Dmitri
Arregalo os olhos. Eu não vi quando eles saíram do galpão, talvez tenham encontrado um buraco nas laterais.
Vou até os gêmeos junto com meu pai, o velho Yakuza já está lá que nem um obsessor em cima da menina.
- São meus, vocês não avisaram que viriam, por isso deixei eles soltos.
Reparo que a porta anteriormente estava aberta, provavelmente eles foram atraídos pelo cheiro.
Olho para Tatsu que está pálido, chacoalhando a garota em seus braços.
- Ei princesa, fala comigo. Eles te morderam? Você sente dor?
Ela balança a cabeça negativamente e seu pai se acalma. Mas sua fúria se vira para mim, quando ele me olha.
- Que tipo de doente cria dois cachorros desse porte em um galpão?
- Eu uso nas torturas. - falo simples.
A menina é colocada no chão e finalmente consigo observá-la melhor. Ela olha nos meus olhos e para atrás de mim, onde se encontram meus cães sentados esperando meu comando. Trinco o maxilar quando a vejo se encolher de medo.
- Seu filho da puta, a sua sorte é que ela não se machucou senão você ia conhecer o capeta,seu maldito desgraç....
Paro de ouvir o que os malditos estão falando e foco na maldita gostosa a minha frente.
Seus cabelos pretos vão até o ombro, ela tem uma franja na testa e sua pele é pálida. No momento os olhos, nariz e bochechas estão vermelhos por causa do choro, ela volta a me olhar com curiosidade.
Seus olhos grandes, a boca pequena e rosada, passo os olhos pelo seu corpo e chego nos seios medianos. Suspiro forte, caberão perfeitamente em minhas mãos.
Passo pela cintura fina e delicada, e desço os olhos pelas pernas longas, o que deveria fazer ela parecer mais alta,mas continua sendo muito baixa perto dos homens ao seu redor.Ela usa um vestido longo solto mas que se encaixa em seu corpo. E no momento exato venta em sua direção, fazendo o tecido grudar nas coxas me mostrando um desenho perfeito dali. Céus, aquela pirralha de antes evoluiu pra caralho, eu nunca estive tão feliz como agora.
-.... e eu juro que da próxima vez eu mesmo te jogo pros cachorros da minha família.
- Ahã. - que porra é essa? Tô parecendo um boboca.
- Você ouviu o que eu disse? Eu vou te encher de porrada!
Ajeito a postura. Não era hora de ficar bancando um adolescente de quatro por uma pirralha.
Pigarreio e mudo o meu olhar para o Yakuza mais velho.
- E a reunião era sobre o que exatamente?
- Viemos para realizar a cerimônia de noivado, e para deixar Aiko com você.
- O que?! - engasgo. Ajeito minha voz e continuo - que eu saiba, o casamento é só daqui a dois meses.
- Pois é, esse era o plano. Porém, no momento o Japão não está sendo um local seguro para ela,pois muitos das outras famílias que formam a Máfia estão irritados com a questão dela se casar com o inimigo. E atualmente estou confiando mais em vocês do que neles.
- E a gente vai noivar agora pra casar quando?
- No fim desse mês.
Inferno, eu tinha planos pra esse mês. Olho mais uma vez pra ela. Talvez não seja tão ruim, afinal.
- Eu espero que você não pense que tem moral para me dar ordens, mas está bem, ela fica na minha casa. - Meu pai diz a contragosto.
- Não, na minha. - falo.
- Mas você não mora com seu pai?
- A partir de hoje não, vou morar com minha noiva na nossa casa. - Tenho que confessar, dentro de mim eu tô feliz pra caralho,mas por fora infelizmente tenho que manter essa postura.
- O que você acha, Aiko?
- O que o senhor preferir papai.
Ao ouvir as palavras ditas tão submissas, na sua voz doce e baixa em um Russo tão perfeito, meu pau ganha vida instantaneamente.
- Que garota adorável, perfeita para meu filhote. - meu pai obviamente adorando o fato que não vai sofrer com uma nora desbocada igual ao pai.
- Cala a merda da boca, branquelo desgraçado.
- Então está certo, vamos para a sua casa. - kurai-fushi fala.
- Vamos? Como assim?
- Você acha mesmo que iríamos deixar a princesa dos Yamaguchi-Gumi em suas mãos, Russo?
- Ela é minha noiva, pelo o que eu entendi iremos nos casar. Qual foi, vai dormir na nossa cama também?
- Eu conheço bem sua fama.
- Que fama, irmão?
Engulo em seco. Eu não era uma pessoa carinhosa,muito menos paciente. Assim que eu pus os meus olhos nela, soube que tenho que fazê-la minha o mais rápido possível.
E isso definitivamente não vai rolar com os dois ogros que ela chama de irmãos por perto o tempo todo.- Nada princesa. Vou me certificar que ele nunca te machuque.
Ela assente e abaixa a cabeça, parecendo satisfeita com a resposta.
- Eu quero levar ela no meu carro - os três palermas me olham feio - preciso conhecer minha noiva,não?
Meu pai estreita os olhos mas suaviza logo após. O Yakuza não parece muito feliz mas concorda.
- Tudo bem, vamos.
Os japoneses ali presentes fecham a cara ainda mais e o chefe da Família suspira.
- Estaremos logo atrás de vocês.
- Conto com isso, sogrinho. - falo sarcástico.
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A Princesa Yakuza
ActionAno após ano e a Bratva ainda travava guerras contínuas com a Máfia do Japão, a famosa Yakuza. A solução mais eficiente que os dois chefes da família chegaram foi a de realizar o casamento de seus filhos, selando a união entre as duas máfias mais pe...