⎯Mãe eu não consegui fazer nenhum amigo ainda!- você suspira vendo sua mãe te obrigar a ir para academia
⎯querida, se você continuar faltando aí sim que nunca irá fazer amigos, se apresente para alguém!
⎯mas mãe!!!- revirando os olhos, você é "empurrada" para fora de casa
⎯Minato! Tudo bem querido? Como está sua mãe?- sua mãe diz por trás dos portões de casa
⎯olá senhora, estou bem sim, ela disse para você ir lá em casa qualquer dia
⎯ah, diga que eu irei sim, aliás, você está indo para a academia?
⎯sim, eu faltei nessa primeira semana de aula porque eu estava doente- ele coloca a mão na nuca
⎯essa é a [nome], não sei se vocês lembram um do outro, ela poderia te acompanhar até a academia?
⎯Claro que sim!- Minato segura seu punho e sai te puxando
⎯Minato, obrigada por ir comigo
⎯não foi nada, eu lembro vagamente da gente brincando quando menor, onde você esteve nesses últimos 6 anos?
⎯eu comecei a estudar em casa, meu pai estava doente- espero que Deus me perdoe por essa mentira
⎯entendi, senti sua falta
⎯eu também.. Minato
⎯oi?
⎯podemos ser amigos?
⎯eu pensei que já éramos!- ele ri e te abraça de lado
Uma amizade renasceu.
E um amor nasceu, mas por apenas uma das partes.
[...]
4 anos depois (vocês com 11 anos)
[nome] não tinha ideia do quão difícil estava sendo, ver seu melhor amigo (secretamente seu grande amor) dizer aquelas palavras.
⎯Estou gostando de alguém sabe?
⎯ fale logo Minato- sentindo suas mãos ficarem molhadas de ansiedade, esperando ele dizer seu nome
⎯Kushina.
⎯a garota que entrou na academia semana passada?
⎯ela mesma, aquela ruiva, e eu queria saber se você poderia me ajudar, sabe?
⎯Bom.. é claro!- dando seu sorriso mais largo e falso você sente seu pequeno coração inocente de criança ser despedaçado
⎯eu queria saber do que ela gosta, a cor favorita, a comida que ela mais gosta, quais planos dela pro futuro, o tipo dela, se ela prefere.....- o caminho todo até a academia foi assim, e você apenas escutava e dava seus palpites
[...]
4 anos depois (vocês com 15 anos)
⎯Minato ela tá vindo! Está pronto?
⎯sim sim, estou cheiroso?- ele ergue o pescoço esperando você dar uma fungada
⎯isso é estranho- você cheira
⎯ mas está bem cheiroso
Kushina se aproxima do lugar, era uma ponte de madeira com um rio em baixo, ela usava um vestido florido em tons claros, estava linda.
Após longos minutos, os dois se beijaram e você sentiu algo em sua garganta.
Você queria que fosse uma vontade de chorar, mas sentia algo literalmente saindo da sua boca.
Uma pétala rosa, e logo em seguida respingos de sangue.
⎯Eu não acredito, o que é isso.- saindo rapidamente você vai em direção da sua casa.
⎯mamãe...- aponto para a pétala e vejo minha mãe chorar baixinho
