Myoui's Company | Michaeng G!P

(21)

3 semanas depois...

- Sim. - Falei pra Eunwoo. - Eu quero ver isso de perto.

Estava me referindo ao jantar de noivado, que Mina e o Jisung dariam pra todos da empresa e anunciariam o casamento.

- Você vai sofrer mais ainda, Chaeng, você nem tá comendo direito, perdeu peso, e ainda vai se torturar a esse ponto? - Eunwoo acariciou meu rosto.

- Eu estou bem, eu só quero que meu coração entenda que Mina nunca será minha, e que também nunca foi. - Falo com um sorriso amarelo.

- Vocês não conversaram mais?

- Não, ela está fugindo de mim, toda vez que procuro ela, alguém aparece pra me impedir, e ela nem faz esforço. Porque pessoas boas sempre se apaixonam pelas pessoas erradas? - Bufo e descarrego toda minha frustração.

- É, a vida é uma merda mesmo. - Eunwoo me deu um abraço apertado e saímos da nossa salinha.

Passamos a sexta-feira lavando banheiros, e limpando as salas da diretoria, Mina nem deu as caras, devia estar bem ocupada com os preparativos do anúncio do casamento. Só de pensar nisso, sinto meu estômago revirar, meus pais perceberam que essas semanas eu estava bem pra baixo, não falei com eles o porquê, nem falaria, eu esqueceria Mina e tudo isso, só precisava aceitar e assim, esquecer.

- Querem carona? - Tzuyu perguntou pra mim e Eunwoo.

- Obrigada Chewy, vamos andando mesmo. - Me referi à mim e aos meus pais.

- Eu aceito Tzuyu, to com dor nas costas mesmo. - Eunwoo fez uma careta e eu ri do cara de pau.

- Sabia. - Tzuyu riu. - Vocês vão amanhã no jantar? - Tzuyu estava evitando tocar nesse assunto, mas sua curiosidade foi maior.

- Sim. - Respondi com convicção, Tzuyu me olhou com um olhar de pena, eu não suportava esses olhares.- Para de me olhar assim, estou bem. - Ela mudou a cara e sorriu constrangida, se despediram com abraços, me deixando na recepção, esperando meus pais.

Fomos pra casa, não falei nada o caminho todo, meus pais tentavam puxar assunto, mas eu respondia com poucas palavras e o assunto morria.

- Então, que roupa vamos amanhã? - Mamãe estava ansiosa, adorava uma boca livre e de graça.

- Eu vou de preto. - Falei enquanto engolia a sopa.

- Tem que ir alegre minha filha, parece que vai pra um funeral. - Meu pai retrucou.

- É como se fosse. - Reviro meus olhos.

- Tá legal, o que está acontecendo? - Minha mãe parou de comer e me olhou inquisidora.

- Nada, apenas acho esse casamento uma farsa. Dei de ombros.

- E porque acha isso? - Papai perguntou.

- Ninguém se casa de um dia pro outro, até ontem ela nem tinha namorado.

- E porque você se importa tanto com Mina? - Minha mãe perguntou desconfiada.

- Não é preocupação, é apenas um comentário. - Tomo um gole do suco.

- Então porque eu escutei o nome dela enquanto você dormia? - Cuspi o suco todo na mesa, e dei uma leve engasgada em surpresa.

- Como assim? - Perguntei vermelha da tosse.

- Semana passada, entrei no seu quarto pra te acordar, e você não parava de dizer o nome de Mina e também disse que a amava.

- Eu não falo dormindo. - Tentei desconversar.

- Eu gravei. - Minha mãe tirou do bolso seu celular e me mostrou a gravação, realmente eu falava essas palavras. Olhei meus pais, completamente envergonhada.