Suspiro e viro um pouco o corpo dando a ideia de que me ia embora e que já estava cansada daquela conversa:
— Suna, sério... Podemos falar outro dia?
— Posso ao menos levar você a casa? — propõe ele.
— Ainda não quero ir embora. —franzo o sobrolho.
— Você já viu seu estado? — pergunta
como se tivesse preocupação.— Não vou. — respondo com teimosia. Desde quando é que ele mandava em mim? Pelo amor de Deus.
Sinto uma leves tonturas e saliva se acumulava na minha boca, a minha audição ficar "abafada" como se tivesse alguém tampando meus ouvidos com a palma das
mãos.
Oh, Deus. Estava prestes a vomitar.Rapidamente levo a mão á boca e tento fugir o mais rapidamente para o banheiro mais próximo.
Suna deve ter entendido que não me estava sentindo muito bem, pelo que nem me impediu, mas foi a correr atrás de mim, ainda assim.Abro a porta em um estrondo e me debruço no vaso sanitário, vomitando tudo o que tinha no estômago.
Sinto meus cabelos serem afastados da cara e entrelaçados em uma mão.
— Estou aqui. — diz Suna com meiguice.
Devia ter trancado a porta.
Em uma situação normal, reviraria os olhos, mas estava mais preocupada em vomitar do que com ele. Por isso, deixei-o me "ajudar" ao impedir que meu cabelo fosse para a frente do meu rosto e que ficasse sujo, de resto, não poderia ajudar de mais nenhuma forma.Quando finalmente vomito tudo o que havia no meu estômago, procuro papel para limpar minha boca, mas Suna já o tinha na mão para mim, me entrega e eu me limpo.
Ele se afasta um pouco, depois de soltar meu cabelo.Deixo meu corpo cair no chão do banheiro. Me sentia horrível.
— Não vou beber nunca mais.
Suna senta também no chão do banheiro, na parede em frente a mim.
Estávamos frente a frente, não muito juntos mas também não muito afastados.Suna dá um pequeno riso, porque ambos sabíamos que era mentira.
— Sim, sim.
Solto um pequeno riso nasal e espero uns segundos para falar:
— Você não precisava de vir atrás de mim, consigo me virar sozinha.
— Eu sei, mas queria ajudar. — diz isso e ao mesmo tempo levantando
um pouco o quadril para tirar
algo do bolso. Suna tira um maço de cigarros junto com um isqueiro do
mesmo e coloca um entre os seus lábios.Ele vira o maço em minha direção, perguntando se eu queria, sem falar.
— Não, obrigada. — recuso e abano a cabeça também.
Suna acende o seu cigarro igualmente como eu me lembrava.
Nas festas ele fumava sempre, pelo menos antes, agora não sei, mas fora delas eram raríssimas as vezes que ele pegava em algo para fumar.Do nada, ele dá um baixo e curto riso.
Franzo a sobrancelha já me perguntando se ele era esquizofrénico, que eu saiba não fiz nada nenhuma gracinha.
— O que foi? — pergunto.
— Nada, só lembrei daquela música: "Diga não ás drogas. Mas seja educado, diga: Não, obrigado."
Rio porque, quem se lembraria, do nada, disso?
— Rita Lee. — digo. — Diva.
Ficamos em silencio até ele terminar o cigarro, atirando-o depois no vaso sanitário.
— Bom. — faz uma pausa. — Vamos para casa? Ou você quer voltar para a festa?
— Vou para casa, estou exausta, mas não vou com você.
Ele suspira — Você é tão teimosa, [Nome].
━ ☽︎ ━
Quando o carro para, abro a porta mas me viro para ele para falar primeiro antes de sair:
— Mesmo eu sendo forçada a ir com você, eu agradeço por me ter trazido a casa. Tchau, Suna.
— De nada. A propósito! Vai haver uma festa de máscaras amanhã na casa do Kuroo.
— E então? — pergunto mesmo já sabendo onde ele queria chegar.
— Você vai.
Sabia que ele ia dizer isso.
— Não vou entrar nessa de ir a festas todos os dias, tenho vida. E, porque quereria encontrar você de novo?
Ele suspira mas sorri ao mesmo tempo, olhando para baixo.
— Vai ser legal, acredite, todo mundo vai estar com máscaras, leques que fazem com que qualquer pessoa seja difícil de identificar...
— Bom, espero que se divirta, tchau! — sorrio para ele e me levanto saindo do carro, como eu amo provocar esse garoto e ser teimosa.
Sigo para minha casa, salto para minha cama para finalmente descansar, quando finalmente ia adormecer recebo uma notificação no celular que ilumina todo o quarto:
@•sunarintarou pediu para seguir você
Reviro os olhos e viro o celular com a tela para baixo.
Eu me esforcei muito para reprimir meus sentimentos hoje. Em relação ao Suna, fico com o pé atrás, tenho medo que se voltar a me entregar por completo e deixar meus sentimentos fluírem, volte a ser magoada por ele.
Não posso permitir que ele entre na minha mente outra vez, tenho de estabelecer limites.Mas no fundo, quero o que nós temos, a nossa conexão e intensidade, como de certeza que reconheceria o Suna de longe se fosse àquela festa parva de máscaras que ele falou.
Mas é melhor não arriscar.
Mas... Só se vive um vez, né?
Sou muito indecisa.
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𝐔𝐋𝐓𝐑𝐀𝐕𝐈𝐎𝐋𝐄𝐍𝐂𝐄 ─ 𝙎𝙪𝙣𝙖 𝙍𝙞𝙣𝙩𝙖𝙧𝙤𝙪
Fanfiction━ ❝𝐇𝐞𝐚𝐯𝐞𝐧 𝐢𝐬 𝐨𝐧 𝐄𝐚𝐫𝐭𝐡. 𝐈 𝐰𝐨𝐮𝐥𝐝 𝐝𝐨 𝐚𝐧𝐲𝐭𝐡𝐢𝐧𝐠 𝐟𝐨𝐫 𝐲𝐨𝐮, 𝐛𝐚𝐛𝐲. 𝐁𝐥𝐞𝐬𝐬𝐞𝐝 𝐢𝐬 𝐭𝐡𝐢𝐬 𝐮𝐧𝐢𝐨𝐧. 𝐂𝐫𝐲𝐢𝐧𝐠 𝐭𝐞𝐚𝐫𝐬 𝐨𝐟 𝐠𝐨𝐥𝐝 𝐥𝐢𝐤𝐞 𝐥𝐞𝐦𝐨𝐧𝐚𝐝𝐞...❞ ♫ ꧁• ──── ❦︎ ────...