Capitulo 3 - Tudo acontece pela primeira vez

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Encostada à parede do corredor do hospital, Beatriz vigiava a porta do quarto de Diogo. Devido ao acompanhamento cuidadoso de Regina e Dora, ela ainda não conseguiu ver seu ente querido. Para se dar essa oportunidade, a mulher decidiu se esconder e esperar o momento certo até irem embora. Ela finalmente teve a chance e entrou na sala despercebida. Beatriz não queria escândalo, por isso esperou pacientemente que Diogo recuperasse a consciência e tudo se encaixasse. Enquanto isso, deixe Regina sentir que está no comando da situação.

Diogo estava pálido e de olhos fechados. Um tubo de oxigênio saiu de sua boca. O coração de Biya afundou ao ver o estado em que se encontrava. Ela colocou a bolsa no chão e sentou-se ao lado dele na cama.

"Olá, querido..." Beatrice sussurrou, tocando suavemente sua bochecha com os lábios.

Diogo apertou-lhe levemente a mão, parecendo ouvir e ter parcialmente consciência do que se passava à sua volta. Beatrice sorriu e passou a mão pelo rosto, pescoço e peito, que estava coberto com um curativo. Ela confessou seu amor por ele e começou a lhe contar por que não vinha há tanto tempo. Ela pegou a mão dele, livre do soro, e começou a passar em seu rosto.

Beatrice perdeu a noção do tempo e perdeu a vigilância. Com leves toques, ela se pressionou contra Diogo, continuando a lhe contar seus sentimentos... Lembrou-se de tudo de lindo que aconteceu entre eles... Beatrice beijou seus lábios pálidos e secos... Estava completamente absorta no tão esperado encontro. com seu amado.: silencioso da parte dele e cheio de palavras calorosas de esperança da parte dela.

A mulher não percebeu que estava sendo observada. Ela se virou em busca da bolsa e de repente encontrou o olhar de Júlia, sobrinha de Diogo e filha de Regina.

A garota de dezesseis anos olhou para Beatrice. Seu olhar expressava toda uma gama de sentimentos. Desde o desprezo e o ódio que a mãe lhe incutiu até à total compreensão e deleite da tão forte ligação e amor que existia entre o seu tio Diogo e Beatrice.

"Julia, certo?..." a mulher perguntou, enxugando as lágrimas dos olhos. A garota acenou com a cabeça.

- Estou saindo agora... Querido, peço que não conte a nenhum de seus parentes que me encontrou aqui. Não quero escândalos até o Diogo melhorar. Por favor!... - implorou Beatriz, buscando compreensão em seu olhar.

"Não se preocupe, senhora, não vou contar a ninguém", respondeu Julia.

Beatriz beijou Diogo e pegando na mala dirigiu-se para a saída. Finalmente, ele se virou para agradecer a Julia.

"Obrigado", ele disse calmamente.

A menina sentou-se na cadeira em frente a Diogo.

- Não me agradeça, Don. Minha família está contra você e eu sei os motivos. Mas vendo o quanto você ama meu tio, é difícil acreditar que tudo isso seja verdade..." Julia respondeu.

***

Beatrice foi a uma reunião com alguns clientes com um sentimento de leve alegria mesclado com tristeza. Viu Diogo e pôde tocá-lo e senti-lo.

- Tudo ficará bem para você, querido! – Beatriz desejou-lhe de longe.

A mulher dirigiu até o prédio de um restaurante-cassino fechado, onde seria realizada a reunião. O porteiro da entrada gentilmente abriu a porta do carro e pegou as chaves para estacioná-lo. Beatrice, vestida com uma saia justa de couro, entrou lentamente. Pedro gesticulou com a mão. Eu estava sentado no bar.

- Beleza, você está atrasada! – disse o menino cumprimentando-a. –A julgar pelo rubor em suas bochechas, você está bem?

- Finalmente consegui ver o Diogo! – respondeu Beatriz, sentando-se ao lado de Pedro.

Cartas no leídas #2Onde histórias criam vida. Descubra agora