Myoui's Company | Michaeng G!P

(01)

- Amiga, faz quanto tempo que você não transa? - Dahyun perguntava pela milésima vez, no meu escritório.

- Apenas alguns meses, eu não estou na seca, eu me viro muito bem, se quer saber. - Começo a digitar no meu computador, teríamos uma reunião com meu chefe, vulgo tio, logo após o horário de almoço.

- Você precisa arranjar alguém, ninguém tá aguentando o seu mal humor logo cedo. Eu que sou sua amiga, tô quase te batendo. - Revirei meus olhos, e me espreguicei na cadeira.

- Estou bem sozinha, mas você sabe, né? - Me refiro à pressão de meus pais, pois já estou com 25 anos e nem namorar, eu namoro.

- Eu sei, mas mesmo assim, às vezes pode dar certo. - Eu duvidava muito disso, eu não me dava muito bem com relacionamentos. Todos os que eu tive, foram fracassados.

- Quem sabe, Dahyun, quem sabe.

(...)

Pov Chaeyoung

- Bom dia. - Paro na recepção do prédio da empresa Myoui cumprimentando as recepcionistas. - Vamo começar que meu turno é o dia todo hoje.

- Bom dia, Son, vejo que está bem animada. - Jihyo abriu um sorriso malicioso.

- Hum, deve ser porque passei uma noite bem gostosa. - Dei uma piscada e fui pra porta do lado, me trocar. E sim, eu trabalho como faxineira na melhor empresa de produtos alimentícios do país.

Meus pais são bem pobres, meu pai trabalha como segurança da empresa, minha mãe como cozinheira, eles conseguiram me colocar aqui dentro, pra conseguir aumentar nossa renda.

Não que a empresa pague mal, mas papai se encheu de dívidas, pois um amigo dele passou a perna no meu pai, num negócio que eram sócios. Papai não me contou a história toda, só sei que o cara roubou tudo o que tínhamos, e nos deixou na pobreza.

Se eu me orgulho do meu trabalho? Sim, eu me orgulho, pois posso ajudar meus pais e manter a casa onde moramos.

Um fato muito curioso sobre mim, nasci intersexual, minha mãe passou por apuros na gravidez, resultando nessa beleza entre minhas pernas. Não me importo com ele, até que faz sucesso com as meninas da empresa, o ruim foi na escola, o bullying nunca tinha fim, mas felizmente essa época já passou.

Agora com 23 anos, estou tendo um trabalho digno, sem passar rasteira em ninguém, como fizeram com meu pai.

Me troco na sala das faxineiras, coloco um macacão cinza, pego um esfregão e um balde, indo até o andar 16, que era onde teriam uma reunião muito importante, e por isso precisaria estar um brinco.

Fingi falar no telefone e coloquei os pés em cima da mesa. - Oh, isso é que é vida. - Coloquei minhas mãos na cabeça e relaxei por um momento.

- Então é isso, vou ver como... - Um ser - humano abriu aquela porta e ia entrando. Tamanho o susto que eu levei, cai com tudo embaixo da mesa, fazendo um estrondo e levando o telefone junto.

- Ai. - Resmunguei embaixo da mesa, passando a mão na minha bunda.

- Meu Deus, você está bem? - Uma voz - feminina perguntou surpresa e logo apareceu no meu campo de visão. Era a semi-dona da empresa, eu nunca tinha visto ela, só a vi por fotos, ela era bem mais bonita ao vivo, senhor...

- Tô bem. - Tentei me levantar, mas minha bunda doeu e eu gemi. Uma terceira pessoa deu uma risadinha e eu a olhei. Devia ser uma amiga dela.

- Não ria, Dahyun, me ajude com ela. - A dona me ajudou a levantar e a tal de Dahyun pegou no meu outro braço. - Você consegue andar? - Perguntou preocupada.