Cartas no leídas #2

Capitulo 8 - Acordo

Vários dias se passaram desde que Beatrice concordou em trabalhar com Benjamin Thaisa. No dia anterior eu havia participado de um almoço de negócios com Pedro. O garçom, em vez do cardápio habitual, trouxe-lhe dois envelopes para escolher. "ACEITO" estava claramente escrito em um deles com marcador vermelho, e "NAO ACEITO" estava claramente escrito no outro com marcador preto. Beatrice ficou um pouco assustada com o envelope marcado em preto, pois causaria problemas imediatamente. Por isso, ele preferiu escolher o vermelho, o que confirmou que ele aceitava os termos do jogo do misterioso cliente.

No caminho para o escritório, Pedro continuou tentando convencer Beatrice a abrir o envelope. Mas ela recusou. Somente quando estava em seu escritório a mulher decidiu imprimi-lo. Havia a "primeira tarefa" de Benjamin Thais e instruções sobre como Beatrice deveria se comportar e parecer agora. Tudo isso não lhe causou muito prazer. Mas ele não podia recusar-se a jogar o jogo de Thais, porque o bem-estar financeiro da sua empresa estava em jogo.

Benjamin Thaisa queria forçar Beatrice a mudar completamente seu estilo de vestir e seu modo habitual de pensar. As roupas não o incomodavam muito. Beatrice tinha um senso de estilo natural e conseguia parecer excepcional e única em qualquer estilo. Mas as exigências do estilo de vida e do comportamento causaram divergências na alma da mulher. Ninguém jamais se permitiu ser tão desavergonhado com ela! O misterioso cliente nas instruções listou os pontos do que é aceitável e do que é inaceitável para cooperar com ele. Ele enfatizou aberta e descaradamente seus vícios. Sem a menor vergonha, percebeu que esta tarefa seria também um teste de como havia aprendido a lição anterior (o teste no Hotel La Blanche)!

A tarefa de Beatriz incluía o seguinte: conquistar o favor de um jovem político ambicioso, aristocrata hereditário e oriundo de uma família influente nos mais altos círculos políticos do líder do partido Adelante Brasil. Máximo Campos Guardo. Lendo uma breve informação da biografia do jovem político, Beatrice sorriu para si mesma. O homem, a julgar puramente externamente, não poderia ter mais de 32 anos. Parecia-lhe que esta era uma tarefa muito simples...

***

Manhã. Beatrice, como sempre, estava se preparando para ir ao escritório. Diogo está quase recuperado. Ele ainda estava deitado na cama, mas não dormia mais. A empregada trouxe para o quarto o café da manhã: chá, croissants e geléia de goiaba, que o menino adorou.

Beatrice virou-se diante do espelho. Ela já estava usando uma saia de seda de cetim roxa escura. Por cima havia um novo corpete de renda. Ela ainda não tinha colocado a blusa. Concentrada em pentear os cabelos, Beatrice não prestou atenção à curiosidade com que Diogo a olhava.

"Nunca te vi de sutiã... Você sempre disse que isso te limita", observou Diogo, deixando de lado a bandeja do café da manhã.

Apoiado em uma bengala especial, ele se aproximou de Beatrice e, olhando seu reflexo no espelho, abraçou-a por trás. Diogo passou o dedo indicador pela renda fina do sutiã que segurava bem os seios da amada. Beatriz permaneceu em silêncio. Ela deixou o cabelo em paz e agora observava as ações do marido com concentração.

Diogo beijou-lhe o pescoço e sussurrou: "Amo-te tanto..."

Ele continuou olhando seu reflexo no espelho. Beatrice sorriu com suas palavras com um sorriso suave e felino. Já fazia muito tempo que não acontecia aquele sexo quente de sempre entre eles. Diogo estava doente há muito tempo e estava fraco. Basicamente, Beatrice teve que fazer tudo sozinha. Ela, claro, não reclamou de nada. O principal é que o Diogo estava vivo e em recuperação! Agora Beatrice sentiu novamente o poder masculino vindo do movimento de suas mãos e não só... Ela gostou da reação do marido à sua nova calcinha, que foi incluída na lista de exigências de Benjamin Thais. Estava rotulado como 'ponto 10': usar sutiã, calcinha, cinta e meia.