VIII - act 1 | Burdens of despair

52 7 1
                                    

...

De olhos fechados escutava um leve barulho ainda um pouco confuso, sons baixos de mármore se chocando contra a madeira. Algumas vozes baixas e abafadas também eram presentes.

— Você não perde uma, não é mesmo?

— Receio que você precise de prática.

Minha cabeça está acolchoada em algo macio e assim que abro devagar meus olhos consigo enxergar um tabuleiro em minha frente além da figura de childe logo atrás.

— Parece que vossa majestade acordou. — o ruivo diz enquanto termina de organizar as peças de xadrez.

Me levantei calmamente, sentando e notando que estive deitada com minha cabeça no colo de Zhongli.

— Eu acabei dormindo? Que horas são?

Com a voz cansada de quem acabara de acordar, limpei meus olhos e penteei meu cabelo com os dedos organizando os fios.

— Parece que você dormiu bem, já é quase hora do almoço. Além de que falta pouco para desembarcamos no porto de snezhnaya. – Zhongli comentou enquanto começava a partida.

— Acho que eu realmente estava cansada... Eu vou ir tomar um ar fresco.

Me levantei indo até o convés...

O céu estava quase completamente nublado, além de estar nevando um pouco, enfim, o clima frio de snezhnaya. Respirando fundo o ar gélido e observando bem, logo em frente já era visível o porto. Distraída, senti uma mão tocar em meu ombro.

— Snezhnaya foi uma das nações mais afetadas, então... Apenas o porto e a cidade ficaram intactos... — Childe se aproxima também observando o porto.

— Seus irmãos estão bem? Lembro que...
— Teucer ainda se recusa a me ver, ele pensou que eu havia morrido.

— Ele não te odeia childe.
— Como?
— Você deve estar pensando que seu irmão te odeia agora que sabe tudo que fizestes... Mas não é esse o caso. Seu irmão te ama tanto que ele deve sentir o peso de tudo pelo que você passou sozinho, ele talvez se recuse a lhe ver porque agora compreende um pouco mais sobre você.

— Isso não muda o fato de que tudo o que fiz foi ruim, Lumine.

— Até pessoas ruins tem um lugar para o qual retornar. Vá ver seus irmãos... Eles sentem sua falta, e provavelmente estão preocupados com você.

— Vou pensar sobre. Obrigado companheira... — Childe se inclinou um pouco rodeando seus braços em busca de um abraço, mas foi impedido por um outro braço que surgiu se pondo entre eu e ele.

— Ahem... Se precisava de um abraço era somente me pedir, ex fatui.

Entreolho Zhongli e Childe que acaba também confuso com a atitude de Zhongli.

— Então tá bom né... — Childe se afastou

Então, o sino tocou, o capitão que controla o navio avisa junto a ele que a embarcação está a 300 metros no porto e prestes a embarcar. Os fatuis se movimentam para fazer os preparativos do desembarque e organizam entre si.

— Viajante, vamos? – Zhongli toca em meu ombro e se vira indo para o convés principal

— Vamos... Onde?

Perguntei confusa, mas, o mais alto não deu respostas e seguiu o caminho.

— Ué... O que deu no velhote? Será que caducou?

Fuzilei o fatui com o olhar e o mesmo ao notar ficou na defensiva.

— Deixe-me te lembrar que eu não sou tão jovem quanto pareço...

EARTHQUAKES | ZhonglumiOnde histórias criam vida. Descubra agora