Passado

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AVISOS IMPORTANTES 

1 - Esse não vai ser o último capítulo, no final das contas acabei tendo que dividir isso aqui em dois, então, ainda vem ai :3

2 - Existe uma parte que pode causar um desconforto em algumas pessoas mais sensíveis, vai ter uma viso de (AVISO DE GATILHO) e (FIM) caso caso alguém queira pular.

enfim, boa leitura~

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Luciano estava com o corpo completamente dolorido, se sentia destruído, não lembrava de alguma vez na vida ter se sentido tão mal. Ele ainda conseguia sentir o toque pegajoso do lodo em cada parte do seu corpo, aquela sensação desconfortável não se limitava somente a parte externa, parecia que tinha invadido seu interior, sua alma. Os olhos estavam pesados, mesmo sem abrir, a pouca luz que tocava as pálpebras já parecia incomodar. Então o "bip" de uma máquina começou a chamar sua atenção. O caçador tentou se mover, mas percebeu que além de doloridos os músculos estavam dormentes, ele tentou se forçar a abrir os olhos. A luz tocou sua retina e isso incomodou muito, porém, logo o mundo foi tomando forma, ele estava em uma cela, no chão de uma cela, o "bip" parecia cada vez mais próximo e mais alto. Ele tentou mover o pescoço, antes de identificar de onde vinha o som, ele primeiramente viu que várias agulhas finas estavam cravadas em seu corpo, em seus braços, pernas, pés, peitoral e aparentemente até no rosto, ele tentou se mover novamente, mas isso ainda parecia muito difícil.

Conforme a consciência voltava ele notou um cheiro horrendo no ambiente, Luciano estava prestes a tentar procurar o que era, mas então o "bip" voltou a incomodar seus ouvidos, agora o som parecia ecoar dentro do cérebro do caçador.

- Finalmente acordou?

A voz parecia velha, desgastada e cheia de maldade, não era a voz do rei, Luciano se lembrava bem como essa era. O moreno olhou na direção das grades a sua frente, do lado de fora estava o maldito velho que o tinha recebido naquele castelo, o homem que chicoteou uma escrava bem na frente dele, que tratava aquelas pessoas com tanto descaso quanto o próprio rei. O caçador queria cuspir na direção daquele homem, mas ele sentia que não tinha forças nem para isso. Então ele falou, mas a voz saiu falha e fraca:

- Você ainda ta vivo...

- Eu digo o mesmo Luciano, pensei que teria morrido no caminho.

O "bip" soou novamente, dessa vez ele fez mais força do que antes e virou o rosto na direção do som. Com fios ligados as agulhas que perfuravam a pele de Luciano estava uma máquina que ficava do lado de fora da cela, muitas luzes, muitos botões, um painel, o caçador não entendia nada do que significava aquilo, mas o aparelho parecia seguir funcionando initerruptamente no que quer que tenha sido pensado para fazer.

- Incrível não é mesmo? – Não que ele esperasse que o caçador respondesse, ele nem espetava que uma pessoa tão insignificante quanto Luciano sequer pudesse entender o que tudo aquilo queria dizer.

- O que é incrível?

- Você, como pode ser filho de alguém tão poderoso e não ter uma gota de magia dentro do corpo?

- Como é que é?

O homem se levantou e foi até a máquina, o caçador acompanhou o movimento com dificuldade e esperou enquanto o outro analisava o painel, ele estava tão concentrado que não tinha averiguado ainda todos os detalhes ao redor, o cheiro pútrido, as outras celas.

- Não tem uma mísera gota de magia nesse seu corpo, incrível.

- Que papo é esse?

- Mas não tem problema certo? – Ele voltou e ficou parado na frente do moreno – Mesmo sem magia você ainda vai conseguir devolver o que tirou do rei.

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