Aproximação

1.2K 114 41
                                    

Sunghoon conseguia sentir pequenas gotas de suor se formarem em suas têmporas. Estava fazendo muito calor naquele dia e nem o ar-condicionado do escritório lhe impedia de sentir o clima abafado, que só piorava com a ansiedade de receber aquele fax. Havia ligado para seu amigo do governo e mandado a data e o local da emissão do passaporte que haviam conseguido, juntamente com uma permissão oficial dada pelo Tenente, e ele disse que lhe enviaria um fax com a lista de todos os cidadãos cujas informações batessem com os dados enviados.

Jake estava ao seu lado, em frente a máquina, e o Tenente estava ao lado dela. O barulho da impressão se fez presente depois de muito tempo de espera, e os três encararam de maneira ansiosa o papel sendo pintado. Ao terminar a impressão, havia duas folhas e meia repletas de nomes de cidadãos que batiam com a informação. Cada um deles pegou um papel na mão e começou a analisar os nomes. O Sim arregalou os olhos depois de alguns segundos, alarmado, e Sunghoon soube que ele havia encontrado algo.

O policial e o Tenente se aproximaram de Jake, que pôs a folha que segurava na mesa mais próxima e apontou para um nome entre tantos que estavam impressos naquela folha.

Kim Jieun.

- Por que eu não estou surpreso que a esposa de Koga Yudai tá envolvida? - Sunghoon falou.

- Nós temos que voltar para casa, a conta foi movimentada há alguns dias atrás e um depósito da conta dela foi feito em outra conta. - O Sim disse em seguida.

- O Yang fez aquilo novamente, de descobrir de quem é a conta? - O policial voltou a perguntar e Jake aquiesceu.

- Se for de um coreano, acho que a decodificação pode demorar menos tempo.

Os três se dirigiram à saída com os papéis em mãos e não demoraram a chegar ao carro do Tenente, que os levaria embora dali, assim como não demoraram a chegar na casa onde estavam instalados. Abriram a porta da frente no mesmo momento em que o notebook emitiu uma notificação em som de alerta. Jungwon, que estava bebendo água na cozinha, apressou-se para ir ao encontro do dispositivo, assim como os três recém-chegados.

A tela mostrava os dados de uma conta bancária, de uma agência nacional pequena, que não tinha muitos clientes se comparada a outras de maior nome. Números diferentes estavam ali, mas ainda assim se estendiam pela tela de maneira que parecia aleatória aos olhos do policial Sunghoon e do Tenente.

- O que está acontecendo? - Jay apareceu ali, chamando a atenção de todos, que logo se voltaram para o notebook novamente.

- Aquela conta que nós rastreamos depositou um valor alto em outra conta dessa agência aqui. O aplicativo está mostrando as informações do usuário. - Jungwon respondeu. - Seu amigo enviou os nomes, Sunghoon?

- Sim, Kim Jieun tá entre eles e nós temos certeza que a conta é dela. Ou é isso ou então só pode ser muita coincidência.

- Coincidências não existem. - Jungwon murmurou e logo parou de rolar a tela, lendo os números ali. - Aqui diz que a conta pertence a uma pessoa chamada Song Jansun, mulher, solteira, comprovante de residência de Seoul e com um piso salarial de quatro milhões de wons.

Heeseung buscou o celular no bolso e digitou rapidamente alguns números na tela. Assim que ouviu a ligação ser atendida, soltou as palavras, chamando a atenção dos outros.

- Agente Min, procure por Song Jansun no banco de dados civis e criminalísticos, por favor, é urgente. - O Tenente falou em tom sério e pareceu receber uma resposta da pessoa com quem estava falando. - Sim, agora, vou esperar na linha. - E após alguns momentos de silêncio, o Lee encerrou a ligação e encarou os outros quatro. - Enfermeira, carteira assinada no Hospital da Universidade Nacional de Seoul.

Criminal Love (Jaywon)Onde histórias criam vida. Descubra agora