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Meu coração parece que vai sair pela boca

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Meu coração parece que vai sair pela boca.

Eu estou em um completo silêncio enquanto termino de me arrumar. Não tem mais volta agora.

– Você está brava comigo por ontem? - Hades fala me tirando dos meus devaneios.

– Por que eu estaria?

– Não sei. Você está quieta. Sinto que algo não está certo. - Hades murmura e mordo o interior da minha bochecha.

– Estou preocupada, só isso. - Murmuro.

O ar parecia pesado, e mesmo que eu tentasse falar com naturalidade, eu sinto que vão me descobrir a qualquer momento.

– Você não disse para onde você vai. - Hades diz prestes a sair da tenda.

– Oi?

– Você me mandou para um lado, Azrael para outro... E você?

– Ah, eu quero examinar o perímetro, pra ver se acho algo e vou te encontrar.

– Entendi. - Ele acena mas para na entrada.

– O que foi? - Pergunto.

– Por favor, não enfie uma adaga em mim por isso. - Ele sussurra e vem até mim em passos pesados.

Hades pega meu rosto entre suas mãos e cola nossos lábios em um beijo, que eu retribuo.

Definitivamente esse não é um beijo qualquer. Tem sentimento, fome, desejo, desespero. Aproveito o toque gentil dele em meu cabelo, e sua mão livre que desce até meu quadril, me puxando para mais perto.

Quando nos separamos por falta de ar, encosto nossas testas.

– Eu não vou enfiar uma adaga em você por isso.

– Que bom. - Ele sussurra em resposta. - Vamos acabar com essa guerra de uma vez por todas.

É... Vamos acabar com isso.

Saímos e por sorte, consigo falar com Ezra e Azrael antes deles irem. Ezra vem me dar um abraço apertado.

– Estou com medo, ruivinha. - Ele sussurra e sinto meu coração se partir.

– Isso vai acabar logo, tá? - Ele concorda e me solta.

Me surpreendo quando Ezra dá um abraço apertado em Hades que fica confuso, mas o abraça de volta. Quando Ezra e seus homens se afastam, Hades chama a atenção do ruivo.

– Volte inteiro, ruivo desgraçado.

– Você também. - Ezra diz e o vejo se afastar.

– Eu também vou indo. - Hades anuncia e eu lhe dou um abraço. - A gente se vê lá, raposinha.

– É... Até daqui a pouco, Veilmont. - Eu me despeço e o vejo partir.

𝐑𝐄𝐃𝐄𝐌𝐏𝐓𝐈𝐎𝐍Onde histórias criam vida. Descubra agora