# 𝙩𝙬𝙤 : 𝐛𝐫𝐨𝐨𝐤𝐥𝐲𝐧 𝐛𝐚𝐛𝐲

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Nem sabia como reagir

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Nem sabia como reagir. Tento continuar dançando como fazia á uns segundos, resistia á tentação de procurar de onde vinha o seu aroma. Onde ele estava. Mas, ao mesmo tempo, não precisava olhar, eu sabia que ele já estava olhando para mim.
Afinal: "Ninguém te observa mais do que o cara que te perdeu por ser um idiota sem noção.", mas ele também sabia que só com um olhar conseguia tirar toda minha postura.
Sinto como se minha pele incendiasse com o seu olhar.
Tento ao máximo ignorar.

Passado uns segundos, o seu aroma desaparece do ar, o que queria dizer que ele mudara de divisão da casa. Ou talvez tenha ido embora por me ter visto aqui, ou talvez nem me tenha visto. Espera, ou talvez nem sequer era ele. Mas quem mais teria a mesma essência e presença que o Suna Rintarou?
Meu Deus. Já estou com dor de cabeça. Tenho de parar de pensar nisso. Não quero saber, se ele estiver aqui, está. Fim.

━ ☽︎ ━

Você alguma vez já esteve apaixonada, pensando que a pessoa, durante várias semanas, parecia estar tão na sua e que realmente queria algo sério com você, e depois certo dia, vê essa pessoa com outra? Mas não pode nem sequer discutir, já que "vocês nunca tiveram nada"?
Tinha tudo para dar certo, mas ele quis trocar uma pessoa por apenas um mero momento.
Eu odiava-o por isso. Por me fazer sentir daquele jeito, por ter sido só um "passa-tempo", por me iludir daquele jeito...
Ainda o odeio.

━ ☽︎ ━

— Oi Kuroo! — digo com um tom extremamente alegre ao ver o moreno.

É incrível como o álcool faz com que a timidez das pessoas simplesmente evapore.
Kuroo chegara já á algum tempo, mas só encontrara agora, afinal, a casa é enorme. Ambos nos encontramos num corredor que dava até á cozinha, com algumas pessoas conversando no mesmo.

— Oi, gata! — o mesmo me cumprimenta com um beijo na bochecha e com uma mão levemente pousada do lado da minha cintura ao mesmo tempo.
Posso dizer que somos chegados, mas nunca passou daí. — 'Tá sozinha porquê?

— Estava só passeando, conhecer melhor a casa, sabe... — o moreno tira meu copo da minha mão, bebe um pouco e devolve, enquanto me ouve, mas sempre mantendo contato visual. Não sei o que se passa na cabeça dele uma hora dessas. — E você? Porque está sozinho? — pergunto.

— Esperando o Kenma sair do banheiro, certeza que abriu uma janela e foi embora... — ele encolhe os ombros. — Eu falei para ele trazer sua Nintendo ou o celular para jogar aqui, mas acho que ele não suporta mesmo a atmosfera daqui.

— Você melhor que ninguém já sabe como ele é, por mais que você force ele a ir para certos espaços que ele não gosta não vai fazer com que ele comece a gostar, tem de lidar com isso.

— Eu sei, eu sei... Só quero incluir ele nas coisas que eu gosto... — Kuroo desvia um pouco o olhar para trás de mim e o mesmo se ilumina completamente.— Kenma!

Me viro para trás para ver o Kenma e o mesmo regressara do banheiro com o olhar colado á sua Nintendo.
Kuroo se inclina para me dar um beijo de bochecha — Vá, nos vemos depois. — Sorrio para ele e o mesmo passa do meu lado indo embora com o amigo.

Tenciono continuar meu passeio pela casa, mas, já que estou perto da cozinha, vou encher meu copo.
Entro na mesma e havia algumas pessoas sentadas nos balcões e outras de pé conversando, bebendo e/ou fumando. Tem gente em todo o lado.

Haviam imensas garrafas vazias e copos usados sob o balcão central/ilha. Tento encontrar alguma que reste alguma coisa.

— Sempre bebendo né, [Nome]! — ouvi uma voz masculina num tom brincalhão para mim.
Giro meu corpo e meu olhar na direção de onde vinha a voz.

— Oikawa! — quando percebo que é ele dou uma pequena corrida até ele abraçando o garoto.
Oikawa era de outra escola, então raramente a gente se via, apenas fora da mesma ou em festas. — Saudade! — o garoto me abraça forte de volta.

— Como você está, pequena? Esse seu figado já deve estar podre do tanto de você beber.

Eu rio com o comentário dele e de seguida falo:

— Nunca estive melhor. E você?

— Também. — Oikawa pega em um copo aleatório sob a pia e também procura alguma garrafa que não esteja vazia para encher o mesmo.

— Muito fala de mim mas olha só para você. — rio olhando para o que ele estava fazendo, de braços cruzados.

— Shiu. — ele sorri um pouco de lado e continua procurando, sem olhar para mim. — Quanta garrafa, e já beberam tudo.

— Sim, já procurei também, não deixaram nada. — encolho os ombros e suspiro. — Será que os gêmios têm mais guardado? — acrescento.

— Talvez na garagem, lembro de uma vez ter visto um mini geladeira lá junto com imensas coisas inúteis. Vamos lá?

— Ainda pergunta? — digo animada e rio.

━ ☽︎ ━

Depois de chocarmos com várias pessoas ao tentarmos passar das diversas divisões da casa até á garagem, conseguimos chegar á mesma.
Abrimos a porta e nos deparamos com um carro preto estacionado; em um canto da garagem havia caixas, bicicletas amontoadas, sacos, entre outras coisas... e claro, a mini geladeira que Oikawa tinha falado.
O garoto vai logo em direção da mesma, abre a mini porta agachado, já que era mais bem pequena do que as comuns.

— Eu falei!— diz ele tirando de lá duas garrafas intocáveis.

— Certeza que podemos beber essas? O Atsumu e o Osamu não se importam? — pergunto, com dúvidas.

— Claro que não. — ele se levanta e sacode com a mão livre a calça que ficara suja devido ao pó do chão, o outro braço segurava as duas garrafas como se fosse um bebê — Uma para ti. — me entrega na mão uma das garrafas. — E uma para mim. Precisamos de copos.

Fazemos todo o trajeto outra vez, desta vez inverso, da garagem até á cozinha.

Fazemos todo o trajeto outra vez, desta vez inverso, da garagem até á cozinha

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𝐔𝐋𝐓𝐑𝐀𝐕𝐈𝐎𝐋𝐄𝐍𝐂𝐄 ─ 𝙎𝙪𝙣𝙖 𝙍𝙞𝙣𝙩𝙖𝙧𝙤𝙪Onde histórias criam vida. Descubra agora