7. Massa Esmagadora
Seu mundo era cercado por muralhas brancas que chegavam até o céu. Em seu castelo ela era uma princesa amada por todos. Seu irmão mais velho sempre brincava com ela e contava histórias sobre lugares distantes, sua mãe escolhia os vestidos mais belos para ela vestir e cantava com a voz mais doce que existia e seu pai protegia todos sempre com um sorriso.
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Então, por que sua mãe havia ficado estranha?
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Doença: Tumor pestilento.
Vozes...
— Isso não está certo, você disse que nada aconteceria com a minha família...
Pai?
Gritos, pessoas correndo, ela sendo arrastada para longe, para um helicóptero.
Suas muralhas haviam caído?
...
— Sinto muito — dizia seu pai, — sinto muito, mas isso é necessário, você vai ter que ir...
Seja a heroína que vai salvar o mundo — era o que o slogan dizia na época.
Se recusava a sair do seu quarto na base para onde havia sido mandada para se tornar Tecelã. Não deveria estar ali, nada fazia sentido, por que ela?
— Até quando vai ficar aí? — Disse uma garota.
— Até quando eu tiver vontade.
— Você é péssima em tudo que faz e ficar aí não vai mudar nada.
— Me deixe! O que você ganha vindo me importunar? Você é a melhor de todas e eu sou a pior, todas me desprezam por ser quem eu sou então não faz diferença.
— Mesmo depois de todos esses meses você nunca se abriu com ninguém, nunca sorriu para ninguém. Somos um esquadrão e...
— Não importa, a cirurgia é amanhã e já estou tomando aqueles malditos aceleradores, com sorte eu morra e assim vocês se livram do peso morto — ela olhou nos olhos da outra garota, — vocês me odeiam, então não faz diferença.
— É isso mesmo, te odiamos por ser quem é, pelo nome que tem. Mas não odeio você de verdade, eu sinto pena.
— Não preciso da sua pena! — Com raiva atirou um travesseiro na colega.
— Imagino — começou a se mover em direção a cama.
Um medo surgiu na garota na cama, aquela pessoa que se aproximava era assustadora, tudo que ela fazia era perfeito, não tratava ninguém melhor do que ninguém, nem pisava nos outros, mas era nítido em seu olhar o ódio que sentia, não sabia de quem era, talvez dela, talvez de outra pessoa.
Sentia esse mesmo ódio também, mas odiava o mundo, queria sua vida de volta, só que era impossível. A angústia cresceu nesses seis meses e cada dia era pior que o outro. Os treinos, as cobranças, as chacotas, o bullying. Não tinha culpa de ter o nome que tinha, não tinha culpa do mundo ter virado uma merda e por causa da Mundisalus, garotas foram obrigadas a se tornar armas biológicas para matar abominações.
Uma mão tocou sua cabeça e tirou o lençol de cima dela, braços a envolveram de uma maneira que não havia mais sido envolvida desde que sua mãe se tornou um Kankro e foi morta.
— Não preciso de sua pena — disse ela baixinho sem se afastar.
Não entendia a atitude daquela garota, se a odiasse não faria isso. Sentiu as lágrimas quentes despontando.
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O Jardim das Tecelãs
Fiksi IlmiahNo ano de 20XX um objeto vindo do espaço chegou na Terra, nele continha uma forma alienígena que foi encontrada por agricultores no estado de Minas Gerais. O alienígena causou vários problemas, pois havia se fundido ao corpo de vários deles criando...