13 de Dezembro de 2025 | 36 semanas e 3 dias
Os olhos de Carmine analisavam atentamente a pele esticada de sua barriga.
Desde quando descobriu a gestação, ela imaginava como seria quando tivesse chegado ao nono mês, que ao contrário do que era popularmente conhecido, não marcava os últimos dias daquele ciclo.
Apesar da baixa estatura e do corpo sempre magro, as estrias não apareceram e no fim das contas Carmine nem havia engordado tanto assim, foram sete quilos, sendo que quase três eram Lieve.
A pequena estava quieta naquele sábado, geralmente os dias mais frios a faziam se mexer menos, mas nem os movimentos mais bruscos da italiana estavam provocando os fortes chutes que se faziam presentes nos últimos meses.
Num gesto que, olhando de fora, Carmine julgaria bobo, ela cutucou a própria barriga com o indicador, numa tentativa falha de fazer a filha se mexer lá dentro.
O incômodo que estava sentindo na região do quadril, a diminuição dos movimentos de Lieve na barriga e o cansaço constante que a italiana sentiu durante todo o dia, eram indicativos do corpo para iniciar o processo do trabalho de parto. Carmine tentou ignorar aquelas sensações, mantendo firme o pensamento de que a filha iria esperar, pelo menos, as 38 semanas para vir ao mundo.
- Eu pedi nosso jantar.
A voz de Max ecoando pela sala, fazendo Carmine dar um pequeno pulo de susto no sofá pelo retorno repetindo do turbilhão de pensamentos em que ela se encontrava.
- Não estou com fome, amore - apesar do apelido carinhoso, uma careta foi acompanhada das palavras - Mas, obrigada - uma tentativa de sorriso surgiu no rosto da italiana assim que o piloto deu a volta no estofado e sentou ao seu lado.
- O que está acontecendo? Você está com dor? - o gesto de cobrir a barriga da esposa com a mão havia se tornado automático para Max com o passar dos meses.
A tentativa de Carmine de respirar fundo para evitar que as lágrimas continuassem se formando em seus olhos foi falha, fazendo Verstappen se assustar e escorregar no sofá para mais perto, aconchegando seu corpo em um abraço.
- Eu não sei, Max - o carinho do marido em seu quadril parecia um alívio ao desconforto que a italiana sentia - Estou notando alguns sintomas pré-parto e a Lili ainda tem só 36 semanas - ela fungou, apertando a mão de Max contra a sua - Ela ainda não está pronta, os pulmões podem não estar maduros o suficiente e se talvez ela precisar de...
- Mine, respire, por favor - sempre que ficava ansiosa, Carmine disparava palavras sem parar, muitas vezes tropeçando na pronúncia das mesmas - O que você está sentindo? - ele separou o abraço, esfregando os dedões pelas bochechas da esposa para secar suas lágrimas.
- Um desconforto no quadril - ela respirou fundo - Me sinto cansada, mesmo não tendo feito nada o dia todo e a Lili está quietinha demais - nem mesmo o toque de Verstappen fez com que a filha se mexesse bruscamente como havia se tornado costume - São sintomas que antecedem o parto - Carmine suspirou, sentindo as lágrimas querendo se formarem outra vez - E eu só não quero que a Lieve vá para a UTI - as últimas palavras soaram como um sussurro, assustadoras demais para serem ditas em alto e bom som.
Por alguns segundos os pensamentos de Max pareceram fluir de modo automático, com a consciência de que precisava acalmar a esposa, mas ao mesmo tempo assustado com a ideia de que a filha poderia nascer prematura.
- Você acha que devemos ir para o hospital? - a pergunta do piloto poderia até parecer boba, mas naquele momento era única que fazia sentido e foi respondida por um aceno negativo - Mas, se você sentir que precisa, nós vamos - ele entrelaçou seus dedos nos dela firmemente - Não tem ninguém que entenda melhor como funciona um trabalho de parto como você - um esboço de sorriso surgiu no rosto de Carmine ao ouvir aquele "elogio".
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one door for two | MAX VERSTAPPEN
Fiksi Penggemar/𝒅𝒊𝒗𝒊𝒔𝒂̃𝒐/ {𝗌𝗎𝖻𝗌𝗍𝖺𝗇𝗍𝗂𝗏𝗈 𝖼𝗈𝗆 𝗈𝗋𝗂𝗀𝖾𝗆 𝗇𝗈 𝗅𝖺𝗍𝗂𝗆} - 𝒄𝒂𝒅𝒂 𝒖𝒎𝒂 𝒅𝒂𝒔 𝒑𝒂𝒓𝒕𝒆𝒔 𝒒𝒖𝒆 𝒄𝒐𝒎𝒑𝒐̃𝒆𝒎 𝒖𝒎 𝒕𝒐𝒅𝒐 𝖰𝗎𝖺𝗇𝖽𝗈 𝐂𝐚𝐫𝐦𝐢𝐧𝐞 𝐆𝐢𝐨𝐫𝐝𝐚𝐧𝐧𝐨 𝖿𝗈𝗂 𝗋𝖾𝖼𝗅𝖺𝗆𝖺𝗋 𝖽𝗈 𝖻𝖺𝗋𝗎𝗅𝗁𝗈 𝖽𝖺...