Consequences

16-Suas mãos estão por toda parte.

                 

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Quando recebi a mensagem de Zabdiel mais cedo, respirei fundo e me arrependo imediatamente de ter dito sim para o seu pedido de o ouvir.
O meu coração estava mais agitado do quê o normal, minhas mãos trêmulas e meus lábios secos.
Meus pensamentos estavam nele de novo!
Todo o meu esforço de manter ele fora da minha cabeça foi por água abaixo quando o vi na academia com os músculos e a aquela merda de blusa soada.

Atravesso o campo o mais rápido possível e tento controlar minha respiração quando nossos olhares se encontram. Ele estava me esperando atrás da arquibancada assim como tínhamos combinado. Estava vestido em um moletom preto, calça beje e sapatos brancos. Um boné na cabeça e um sorriso de covinha no rosto.

Merda Zabdiel, você vai acabar me arruinando!

__Você veio mesmo!-Diz ele quando me aproximo.

__Eu disse que vinha!-Encolho os ombros e sorrio de lado.

__Achei que só tinha aceitado por pena..-Admite ele colando as mãos no bolso e morde seu lábio olhando pro chão. Merda, eu vou precisar mesmo me controlar hoje!

Respiro fundo e tento não focar em seus lábios. Minha pulsação que já estava agitada, agora dispara mais do quê o normal. Okay, eu devo está muito ferrada mesmo!
Sabia que vir aqui era uma má ideia.

Quando não respondo, Zabdiel levanta o rosto e me encara. Ele estava tentando achar as palavras para falar e eu noto que assim como eu, ele também estava em conflito interno do quê fazer a seguir. Ele parecia sempre tão confiante com seus amigos, com sua popularidade na escola e com uma "namorada" filha do diretor. Mas aqui comigo ele estava sem jeito, sem palavras e tímido.

__Eu aceitei porquê quero te ouvir!-Digo por fim e ele respira fundo.

__Obrigada!-Diz ele com um sorriso no rosto e ajeitando a postura, como se o que eu tivesse falado pra ele fez com que sua confiança voltasse.__Vamos?-Diz ele apontando pro buraco na cerca que dá até a toca.

__Pra onde?-Digo mesmo sabendo a resposta. Quando ele me pediu pra o encontrar aqui, eu imaginei que iríamos ir até a toca.

__Não podemos conversar aqui, Thom pode aparecer.-Explica ele e eu apenas confirmo. Ainda não sabia quem era esse tal de thom, e pela segunda vez Zabdiel me avisava sobre ele.

Os meus pensamentos viajam para a possibilidade de ficar sozinha no mesmo ambiente que Zabdiel. Eu já tinha pensado nessa possibilidade e assim como antes me trazem borboletas no estômago apenas de pensar. Eram aproximadamente 20:30 da noite, todos estavam em seus quartos, a não ser que tivesse alguém na toca. Ele não me levaria pra lá se tivesse mais alguém pra atrapalhar a nossa conversa, levaria?
Zabdiel estende a mão depois que passa pelo buraco e me ajuda a passar, o arrepio em meu corpo quando nossas mãos se tocam parece ter passado como um choque elétrico para Zabdiel que me olha com um sorriso tímido no rosto.

__Você está usando o colar que eu te dei.-Observa ele quando começamos a caminhar pela trilha de arbustos.

__Sim, ele é muito bonito!-Digo simples e tenho controlar minha respiração, é apenas um colar!

__O segredo dos triunfantes é começar de novo...-Recita ele.

__Somos apenas consequência do quê pensamos..-Digo a frase que estava no meu colar e na parede do galpão na toca. Ele que havia escrito, e isso parecia ser pra mim, mesmo eu sabendo que não.

__Você acredita nisso?-Pergunto ele. Nossas mãos avezes e se tocavam quando estamos caminhando entre os arbustos um ao lado do outro. Tento fingir que isso não me afeta tanto, quanto eu sei que me afeta.