Capítulo 2

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Dmitri

Arregalo os olhos. Eu não vi quando eles saíram do galpão, talvez tenham encontrado um buraco nas laterais.

Vou até os gêmeos junto com meu pai, o velho Yakuza já está lá que nem um obsessor em cima da menina.

- São meus, vocês não avisaram que viriam, por isso deixei eles soltos.

Reparo que a porta anteriormente estava aberta, provavelmente eles foram atraídos pelo cheiro.

Olho para Tatsu que está pálido, chacoalhando a garota em seus braços.

- Ei princesa, fala comigo. Eles te morderam? Você sente dor?

Ela balança a cabeça negativamente e seu pai se acalma. Mas sua fúria se vira para mim, quando ele me olha.

- Que tipo de doente cria dois cachorros desse porte em um galpão?

- Eu uso nas torturas. - falo simples.

A menina é colocada no chão e finalmente consigo observá-la melhor. Ela olha nos meus olhos e para atrás de mim, onde se encontram meus cães sentados esperando meu comando. Trinco o maxilar quando a vejo se encolher de medo.

- Seu filho da puta, a sua sorte é que ela não se machucou senão você ia conhecer o capeta,seu maldito desgraç....

Paro de ouvir o que os malditos estão falando e foco na maldita gostosa a minha frente.

Seus cabelos pretos vão até o ombro, ela tem uma franja na testa e sua pele é pálida. No momento os olhos, nariz e bochechas estão vermelhos por causa do choro, ela volta a me olhar com curiosidade.

Seus olhos grandes, a boca pequena e rosada, passo os olhos pelo seu corpo e chego nos seios medianos. Suspiro forte, caberão perfeitamente em minhas mãos.
Passo pela cintura fina e delicada, e desço os olhos pelas pernas longas, o que deveria fazer ela parecer mais alta,mas continua sendo muito baixa perto dos homens ao seu redor.

Ela usa um vestido longo solto mas que se encaixa em seu corpo. E no momento exato venta em sua direção, fazendo o tecido grudar nas coxas me mostrando um desenho perfeito dali. Céus, aquela pirralha de antes evoluiu pra caralho, eu nunca estive tão feliz como agora.

-.... e eu juro que da próxima vez eu mesmo te jogo pros cachorros da minha família.

- Ahã. - que porra é essa? Tô parecendo um boboca.

- Você ouviu o que eu disse? Eu vou te encher de porrada!

Ajeito a postura. Não era hora de ficar bancando um adolescente de quatro por uma pirralha.

Pigarreio e mudo o meu olhar para o Yakuza mais velho.

- E a reunião era sobre o que exatamente?

- Viemos para realizar a cerimônia de noivado, e para deixar Aiko com você.

- O que?! - engasgo. Ajeito minha voz e continuo - que eu saiba, o casamento é só daqui a dois meses.

- Pois é, esse era o plano. Porém, no momento o Japão não está sendo um local seguro para ela,pois muitos das outras famílias que formam a Máfia estão irritados com a questão dela se casar com o inimigo. E atualmente estou confiando mais em vocês do que neles.

- E a gente vai noivar agora pra casar quando?

- No fim desse mês.

Inferno, eu tinha planos pra esse mês. Olho mais uma vez pra ela. Talvez não seja tão ruim, afinal.

- Eu espero que você não pense que tem moral para me dar ordens, mas está bem, ela fica na minha casa. - Meu pai diz a contragosto.

- Não, na minha. - falo.

- Mas você não mora com seu pai?

- A partir de hoje não, vou morar com minha noiva na nossa casa. - Tenho que confessar, dentro de mim eu tô feliz pra caralho,mas por fora infelizmente tenho que manter essa postura.

- O que você acha, Aiko?

- O que o senhor preferir papai.

Ao ouvir as palavras ditas tão submissas, na sua voz doce e baixa em um Russo tão perfeito, meu pau ganha vida instantaneamente.

- Que garota adorável, perfeita para meu filhote. - meu pai obviamente adorando o fato que não vai sofrer com uma nora desbocada igual ao pai.

- Cala a merda da boca, branquelo desgraçado.

- Então está certo, vamos para a sua casa. - kurai-fushi fala.

- Vamos? Como assim?

- Você acha mesmo que iríamos deixar a princesa dos Yamaguchi-Gumi em suas mãos, Russo?

- Ela é minha noiva, pelo o que eu entendi iremos nos casar. Qual foi, vai dormir na nossa cama também?

- Eu conheço bem sua fama.

- Que fama, irmão?

Engulo em seco. Eu não era uma pessoa carinhosa,muito menos paciente. Assim que eu pus os meus olhos nela, soube que tenho que fazê-la minha o mais rápido possível.
E isso definitivamente não vai rolar com os dois ogros que ela chama de irmãos por perto o tempo todo.

- Nada princesa. Vou me certificar que ele nunca te machuque.

Ela assente e abaixa a cabeça, parecendo satisfeita com a resposta.

- Eu quero levar ela no meu carro - os três palermas me olham feio - preciso conhecer minha noiva,não?

Meu pai estreita os olhos mas suaviza logo após. O Yakuza não parece muito feliz mas concorda.

- Tudo bem, vamos.

Os japoneses ali presentes fecham a cara ainda mais e o chefe da Família suspira.

- Estaremos logo atrás de vocês.

- Conto com isso, sogrinho. - falo sarcástico.

A Princesa YakuzaOnde histórias criam vida. Descubra agora