Erick, Rebeca, Pedro, Giulia, Ayrton Lucas, David Luiz, Bruno Henrique e o resto do grupo estavam reunidos na casa do capitão Éverton Ribeiro. O clima entre o grupo de amigos estava ameno, é claro, tinha melhorado muito nos últimos dias. Mas Rebeca sabia que no fundo ainda era difícil para alguns seguir sem lembrar do desempenho de uma partida difícil, especialmente para os seus amigos mais próximos.
Durante todo o filme que os jogadores haviam escolhido — Gente Grande, já que nunca cansavam deste — Rebeca pôde reparar que Ayrton Lucas ainda parecia meio atordoado, e no fundo ela sabia que seu amigo se cobrava demais, talvez pudesse ser outra coisa que ela ainda não sabia, mas que ia descobrir.
— Aí paizin, vamo buscar bebida lá na cozinha. — o zagueiro do time, cujo era apelidado por cabeleira, cutucou Ayrton para que o acompanhasse. — E tira esse capuz, mané, tá parecendo um traficante.
Todos os que estavam presentes naquela sala não evitaram gargalhar do comentário de David. Era sempre ele, clima nenhum se atrevia a pesar quando David Luiz estava presente.
Rebeca por um lado estava bem aconchegada nos braços de Erick, enquanto prestava atenção no assunto em que Wesley e Pulgar discutiam. Ela pensou várias vezes se aquele era o momento perfeito para interrogar Ayrton Lucas, porque por mais que ela quisesse só curtir o momento junto de seus amigos, saber que tinha algo incomodando algum, acabava por incomodar ela também.
— Aonde vai, mi amor? — perguntou após notar que a brasileira havia se desvencilhado de seus braços e caminhava em direção a cozinha.
— Eu já volto.
— Mi amor, ui. Quero um beijinho também, do Chile. — e Rebeca saiu andando com um grande sorriso no rosto após o comentário de Bruno Henrique.
Essa era a energia dos meninos. Energia que qualquer um que tivesse por perto, acabava por se contagiar também.
Assim que Rebeca entrou na cozinha, ela percebeu que seu amigo estava despejando amendoins em um pote pequeno pra levar para os outros. Limpou a garganta para que o lateral-esquerdo pudesse notar sua presença e assim feito; Ayrton prendeu seus olhos em Rebeca e arremessou um amendoim em direção a mesma.
— 'Tá fazendo o que aqui, esquisita?
— Vim procurar Jesus Cristo. — debochou — Eu quero conversar, beijinho. O que que tu tem? Você tá meio bocó... quero dizer, entretido. Droga, sempre esqueço que aqui não é o whatsapp onde eu posso colocar a culpa no corretor.
— É claro, porque o corretor ia corrigir de "entretido" para "bocó" — fez aspas com as mãos enquanto explicava e revirou os olhos.
Rebeca riu e continuou esperando que seu amigo desse alguma explicação para sua indiferença.
— Bicho, eu tô bem de boa. Precisa se preocupar não, Becks.
— 'Tá esquecendo que sou tua melhor amiga e tu sempre vinha me contar tudo? Qual foi, beijinho? Faz quanto tempo que a gente não conversa direito? Sinto falta disso, cara.
Ayrton Lucas suspirou. Rebeca nem podia imaginar a imensidade e complexidade que era aquele assunto e situação em específico. Era mais complicado do que parecia, em qualquer ângulo que fosse.
— Não, não tô esquecendo. Só que agora as coisas são diferentes. Eu tenho que aprender a separar as coisas e acho que não ficaria tão legal viver colado em você, sabendo que meu companheiro de time namora contigo.
— Meu relacionamento com o Erick não deve e não interfere em nossa amizade. Eu tenho certeza que nem ele mesmo se importa com isso, Ayrton Lucas. Namoral, não deixa isso acontecer e nem fica pensando nessas coisas, não.
— Se é difícil pra tu, imagina pra mim, pô. Eu não quero que a gente se distancie não, mas é questão de consciência, saca? Eu gosto um pouquinho só de você, vou dizer até assim pra não inflar o teu ego, e sempre fui acostumado a te ter junto comigo, papo. Acho que talvez o Pedrão se sinta da mesma maneira.
— Pedro continua agindo da mesma forma que é comigo, Ayrton. Até pra sair só nós três você coloca dificuldade ultimamente. Não queria admitir, mas sinto falta disso.
— É porque é mais fácil pra ele, pô. — disse, colocando suas duas mãos no bolso de seu casaco, o casaco do time.
— O que quer dizer com isso? Juro que não consigo entender, pra mim é um peso e uma medida só.
— Deixa pra lá, esquisita. Vamo lá voltar, vai. David foi só buscar as bebidas no freezer e já deve ter voltado.
Rebeca tentou relutar sobre aquilo mas não conseguiu, pois Ayrton já tinha saído em sua frente.
A conversa que os dois tiveram só tinha deixado a mesma mais tensa sobre, é claro, Ayrton e Pedro são duas pessoas completamente diferentes. Guilherme podia não se importar quanto ao que Pulgar poderia achar, já que quando ele chegou eles três já eram amigos, mas Lucas poderia se importar e pensar muito sobre aquilo, causando um certo afastamento entre eles. O que quer que fosse, ela ia fazer algo para reverter aquela situação. Ter seus amigos de volta ao normal e que seu relacionamento com o chileno continuasse fluindo perfeitamente bem.— Aí, cês demoraram demais, pô. Tavam produzindo o amendoim era? — cabeleira fez o primeiro comentário, fazendo com que risadas ecoassem pela enorme sala.
— Foi não, David, tô achando que eles encontraram foi um guarda roupa e chegaram em Nárnia. — foi a vez de Bruno Henrique, fazendo com que David Luiz levantasse sua mão e os dois fizessem um toquinho.
— Rapaz, tô achando que foi isso mesmo. O que pra nós durou cinco minutos, pra eles duraram foi dois dias.
— Ai, Gabriel, não cansa minha beleza.
— Papo. Que beleza, Rebeca? Toda vez que eu olho eu peço a Deus que ele te ajude. — óbvio que ela esperava pelo comentário de Pedro, na verdade tava demorando demais até.
— Foi boa, queixada. — Ayrton Lucas comentou e sentou-se entre Pedro e Giulia.
A Santos olhou de relance e voltou a se aconchegar nos braços de Erick.
— No tienes amor pela vida?
— Ish, calma, Pulgarzinho. Rebeca sabe que a gente ama ela. — o zagueiro de cabelos cacheados levantou-se e se jogou por entre Rebeca e Erick. — Agora se ela pode ganhar beijo eu também quero.
E novamente, uma sessão de risadas começou, nem mesmo Rebeca se conteve dessa vez. Pedro Guilherme quase se contorcia do tanto que ria e Erick tentava empurrar David do sofá enquanto gargalhava também.
— Sai pra lá, caralho, esse lugar aqui ya pertenece a mi amor.
— E o outro? Meu interesse amoroso é só por você, vê se chuta a bunda dessa feia. — voltou a sentar ao lado de Bruno Henrique.
— Ai David, procura um que esteja disponível. Meu namorado namora comigo, com licença.
— Ih, eu sou é macho.
— Como ele muda de personalidade rápido. — Giulia se pronunciou pela primeira vez, arrancando risadas.
— Vocês tem é que ter mais cuidado com o Pulgar e a Rebeca. Casal de perigosos aí.
— Obrigado, Léo Pereira, pela sensatez.
E voltaram a ver o filme, óbvio que as piadas ainda se fizeram presentes no decorrer do resto da noite, algumas melhores que outras, até. Definitivamente eles precisavam disso para que pudessem sentir suas energias renovadas.
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perdão a demora, galero. o capítulo foi curtinho mas fiz mais pra tirar todo o ar melancólico dos últimos é pra que vocês pudessem ver mais um pouco da interação entre Ayrton e Rebeca.
também queria avisar que não falta muito para que a fanfic chegue na reta final :/
e eu agradeço demais a todos que acompanham até hoje pq os comentários de vcs simplesmente fazem o meu dia! 💗
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٬ㅤ១ 𝐖𝐞𝐚𝐤 𝐏𝐨𝐢𝐧𝐭 - erick pulgar ﹒♡̶
Humor⠀⠀⠀ ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤ⠀⠀⠀ ⠀⠀⠀ ⠀⠀⠀ ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤ⠀⠀⠀ ⠀⠀⠀ ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤ⠀⠀⠀ ⠀⠀⠀ ⠀ ⠀⠀⠀ ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤ⠀⠀⠀ ⚠️ texting! criei a fanfic na intenção de abraçar o público fã do nosso Pulgarzito, já que ele ainda não tem todo o reconhecimento que merece.