Capitulo 19 - Preocupação com 'Diamanti Negru'

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Uma limusine preta levou Beatrice ao escritório central da filial namibiana da empresa Maximo Campus Guarda "Diamanti Negru". Elegante e luxuosa, ela agiu com graça e confiança para assinar um dos negócios mais importantes de sua vida. Em suas mãos estava uma pasta com documentos, que ela transferiu integralmente para seu nome, excluindo de lá Benjamin Thais. Na véspera, em conversa com Taisa pelo Skype, ela mentiu para ele sobre a data de assinatura dos papéis.
Máximo encontrou Beatrice na entrada de seu escritório particular. Biya notou para si mesma o interior chique. Já fazia muito tempo que ela não via uma riqueza tão indisfarçável. Mas, ao mesmo tempo, não havia nada de supérfluo no escritório. A sofisticação foi enfatizada apenas pelo gosto excepcional do dono da empresa.
- Por favor, Beatriz! – depois de cumprimentá-la, Máximo galantemente convidou-a a sentar-se no sofá.
Entre os presentes estavam dois advogados e um notário. Os homens, respeitando o protocolo, levantaram-se quando Beatrice apareceu. Ela conhecia quase todos os presentes, exceto um. Ele ficou bem no canto. Seu rosto estava bronzeado e seu terno formal lhe dava um ar misterioso. Parecia que era um dos guardas de Máximo. Mas Biya nunca o tinha notado antes.
Depois de ler atentamente todos os documentos, Beatrice assinou. Então Máximo assinou os documentos. O notário certificou a autenticidade da transação.
- Parabéns, querido companheiro! – Erguendo uma taça de champanhe, o político voltou-se para Beatrice.
- Parabéns! – Biya respondeu, erguendo o copo e sorrindo com os olhos ardentes.
Máximo, mantendo distância, abraçou-a e beijou-a no rosto. Beatrice sentiu uma excitação traiçoeira com a proximidade dele. Mas seu olhar se voltou para o homem no canto. Claro, o homem interceptou a direção dos olhos dela. Ele até percebeu como ela lambeu os sofisticados lábios carnudos, mas não demonstrou que estava interessado no que estava acontecendo.
- Vou organizar uma recepção à noite. Gostaria de registrar a conclusão do negócio. Convido você e Diogo. Espero que você não tenha planos para a noite. – Máximo perguntou.
- Isso é inesperado, mas aceito seu convite. Terei curiosidade em visitar a lendária residência de sua família na Namíbia! – Beatrice respondeu, colocando o copo de lado.
O homem que estava no canto conduziu todos, exceto Beatrice, até a saída e fechou a porta do escritório atrás de si. Biya e Máximo ficaram sozinhos.
"Talvez seja a minha hora também... Principalmente se uma recepção tão importante me espera à noite", disse a mulher, passando a mão no rosto de Máximo.
Seus modos eram, como sempre, enfaticamente sedutores. Beatrice não pôde deixar de flertar. Flertar fazia parte de sua natureza. Máximo já havia se adaptado e ficou menos constrangido. Ele gostou dos toques e sorrisos sugestivos que vieram de Beatrice. Ele sabia que não ultrapassaria os limites com ela. Ela também estava ciente de que tais coisas eram desnecessárias em seu relacionamento.
- Você tem uma nova pessoa na segurança? – Beatrice perguntou, pegando uma sacola com documentos.
-Você está falando do Mapa? Não, ele também trabalhou para meu pai. "Um homem próprio, verdadeiramente dedicado à nossa família", respondeu Máximo, acompanhando Biya até a porta.
Ao sair do escritório de Máximo Campos Guardu, Beatriz parou no amplo hall. Ela fingiu que seu celular tocou. Ela mesma começou a olhar em volta, procurando com os olhos o Mapa que a intrigava.


***Pelas 20 horas locais, a mesma limusine preta com Beatrice e Diogo na cabine dirigiu-se à antiga residência de Campos Guardo

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Pelas 20 horas locais, a mesma limusine preta com Beatrice e Diogo na cabine dirigiu-se à antiga residência de Campos Guardo.
Esta noite prometia ser incomum. Biya segurou o braço de Diogo. Ele se virou para ela e olhou-a nos olhos com admiração. Beatrice sorriu para ele e encostou o rosto em seu ombro. Eles chegaram um pouco atrasados ​​por causa do capricho de Biya de fazer sexo antes de partir. Isso já havia se tornado uma tradição para eles quando planejavam ir a algum lugar.
A diversão estava a todo vapor. Máximo, percebendo seu convidado principal, correu até ela.
- Bem-vindo! – apertando a mão de Diogo e beijando Beatrice na bochecha, o político os cumprimentou.
Entrando na enorme sala com o resto dos convidados, Beatrice aceitou os parabéns de várias pessoas mais importantes. Depois disso ela foi se divertir com Diogo.
-Diogo, você me permite roubar sua senhora por algumas palavras? – Máximo dirigiu-se a eles depois de algum tempo.
O cara concordou relutantemente.
- Serei rápido, meu amor! Não fique entediado sem mim! – disse Biya, passando a mão pelos cabelos do marido.
- Vou tentar, minha rainha dos diamantes! – ele respondeu, beijando seu pescoço.
Na entrada da biblioteca da residência, Beatrice avistou Osvaldo e o mesmo Mapa. Osvaldo piscou-lhe discretamente. Ela deu-lhe um pequeno sorriso.
Na biblioteca da casa havia vários homens, em sua maioria companheiros de partido do jovem político. Beatrice os conhecia mais através dos negócios do que da política. Máximo tinha outra oferta para ela participar de sua festa. Beatrice, sem demonstrar interesse, prometeu pensar no assunto e contar-lhe sua decisão após retornar ao Brasil. Depois de discutir todos os assuntos atuais, Máximo cativou Biya com histórias sobre sua família.
- Então sua mãe criou você? - ela perguntou.
- Sim. "Meu pai faleceu cedo", respondeu Máximo, girando um copo de uísque nas mãos.
Foi perceptível para ele que este foi um momento doloroso. Beatrice tomou um gole de uísque, levantou-se do sofá e foi até a vitrine de vidro.
"Aqui estão todas as conquistas e prêmios mais importantes da nossa família", explicou Máximo, acompanhando-a até a vitrine.
"Que curioso..." Biya sorriu, virando-se para ele.
Seu cabelo estava úmido por causa do calor noturno africano, que os aparelhos de ar condicionado mal conseguiam suportar. A mesma atraente borda molhada estava ao redor de seus lábios sensuais. Um visual lânguido e sonhador e um vestido de noite leve com as costas nuas tornavam Biya ainda mais desejável aos olhos dos homens. Maximo olhou para ela na penumbra da biblioteca. Beatrice olhou diretamente nos olhos dele e bebeu uísque, quando de repente sua atenção foi atraída por um anel incomum na janela.
- Que adorável! Quero olhar para ele não através do vidro, Máximo! – a mulher voltou-se para o político.
Ele voluntariamente atendeu ao capricho momentâneo dela e, abrindo a vitrine, tirou cuidadosamente um anel.
- Esta é outra herança de família. Podemos dizer que a história do negócio da família Campos Guardo começou com a pedra que se vê no anel. Esta foi a primeira pedra que meu bisavô encontrou por aqui. E, como lhe disseram então: a pedra não vale nada. Por muito tempo, seu bisavô cuidou dele como um talismã que lhe trouxe boa sorte em seu trabalho como caçador de diamantes. Com o tempo, a fortuna financeira do meu bisavô começou a crescer. Regressou a Portugal e já lá conheceu o verdadeiro preço deste tesouro. Quando minha bisavó deu à luz seu primeiro filho, meu avô Lisandro, meu bisavô decidiu lapidar um diamante negro em um anel como presente para ela. Ele confiou o trabalho do anel ao famoso joalheiro Paulo Dominni de toda a velha Europa", disse Máximo, tomando um gole de uísque, observando a alegria no olhar de Beatrice. - Este anel foi usado pela minha avó, Condessa Olga, em homenagem à minha bisavó. E então minha mãe", ele continuou. – Minha esposa deveria ter usado também, como é tradição... – pausa. - Mas ainda não sou casado.

O anel brilhava nas mãos de Beatrice, refletindo-se em vão em seus olhos castanho-escuros, quase pretos. Essa também era a cor de um grande diamante em um cenário requintado repleto de diamantes brancos, puros como uma lágrima.
- Que adorável! – Beatrice sussurrou apenas com os lábios. "Como eu quero esse anel!" - ela pensou consigo mesma.

Uma nota do caderno de Boston do Diogo.
"A vida voltou a ter centenas de cores vivas! Ela me deu um presente, me obrigando a passar pelos sete círculos do inferno, ela me devolveu você Beatrice! Em gratidão perdoarei todas as provações que, por sua vontade, tivemos que superar! Vou te perdoar e te aceitar como uma mulher que AMO MAIS QUE A VIDA..."

O caderno caiu das mãos de Beatrice. Ela adormeceu. Esta foi a última gravação feita por Diogo.


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