lista catastrófica doque eu posso dizer

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Os lábios de Nayeon tinham gosto de cereja.

De todos os detalhes da noite, esse foi o que ficou comigo.

Mesmo depois que eu me afastei, mesmo depois que eu me despedi de todos e entrei dentro do carro, totalmente sóbria. Eu queria dizer que não estava afetada. Eu queria dizer que aquele leve encostar de lábios não tinha significado nada, porque provavelmente, para ela, não tinha.

Eu não deveria me importar. Mas eu me importo.

Como? Apenas me diga como de tudo que aconteceu minha cabeça insistia em reprisar esse maldito beijo?

Por que eu não me lembro do resto da festa? Por que parece que não aconteceu nada? Nada além daquilo.

Se eu pudesse voltar no tempo, eu teria deixado Dahyun sozinha e voltado para o conforto da minha casa. Agora, dentro do uber estou repensando tudo que eu poderia ter feito.

Mesmo depois da perda de ontem não fomos desclassificados e muito menos rebaixados, apenas decidiram colocar nosso jogo para próxima semana. O que não é muito já que amanhã já é sexta feira, mas temos alguns dias para treinar.

Tenha quase certeza que na reencarnação passada eu cometi um crime terrível, só isso pode explicar o meu azar!

Meu celular vibra na minha mão, ligo ele e me assusto com o brilho alto, então abaixo um pouco. Pode facilmente ser Mina perguntando se eu estou bem e se o Uber me sequestrou, Dahyun é fofoqueira, não duvido que ela já tenha dito.

Mas de todas as pessoas que eu esperava me mandar mensagem, Nayeon não era uma delas.

Eu deveria responder. Certo, com certeza eu deveria responder, mas não vou! Não tenho cabeça para isso agora.

O carro estacionou em frente a minha casa, paguei e logo desci andando na direção da porta, são cerca de onze da noite e eu estou torcendo para que meu pai não esteja em casa.

Ele passou a semana fora, o mínimo que ele pode fazer é não estar em casa agora.

Passo silenciosamente pela porta, fazendo o mínimo de barulho possível, de todas as desgraçadas da noite eu espero algo bom.

Ao decorrer do caminho não vejo nada e presumo que meu pai não está em casa. Entro no meu quarto e penso seriamente em só me jogar na cama, mas me bate um segundo de consciência... tomo banho, coloco meu pijama, guardo minhas roupas pro treino de amanhã e me deito.

Confesso que tentei dormir, eu confesso. mas não obtive resultados, algo no meu subconsciente estava me dizendo que eu deveria responder aquela mensagem antes de dormir.

"garota, você tá bem? você saiu daqui toda esquisita"

Digitei e apaguei. Digitei e apaguei. Digitei e apaguei. Digitei e apaguei. Digitei e apaguei novamente.

Eu não fazia a mínima ideia do que responder, então, peguei um caderno e comecei a fazer uma lista com cada resposta que eu poderia dar.

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maldita, jogadora - 2YEONOnde histórias criam vida. Descubra agora