# 𝙨𝙞𝙭 : 𝐦𝐨𝐧𝐞𝐲 𝐩𝐨𝐰𝐞𝐫 𝐠𝐥𝐨𝐫𝐲

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—Casa de quem?— pergunta Kiyoko

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—Casa de quem?— pergunta Kiyoko.

— Do caralho. — solto uma risada, mas ela não abre a boca, apenas fica parada olhando para mim sem emoção alguma (cara de cu).— Kuroo. — digo enquanto termino os últimos ajustes em frente ao espelho.

— Quem é esse?

— Você não conhece? — me viro para ela.

— Acho que não, pelo menos, não pelo nome.

— Ele é gente boa. — afirmo e volto a olhar para o espelho. — Se a gente conseguir encontrá-lo lá eu te apresento a ele. Mas vai ser um pouco difícil.

— A gente tem a noite toda.

— Eita! Gostei de ouvir isso.

━ ☽︎ ━

Chegámos á casa do Kuroo. Mas agora só queria ir embora.
As janelas do mesmo estavam todas fechadas, ou seja nenhuma luz era emitida para fora. Devido a isso, foi mais difícil encontrar a sua casa com o escuro da noite.
A mesma tem dois andares, uma escada de emergência do lado de fora, que era onde todo mundo estava entrando para a festa.
Também me perguntava porque é que havia uma escada de emergência fora da casa.
Eu e Kiyoko subíamos lentamente as escadas, olhando para todos os lados tentando reconhecer o rosto de alguém, mas todo mundo estava irreconhecível. Uma pessoa ou outra não tinha máscara apenas para ser "diferente".
Se quiséssemos ir em uma festa "normal" iríamos. Os "temas" são feitos para ser diferente e para as pessoas se divertirem.
Ginza by J Balvin soava muito baixinho e abafado nas escadas. Esse estilo de música apenas gritava: "Kuroo!", certeza que foi ele que escolhera a playlist.
Sempre me perguntei onde é que os garotos que fazem as festas nas suas próprias casas conseguem comprar caixas de som, o mesmo é sempre excelente portanto deve ser caríssimo, a luz e bebidas, é uma fortuna fazer uma festa. Acho que nem em um milhão de anos conseguiria organizar uma.
Finalmente subimos as escadas todas e paramos em uma sacada, luzes maioritariamente verdes e azuis saíam através de uma porta de vidro deslizante onde algumas pessoas entravam.
Olho para Kiyoko apenas para ver a sua expressão e entramos.
Olhava para a minha direita, não reconhecia ninguém, olhava para a minha esquerda também não reconhecia ninguém.
Como vou encontrar o Suna?
Não que eu o queira encontrar. Só vim porque Kiyoko insistiu muito.
A casa do Kuroo era um pouco mais pequena do que a do Atsumu e do Osamu, por isso as pessoas estavam mais acumuladas.

— 'Tá vendo ele em algum lugar? — pergunta Kiyoko.

— É impossível! Para você é fácil, é só ver um careca que encontra logo.

Ela ri e me dá uma cotovelada leve. — Não se preocupe em encontrar ele agora, é como eu te disse antes, uma hora vocês se encontram, querendo ou não.

Será que estamos na casa errada?
Enquanto não encontrávamos absolutamente ninguém, eu e Kiyoko dançávamos ao ritmo das músicas latinas junto com todo o mundo.

Repentinamente sinto uma batida no meu ombro como se alguém me chamasse, me viro para ver quem é, um pouco aborrecida por interromper "clima".
Um desconhecido grita um nome que não consigo distinguir devido á música alta, por isso só digo:

— Quem?!

Ele repete mas não entendo por isso indico com o meu indicador que não era eu que ele procurava. Ele vai embora e regresso para o que estava fazendo á uns segundos.

— Tudo bem, amiga? — Kiyoko pergunta.

— Sim, sim. Foi só um cara que me confundiu com alguém! — grito para ela conseguir ouvir.

— 'Tá!

Depois de mais uns minutos dançando, um garoto vai por trás de Kiyoko assustando a mesma e lhe envolve com os braços.

— Que susto, Tanaka!

— Finalmente encontrei você!

Depois de ele dizer isso, ambos falam coisas um para o outro que já não consigo ouvir, por isso, significava que era agora que tinha de deixar o casal sozinho. É isso ou ficar de vela.
Acho que todo mundo prefere estar sozinho.
Me afasto um pouco e fico na minha dançando sozinha e olhando tudo á minha volta. Reparo num cartaz colado a uma parede bem alto escrito a marcador "Pruibido revelar seu rosto!!!" com letras desleixadas e com um erro ortográfico. Dou um leve sorriso. O Kuroo deveria dormir menos nas aulas de português.
Até penso em passear pela casa, como sempre faço, mas ainda não tinha nem um pingo de álcool no meu organismo para fazer isso. Já agora, onde estão as bebidas?
Espero a música acabar para ir procurar algum refresco.

Não conheço bem a casa, acho que só vim uma vez há alguns anos, portanto não me lembro de quase nada. Exploro a casa e ao mesmo tempo procuro por algo para beber (e por algum rosto conhecido).

Desço as escadas para o andar de baixo, onde tinha menos gente, e onde a cozinha e alguns quartos eram localizados.

A cozinha era aberta para a sala de estar. Garrafas estavam sob o balcão. Gente se beijando também estavam sob o balcão e mesa. Pelo amor de Deus, pessoas comem aí.
Olho para o casal mais perto de mim quase se devorando e o garoto que estava de costas para mim me parecia familiar, principalmente o cabelo, o que me trouxe uma memória horrível. Tento me aproximar discretamente para saber se era realmente quem eu pensava que era, ansiedade preenchia meu peito com medo de que fosse ele e que tivera-me enganado, mais uma vez. As máscaras cobrindo os rostos e estarem constantemente virando a cabeça para beijar não ajudava de maneira nenhuma, até que vejo olhos azuis e uma pequena tatuagem no pescoço.
O Suna tem olhos esverdeados/amarelados e não tem tatuagens!
Solto todo o ar que segurava de alívio e me afasto finalmente daquele casal. Porra, quase tinha um ataque cardíaco. Preciso de beber alguma coisa bem forte agora.

 Preciso de beber alguma coisa bem forte agora

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𝐔𝐋𝐓𝐑𝐀𝐕𝐈𝐎𝐋𝐄𝐍𝐂𝐄 ─ 𝙎𝙪𝙣𝙖 𝙍𝙞𝙣𝙩𝙖𝙧𝙤𝙪Onde histórias criam vida. Descubra agora