Capítulo vinte e dois.

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O mar... Como descrever algo tão bonito, porém tão desconhecido?

Perigoso e misterioso para muitas pessoas, o mar era algo que chamava a atenção e despertava curiosidade.

Pensar que muito possivelmente o desconhecido na verdade era perigoso, deixava muitas pessoas receosas ou até mesmo desconfortáveis, mas isso era algo que nunca se aplicou a você ou a Ace.

Você e Ace compartilhavam o amor pelo mar, afinal foi ele que os uniu.

Você as vezes se pegava pensando sobre como tudo começou, e sobre tantas outras circunstâncias. Algumas coisas tiveram que acontecer para que laços fortes fossem formados. Algumas situações difíceis, algumas situações desesperadoras e até mesmo situações que você achou que fosse o fim da linha, mas lá estavam vocês, casados e com seu primogênito correndo pelo navio, animadamente enquanto Ace corria atrás dele com um sorriso em seu rosto.

O mar trouxe Ace até você e você o pegou como se fosse uma oferta de paz entre você e o mundo desconhecido.

Sua mente sempre pensava sobre o rumo das coisas. Desde a chegada de Ace ao Moby Dick, até tudo que aconteceu depois. Desde que vocês se aproximaram, embora na época Ace ainda estivesse receoso sobre Barba Branca.

Você o amou e ele a amou de volta.

Ele teve a marca dos piratas de seu pai cravada em suas costas como uma forma de orgulho, como uma marca para ele se lembrar de onde veio e onde era seu lugar.

Era irônico, você pensou. Afinal Ace era filho biológico de um dos maiores "inimigos" de Newgate. Você tinha certeza que de onde quer que Roger e Rouge estivessem, estariam agradecidos e orgulhosos do filho.

Você teve medo de perder Ace para a marinha, muito medo. Mas Ace também teve medo de a perder. A batalha foi acirrada, mas por muita sorte vocês conseguiram vencer.

Você conseguiu aproximar os irmãos de Ace dele e os unir novamente, e aquilo que Ace agradeceria por toda a eternidade. 

Você se tornou a capitã do Moby Dick e metade da história de vocês era sobre como você foi capaz de fazer tanta coisa para proteger quem ama.

Era irônico pensar que hoje em dia vocês tinham um filho, um garoto saudável que um dia cresceria sendo um grande pirata, neto do rei dos piratas e do homem mais forte do mundo. Filho de Newgate S/n e Portgas D. Ace.

Ace e você pensavam em ter mais filhos em alguns anos, e Ace queria muito ser pai de uma garotinha, para homenagear sua mãe.

Vocês eram uma família feliz, uma grande família feliz.

Talvez você devesse contar a Ace sobre a nova vida que você carregava em seu ventre a cada dia que passava.


- Ei querido – Você estava na janela de seu quarto compartilhado com seu filho em seus braços.


- Hm? – Ace cantarolou, a abraçando por trás.


- O mar é incrível não? – Você sorriu


- Começou a ser bem mais incrível quando eu te conheci – Ace sorriu.


- Sim – Você deu uma risadinha e Ace olhou para fora da janela.


- Foi ele quem me uniu com o maior presente da minha vida, a mãe do meu filho e a mulher que eu mais amo em todo o universo – Ace sorriu enquanto o filho de vocês segurava o colar do pai – Então eu tenho que o agradecer ao mar por me unir a você, ao pai por me aceitar aqui e é claro, a você por salvar a minha vida e nunca desistir de mim.


Você apenas sorriu, enquanto Ace selava os lábios nos seus.

O mar uniu aquilo de mais sagrado e puro entre duas pessoas, o amor.

Ver o sorriso no rosto de seu marido ao segurar sua tão amada filha apenas alguns meses depois, ver seu pai brincar com os netos, ver seus irmãos mais felizes do que nunca. Todos vivos, todos juntos... O que você poderia pedir mais do que aquilo?

Enquanto você observava o mar, sentada no convés na cadeira de balanço, você via seu marido correr pelo convés com seu filho nos braços. Sua bebê parou de tomar seu leite, o que fez você ajeitar a camisa, sorrindo para a pequena.

Ace caminhou até você e beijou sua testa, logo após beijar seus lábios, um selar demorado.


- Obrigado por me dar um significado para viver – Ace sorriu enquanto beijava a testa de sua filha e em seguida a de seu filho – Pelos meus dois maiores presentes, por você na minha vida. Eu sempre me perguntei e se minha vida fosse diferente, e se tudo fosse diferente, agora sei que cada sonho que eu tinha não estava nem perto de ser como esse... Essa realidade é bem melhor do que qualquer coisa que eu poderia sonhar.


Você sorriu enquanto seu marido a pegava no colo, deixando seu filho e filha no seu colo, enquanto a carregava para o quarto compartilhado.

No fim, a pergunta que sempre ficaria na mente de cada um era... E se tudo fosse diferente? Claramente dessa forma, há um imenso mar de possibilidades.

E se fosse diferente? (Portgas D. Ace).Onde histórias criam vida. Descubra agora