sua relação com Minho estava cada vez mais firme e sentimental, se sentia tão bem com o mais velho que nem percebia o tempo passar. Seus pensamentos sempre voavam para o dono de seus suspiros e seu coração acelerado, se viam rotineiramente na semana quando dava as aulas de artes para as crianças do hospital e, como uma tradição, saiam para tomar café após um longo dia de voluntariado. Quando não estavam juntos, se viam trocando mensagem que não tinham fim, se quer davam boa noite ou bom dia pois o assunto nunca terminava entre eles, dormiam trocando mensagens e acordavam continuando o assunto.

Hyunjin sequer percebia que Jeongin já não assombrava tanto assim seus pensamentos, era comum para si se pegar delirando em eventos fantasiosos que não aconteceriam com seu ex namorado ou então relembrando de momentos felizes que o deixava terrivelmente melancólico. Porém, desde que começara uma relação romântica com Minho, não tinha mais tanto tempo para se torturar dentro da própria mente. 

Claro, alguns momentos de fragilidade aconteciam, como agora enquanto olhava o bonito vaso que havia feito se secar pouco há pouco com a temperatura ambiente.

Sua relação com Minho era bonita e ele apreciava aquilo, tinha tudo para ser uma pessoa traumatizada com relacionamentos mas o Lee era tão incrível que sequer permitia que Hyunjin pensasse coisas ruins de si. O fantasma de Hyunjin não era o medo de ser abandonado novamente como fora um dia, muito menos acordar com mensagens dizendo que Minho não via um futuro consigo; seu fantasma, na verdade, era não retribuir e ser tão genuíno como Minho era consigo.

Tinha amarras em si que não o tornava seguro para Minho e Hyunjin odiava saber disso.

Sua cabeça e sua existência sempre foram repletas de "e se?". E se nunca conseguisse deixar de amar o ex-namorado? E se isso estragasse a relação que tinha com o Lee? 

movies and powerpoint nights • jeonghyunknowOnde histórias criam vida. Descubra agora