Prólogo

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Dmitri
12 anos atrás.

Acordo morrendo de dor de cabeça. Tento relembrar de alguma coisa que aconteceu ontem e só consigo um borrão de imagens e uma pontada no lado esquerdo. Preciso anotar em algum lugar pra nunca mais deixar meu pai organizar festa de aniversário pra mim.

Levanto a cabeça e a quantidade de corpos femininos ao meu redor me faz supirar começando a recordar do que aconteceu.

Todas elas estão imóveis, seus corpos  exaustos depois de uma madrugada inteira sem interrupções.

Consigo contar cinco mulheres até chegar no banheiro,onde passo direto pro banho.

Quando saio do banheiro com a toalha enrolada na cintura, consigo observar os espasmos em seus corpos frágeis e pequenos.

Algumas, já acordadas, me olham horrorizadas e tentam se manter o mais longe possível de mim, céus, eu peguei tão pesado noite passada?

Elas pareciam estar gostando. Estavam, até gozarem incontáveis vezes e eu continuar estocando feito um louco. E aí, elas apenas desmaiavam enquanto eu tentava chegar no meu ápice.

E cheguei, várias vezes. Mas o meu corpo continuava na adrenalina de querer mais e mais.

Visto uma roupa qualquer e coloco pra dentro três aspirinas, pra ver se eu consigo aguentar a guerra de todo dia.

Desço as escadas de casa e encontro meu pai no final dela, onde me olha com uma cara nada boa.

- Onde estão as meninas?

- Que meninas?

Recebo um tapa na orelha tão forte que quase caio.

- Porra pai!

- Seu filho da puta, eu separei as minhas melhores meninas pra você comemorar a merda do seu aniversário e o que você faz? Destrói elas, seu maníaco do caralho, vou ter que arrumar outras! - Ele me empurra e me bate.

- Tão vivas, porra, para de me bater! - ele para de me estapear e fica me olhando - só não sei se vão conseguir andar essa semana.

Rio da cara dele e saio correndo dali com ele nas minhas costas me xingando de tudo quanto é nome.

Tomamos café com calma e sua voz me chama atenção.

- Arrume uma mala pra dois dias, daqui a duas horas estaremos partindo pra Tokio.

- Fazer o que no território do inimigo?

- Uma supresinha de aniversário pra você. - Ali eu já desisti de tentar adivinhar.

As surpresas do meu pai podem variar desde um tanque de guerra enfeitado com prostitutas em cima a me empurrar de um avião em cima da ilha Sentinela do Norte.

Subo rápido, e reparo que as putas já não estão ali. Tomo um banho e coloco uma roupa casual. Essa época no Japão faz um frio do caralho então não vou dispensar meu moletom.

Arrumo minha mala e só por precaução, coloco itens de sobrevivência acoplados na mala e no meu corpo, vai que, né?

Quando desço novamente, meu pai já está esperando e seguimos juntos para o comboio de SUVs que vão nos levar para o aeroporto "particular" do meu pai.

Em poucas horas, já estamos dentro do jatinho da Bratva. Chego na conclusão que não vou fazer porra nenhuma durante as horas que vou ficar dentro desse avião, então coloco meus fones de ouvido e resolvo tirar um cochilo, afinal a noite de ontem tomou todo meu tempo de sono.

.                  .                .

Desperto com meu pai me dando um murro no estômago.

A Princesa YakuzaOnde histórias criam vida. Descubra agora