# 𝙩𝙝𝙧𝙚𝙚 : 𝐰𝐞𝐬𝐭 𝐜𝐨𝐚𝐬𝐭

108 12 3
                                    

Oikawa e eu bebiamos sem pensar em nada

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Oikawa e eu bebiamos sem pensar em nada. Ambos estávamos sentados em um sofá colado á parede, que permitia ver a sala enorme com as pessoas dançando e o resto da festa.
Agora não falávamos, só bebíamos dos copos que tínhamos encontrado na cozinha e fazíamos companhia um para o outro. Não sentíamos aquela necessidade de falar e de ter sempre assunto, ficávamos confortáveis um do lado do outro até esse ponto.
Ambos parecemos um pouco desanimados. Não sei bem porquê.
Só bebendo porque sim, porque a gente podia. Meu cérebro já parecia água. Água com purpurina azul.

A música que inundava a casa agora era Joga A Tcheca Prøstituta de Mc Souza.

— Vou no banheiro, [Nome], já volto. — afirma Oikawa.

Aceno com a cabeça confirmando que ouvi o que ele disse, o mesmo se levanta e me deixa com o sofá só para mim.
Deixo minha cabeça cair um pouco para trás, tocando com a nuca na parede fria atrás de mim, com meu campo de visão agora só para uma grande parte do teto.
Será que preciso de beber mais para me tirar desse tédio?
Nem sei onde Kiyoko está, provavelmente pode estar com um garoto, eram raríssimas as vezes que ela estava com um, mas como não me ligou nem mandou nenhuma mensagem, não me vou meter no meio. Ela não precisa me fazer companhia 24/7. Coitada, não é?

Sinto um movimento no sofá, de alguém se sentando e levanto minha cabeça para falar com Oikawa.
Para minha surpresa, não era sequer o Oikawa.
Muito menos o Kuroo e o Atsumu.

Era o inevitável Suna Rintarou.

Foda-se.
Estava tão distraída em meus pensamentos que nem estava alerta, se o tivesse visto antes podia ter me levantado e tentando evita-lo, como sempre fazia.
E eu estava certa, era realmente o aroma dele que sentira quando dançava e que me tinha abalado.
E o mesmo que agora acelera meu batimento cardíaco.
Queria gritar para ele: "O que é que você quer, porra?", mas obviamente não tenho coragem, me arrependeria e ficaria com vergonha depois, por isso fico calada. Espero ele falar.
Mas ele não abre a boca.
Está aproximadamente meio metro de mim, com as pernas um pouco afastadas uma da outra, como os homens fazem; no braço do sofá, ele tem o braço apoiado, com um baseado entre os dedos. Parece muito relaxado.
Vestindo uma blusa preta junto com uma calça larga azul escura, não podia faltar a sua correntinha. Ele sempre foi assim, simples, também com o calor que estava ali dentro não podia improvisar muito.
Ele leva o baseado á boca, ainda com os olhos fixados com o que acontecia á frente, não me olhara nem uma vez. Tem tanto lugares para ele ir, tinha que se sentar justamente do meu lado.

Não podia negar que a energia dele me abalava, nem sei que de qual forma, o jeito dele era simplesmente atraente, era difícil tirar meu olhar dele, como se o seu corpo tivesse um íman, e aqueles olhos meio amarelados meio esverdeados era a cereja no topo do bolo.

Bom, se ele não sai, então eu saio.

Suspiro e pego minha bolsa colocando a mesma no meu colo, pego na garrafa já a meio e me preparo para levantar.
No exato segundo que meu corpo descola um pouco do sofá, ele decide falar:

— Vai continuar fugindo de mim?

Ouvir a voz dele novamente me dava arrepios por todo o corpo.
Ignoro e saio completamente do sofá, sentindo um pouco de desequilíbrio.
Quando Suna se apercebe que eu realmente ia embora, ele se levanta rapidamente e vai para a minha frente, bloqueando meu caminho. Agora olhava para o peito dele, já que me recusava a levantar a cabeça para o olhar nos olhos.

— Vai ser assim? Você não vai falar? — provoca.

Não respondo, deixando o garoto mais impaciente, e tento desviar para passar, Suna continua na minha frente sem ceder.
Suspiro, já aborrecida, e Rintarou agarra meu maxilar, me obrigando a ter o olhar fixo no dele. Ele tinha o máximo de cuidado para não me machucar, apesar de ser firme, o seu toque era cuidadoso.
Mal me conseguia manter em pé devido ao álcool, mas jamais iria pedir ajuda a ele. Tentava ao máximo manter o equilíbrio.

— Precisamos de falar.

— Não é preciso. — respondo quase que imediatamente e desvio o olhar para a festa.

— [Nome]. — ele faz um pequeno movimento com a mão no meu maxilar para continuar olhando para ele e depois disso afasta e coloca a
mesma no seu bolso, casualmente. Ele estava muito perto de mim.

Resistia ao máximo ao olhar dele. Mostrar que não queria saber e que ele não era nada era meu único objetivo.
Como ele sabe que falhou ao me substituir, foi logo me procurar.

— Você sabe que eu te odeio, certo?

— Não odeia não. — ele dá um pequeno sorriso, erguendo um pouco as sobrancelhas.

Que convencido. Reviro os olhos. Ele não desiste por nada.

— Olhe só para você, se esforçando tanto para se manter em pé e para pensar direito, nem vou perguntar quanto você bebeu.

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
𝐔𝐋𝐓𝐑𝐀𝐕𝐈𝐎𝐋𝐄𝐍𝐂𝐄 ─ 𝙎𝙪𝙣𝙖 𝙍𝙞𝙣𝙩𝙖𝙧𝙤𝙪Onde histórias criam vida. Descubra agora