Sana só queria ter uma vida com paz enquanto completava sua faculdade, porém, sequer esperava que um homem fosse aparecer na sua vida milagrosamente, sendo o cara mais obcecado e protetor de toda a sua vida.
Ela também não imaginava que tal homem, d...
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Cheguei em casa mais assustada do que nunca, até parecia que tinha visto um fantasma na rua. Estava quase arrancando meus cabelos, andando de um lado para o outro igual uma maluca. Os seguranças até tentaram me tranquilizar, mas eu não consegui responder nenhuma de suas questões e passei reto como se eles não existissem.
Vou ter que pedir desculpas por isso depois que me acalmar. Acho que pagando um lanche já será de bom tamanho.
Estava em choque, pensando em mil e uma coisas sobre o que acabara de acontecer. Espero que eu esteja maluca ao ponto de ver vultos na rua. Estava perdendo a pouca sanidade mental que me restava.
JungKook era um bandido?
Não fazia o menor sentido.
Jeon é um cara bem sucessido, tem um ótimo emprego, é famoso. Por que caralhos ele entraria para a vida do crime? Pensar nisso me deixa nauseada.
Já estava ficando até tonta de tanto que andava pela sala, não conseguia me controlar direito, estava nervosa por algo que sequer tinha certeza se era real ou não. Talvez eu esteja delirando demais.
De repente, a campainha tocou e me senti estática. Eu sabia que ele estava na porta, era sempre ele que fazia visitas para mim esses horários trazendo lanches para comermos antes do meu trabalho. Não querendo demorar muito, andei rápidamente até a porta e a abri, dando de cara com ele na minha frente.
— Boa noite, cattus! Como foi sua faculdade? — Questionou com um sorriso nos lábios, erguendo a caixa de pizza para mim. Eu não consegui respondê-lo, fiquei em silêncio analisando certos pontos de seu rosto para comparar à cena que vi mais cedo na rua.
O piercing em sua sobrancelha direita, as tatuagens bem expostas e chamativas por todo o seu braço e mão direita, os piercings e brincos aglomerados em sua orelha esquerda e se balançando com os movimentos de seu rosto, seus olhos escuros e brilhantes.
Era idêntico ao homem que vi mais cedo.
O fato do homem também ter entrado em desespero quando o chamei pelo nome "JungKook", só me deixava mais inquieta. Era ele.
— Cattus? Por que está me olhando desse jeito? Tem algo de errado comigo? — Questionou agora sem o sorriso no rosto, parecia confuso, até porque, não tinha respondido nenhuma de suas questões sobre o que estava acontecendo e sobre o meu dia na faculdade.
Sem pensar duas vezes, puxei JungKook para dentro de minha casa e ele reclamou por quase ter derrubado a caixa de pizza no chão. Eu mal conseguia tirar os olhos dele, sem acreditar que era real o que eu tanto pensava.
Estava parecendo uma maluca.
— Me explique isso, agora!? — Foi a única coisa que consegui dizer, arrancando um sorriso ladino do morreno. Ele tinha o talento de fazer essas coisas nos piores momentos.
— Olha só, toda marrentinha e mandona. Isso me excita tanto, amare... — Mordia os lábios e arriscava se aproximar de mim depois de colocar a caixa sobre a mesa. Claramente estava me provocanod, mas não estava no momento para isso.
— Não estou brincando, me explique isso agora, Jeon JungKook! — Bati o pe no chão, indignada com a ousadia dele de querer me provocar em uma situação como essa. Depois disso, ele parou de brincar e ficou sério.
— Explicar o que? — Abriu a caixa de pizza, agora de costas para mim.
— O que aconteceu mais cedo.
Jungkook pareceu não entender. Ele me olhou de novo com uma expressão confusa no rosto. Ele sabia mentir, e eu sabia que estava mentindo muito bem. Qualquer outra pessoa acreditaria que ele realmente não sabe do que estamos tratando na conversa.
— Não sou idiota, Jeon JungKoook.
— Está me chamando demais pelo nome completo. — Comentou baixo enquanto mordia a pizza, me olhando com os olhinhos brilhando.
— Eu vi você e outros garotos correndo com sacos nas mãos para uma Van. — Finalmente disse sem desviar o olhar do moreno.
Jeon tem olhos intensos demais para esconder algo, então, conseguia distinguir o que estava sentindo ou pensando naquele momento. Ele foi pego no pulo mesmo tentando se esconder de todos os jeitos.
Ele tinha pontos específicos demais, qualquer um conseguiria reconhecê-lo de qualquer forma. Os piercings chamativos, suas tatuagens e seus olhos brilhantes. Impossível não reconhecer.
— realmente não tem nada para me contar, Bundy?
Ele fraquejou. Não esperava ouvir tal apelido de mim, seus olhos brilhavam demais e seu pomo de adão subia e descia várias vezes, indicando que estava nervoso demais e tentava aliviar isso engolindo saliva que nem tinha mais em sua boca. Seu corpo estava rígido, a respiração pesada e seus olhos pesados sobre mim.
— Por que você quer saber sobre isso? — Agora foi sério, dando mais uma mordida na pizza. Eu só cruzei os braços.
— Porque você escondeu isso de mim, mesmo dizendo que deveríamos ser sinceros um com o outro sobre tudo, independentemente do que for! — Quase esbravejei.
— Então, estamos namorando para vir tirar satisfação comigo? — Aquela questão me pegou de surpresa, principalmente ao vê-lo se aproximar de mim em passos lentos. Eu recuei discretamente.
— N-não, não estamos, mas-
— Bom, não te julgo se quiser namorar comigo, porque eu também quero! — Quase bufei, estapeando seu peitoral e vendo-o rir. — Está bravinha? — Ironizou, erguendo uma sobrancelha enquando mantinha aquele sorriso safado nos lábios. Maldito!
— Qual é! — Reclamei. — Só quero entender o que está acontecendo e saber com quem estou me envolvendo! Uma hora diz que é modelo de uma marca famosa, outra hora, vejo você sair correndo de uma casa abandonada com um bando de garotos e com sacos na mão depois de um tiroteio, roubando, seja lá quem, como se fosse um cara fora da lei! — Esbravejei e pude ver seu sorriso sumir, seu corpo ficar tensionado e, principalmente, sua mandíbula ficar marcada.
Disse tais coisas tão rapido que Jeon sequer me respondeu, apenas se virou e foi até a mesa. Ele simplesmente se sentou ali e pegou o próprio celular. Não estou acreditando no que estou vendo.
— Está de sacanagem?! — Esbravejei, andando em passos firmes até ele e me sentando na sua frente. — Vai mesmo me ignorar e mexer no-
Fui interrompida rapidamente pelo gesto do moreno, este que estendeu o celular para mim com uma matéria aberta. Receosa, porém, curiosa, peguei seu celular e comecei a ler o que estava escrito.
"Bundy, o maior mafioso de toda a Coreia do Sul, acaba de se tornar o maior suspeito de mais um dos casos mais sérios do país. A polícia ainda não conseguiu descobrir o principal culpado pelo crime, porém, alegam desconfiar de Bundy por todos os seus crimes perfeitos e impossíveis de se resolver e encerrar após a explosão de um predio recém construído e inaugurado no centro de Seul. A explosão deixa mais de 400 feridos e 50 mortos, incluindo o responsável pela inauguração do prédio."
Eu estava asusstada, pois me lembrava perfeitamente daquele caso em específico. Lembro-me muito bem que todo o páis entrou em desespero e que os jornais não paravam de noticiar tal coisa, mostrando o desespero dos policiais para resolver esse caso.
O caso já tem mais de cinco anos e até hoje não descobriram o culpado daquela tragédia toda.