29

5.2K 388 42
                                    

Deixo Adeline dormindo e me levanto da cama, indo até a sacada

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Deixo Adeline dormindo e me levanto da cama, indo até a sacada. Observo toda a extensão de Monrak, tudo calmo e silencioso. As estrelas reluziam contra as montanhas.

– Está fazendo o que aí igual uma assombração? - A voz rouca de Adeline me tira do meu transe.

– Pensando. - Não me viro para olhá-la, mas escuto o farfalhar das cobertas, indicando que ou ela está se sentando ou está se levantando.

Sinto seu calor quando ela se encosta no parapeito da sacada ao meu lado, olhando para frente. A observo com o canto dos meus olhos, seus cachos estão bagunçados e ela está com a cara amassada.

– Está planejando minha morte? - Adeline pergunta e mesmo que seu tom seja brincalhão, ainda noto uma seriedade.

– Planejar sua morte seria muito trabalhoso, raposinha. E eu já tenho muitos assuntos para me preocupar. - Falo com um sorriso de canto mas ainda há um tom de preocupação em minha voz.

– Já se arrependeu de me colocar no trono?

– Tenho muitos arrependimentos, Adeline. Fazer de você minha rainha definitivamente não é um deles.

Ela acena em entendimento e ficamos em um silêncio surpreendentemente confortável.

Sem contar que com você no trono eu não preciso mais cuidar de toda a burocracia, você tem talento para lidar com isso. - Eu completo e ela se vira para mim.

– Hades Veilmont me elogiando?

– Não se ache tanto, só estou dizendo isso porque não terei que lidar com a parte chata. - Adeline revira os olhos e volta a encarar a noite.

Meus pensamentos vagam para o meu prisioneiro novamente, na possível guerra. E eu sei que tenho que contar para Adeline mas algo me impede.

– Você deveria voltar para cama. - Eu murmuro sem tirar meus olhos da cidade.

– Não vou conseguir voltar a dormir.

Com aquela coisa ocupando 90% da nossa cama, realmente. - Eu me refiro a aquele bicho que Ezra trouxe.

– O nome dela é Nala, seu imbecil.

Essa pulguenta não vai ficar na nossa cama.

– Pulguento é você, ela é um amor. - Eu entro novamente no quarto e Adeline me segue. - Vai me dizer que odeia cachorros?

– Ela é mais dócil que você. - Eu provoco me sentando na cama, e esse cachorro, Nala se levanta e vem para o meu colo. - Tire ela de mim.

– Ela gosta de você, surpreendentemente.

– É óbvio que ela gosta de mim, eu sou lindo. - Hesitantemente, faço carinho em Nala. - Sinto muito, amor mas ela gosta mais de mim.

𝐑𝐄𝐃𝐄𝐌𝐏𝐓𝐈𝐎𝐍Onde histórias criam vida. Descubra agora