Cartas no leídas #2

Capitulo 9 - Rival

Os pensamentos de Beatrice giravam em torno da tarefa de Benjamin Thais. Durante vários dias pensou em como abordar o político Máximo Campos Guarda. A decisão veio inesperadamente. Num dos jornais que Pedro deixou em sua mesa, a mulher leu uma nota sobre as próximas eleições em outubro. Ele imediatamente teve uma ideia de como aproveitar esse fato para se aproximar do Campus do Guardo!

Beatrice não sabia realmente o que o misterioso cliente do jovem político queria. Para descobrir, ele teria que completar o primeiro estágio da tarefa de qualquer maneira. Biya folheou seu diário e, circulando um dos nomes com a caneta, pediu a Gertrude que a conectasse com essa pessoa. Ele ainda mantém suas antigas conexões com pessoas influentes que estão dispostas a correr riscos e jogar contra as regras. Esse homem chamado Leonardo Pacheco era assim. Confiável, com uma posição estável na sociedade e muitos conhecidos. Depois de falar com ele ao telefone, a mulher concordou em se encontrar pessoalmente em um ambiente informal.

Durante o almoço, Beatrice foi ao clube de campo. Era lá que Leonardo Pacheco a esperava. Este homem não era mais jovem, mas manteve sua aparência anterior. Seu cabelo grisalho estava cuidadosamente penteado para trás. E o terno parecia pretensioso e perfeito. Encontrando Beatrice na entrada do restaurante, ele beijou-lhe galantemente a mão. Pacheco, por educação e costumes, pertencia à geração antiga. Era uma vez um romance mesquinho entre ele e Beatrice, que se transformou com sucesso em uma amizade de longo prazo.

- Agora, você pode me dizer o motivo de um convite tão inesperado? – No final do almoço o Leonardo fez uma pergunta.

Beatrice sorriu para ele apenas com os olhos.

- Tenho um pedido delicado para você. A empresa Souza Rangel tinha vários negócios de sucesso e eu acumulava uma quantia razoável de dinheiro que precisava ser justificada de alguma forma. Sei que a corrida pré-eleitoral ao cargo ministerial começará em breve, talvez você tenha alguém em mente. Alguém que deseja ser patrocinado, entre aspas. Você sabe o que quero dizer, certo? – explicou Beatrice, acariciando a mão de uma velha amiga.

"Eu entendo perfeitamente", disse Leonardo, deixando a taça de vinho de lado.

O homem percebeu que com o passar dos anos Biya ficou ainda mais atraente. Ele olhou em seus olhos brilhantes, movendo seu olhar para seus ombros nus e levemente bronzeados. Quando namorou Beatriz, Pacheco sempre admirou sua beleza e gostou de sua companhia.

- Acho que posso te ajudar. Desta vez o jogo Vai Brasil! participar nas eleições. Este é um partido relativamente novo, mas já se tornou o favorito entre os potenciais eleitores. A avaliação do líder partidário Máximo Campos Guardo entre as massas brasileiras está quase em primeiro lugar. A pessoa mais rica. Mas ele, como a maioria das pessoas, prefere não divulgar sua renda real. Acredito que ele se beneficiará da cooperação com vocês e do chamado "patrocínio" da empresa Souza Rangel. Você poderá legalizar sua renda e ele cobrirá as despesas extras em dinheiro para a campanha eleitoral", finalizou Leonardo.

- Excelente! Quando você pode me ajudar a conhecê-lo? – Beatriz perguntou.

- Esta semana, querido. Vou precisar falar com alguém e depois te aviso! - Pacheco respondeu. - Agora vamos tomar um drink, eu tenho uma torrada! - Ele continuou.

Beatriz continuou sorrindo. Ele sentiu o sabor da vitória sobre as circunstâncias. Ele gostava que tudo corresse de acordo com um plano bem pensado.

- E que torrada é essa? – sedutoramente, ele perguntou.

- Para você e para um encontro tão agradável e inesperado! – respondeu o homem, batendo o copo no dela.

Beatriz sorriu maliciosa e sexualmente às suas palavras lisonjeiras, que valeram para o próprio Leonardo Pacheco.