Dmitri
- Por favor, por favor!! Eu juro... que não faço mais... - O otário grita em plenos pulmões enquanto corre como se sua vida dependesse disso. Bem, depende sim.
- Eu já ouvi isso antes, vamos, você consegue ser mais criativo.
Arremesso mais uma adaga em sua panturrilha e ele cai feito merda no chão.
- Levanta. - trinco o maxilar, eu quero ver ele correr.
- Eu não faço mais... por Deus, eu juro que não faço mais.
- Você não lembrou de Deus enquanto espancava e estuprava uma empregada por ter sujado seus sapatos.
- Mas o senhor matou uma por ter colocado pouco açúcar no seu café!
- Está me comparando a você? - pergunto incrédulo.
Tá, eu gosto do meu café bem doce. E sinceramente, eu precisava de algum pretexto para matar alguém agora, tendo em vista que ultimamente ninguém tem pisado na bola comigo, será que eu estou sendo tão mau? Ninguém quer me trair,ninguém quer roubar nada, meus dias de diversão acabaram.
E por último, estupro é algo que até para mim é abominável. Tem milhares de bocetas no mundo, não é possível que você não consiga uma. E porra, eu tenho inúmeros bordéis espalhados pelo mundo, é tão difícil pagar uma hora de programa?
- N-não senhor...
- Levante. Corra,implore por sua vida, e talvez eu te dê misericórdia.
- O senhor nunca irá fazer isso.
- Me conhece bem então, mas prefere morrer aí? Encolhido no chão? Prometo que vou ser bem lento.
Ele se levanta e choraminga, arranca a adaga da perna e sai correndo novamente, ele sabe que não vai escapar daqui.
Decido parar com as adagas e pego meu arco e retiro uma flecha da aljava. Alinho no arco e miro na orelha do amaldiçoado.
Um estrondo faz eu me assustar e eu acabo por soltar a flecha na nuca do filho da puta que cai novamente como merda no chão.
- MAS QUE PORRA!
Me viro querendo estraçalhar o desgraçado que me interrompeu na melhor parte da minha tortura. Para a minha infelicidade, me deparo com o fodido do meu pai. Se não fosse pelo amor incondicional que sinto por ele, esse velho já estava morto. Que cara irritante.
- Baixa o tom, paspalho.
- Esse aqui é teu covil de maldade? Gostei da decoração. - A voz rouca e arrastada atinge meus ouvidos me fazendo ajeitar a postura e trincar os dentes. Me vejo encarando o Yamaguchi-Gumi mais velho, sorrindo como se eu fosse a porra do papai Noel. Esse cara me dá calafrios.
Olho em volta. Cadáveres pendurados feito bodes, sangue chapiscado no chão e nas paredes, várias armas brancas sujas de sangue e eu, coberto pelo líquido viscoso, sem camisa e provavelmente com uma expressão nada amigável.
- Gostou? Eu até separei um cantinho pra colocar sua cabeça. Iria dar um ar especial.
- Adoraria trocar farpas com você, moleque, mas temos assuntos a tratar. - o velho sai do galpão fumando um cigarro e meu pai o acompanha, rindo. Eu os sigo, minha diversão já era.
Do lado de fora me deparo com os dois filhos mais velhos dele, se eu não me engano seus nomes são Fushi e Kurayami, mas não sei diferenciar qual é qual, até as tatuagens são idênticas.
- Certo, o que vieram fazer no meu galpão?
- Na verdade era pra ser uma reunião formal na sua casa, mas eu liguei várias vezes e você não atendia a merda do celular.
Cruzo os braços sem me importar com meus braços grudando no sangue. Reunião? Assim de última hora?
- E sobre o que exatamente seria essa reunião?
Somos interrompidos por um grito fodidamente agudo. Imediatamente todas as cabeças se viram para a direção do carro que suponho ser dos japoneses. Vejo meus dois cachorros com as cabeças enfiadas dentro da porta do carro. Eles estão rosnando e babando pra caralho, algo me diz que tem algo apetitoso lá dentro.
- Papai! - a voz sai estrangulada e me dá um aperto estranho no peito.
Rapidamente, Tatsu e os dois patetas vão em direção ao carro num desespero enorme. Meus cachorros fazem menção de avançar, mas com um comando meu eles estão novamente ao meu lado.
Um dos dois, Kurayami ou Fushi, da a volta no carro e abre a porta traseira retirando um corpo pequeno no colo.
A pequena coisa dá pequenos espasmos e parece estar muito assustada.
- Quem porra deixa cachorro solto nessa merda?
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A Princesa Yakuza
AzioneAno após ano e a Bratva ainda travava guerras contínuas com a Máfia do Japão, a famosa Yakuza. A solução mais eficiente que os dois chefes da família chegaram foi a de realizar o casamento de seus filhos, selando a união entre as duas máfias mais pe...