Apenas mais um escravo

Sentimentos fortes

Oi eu sei que demorou... E demorou muito

Mas aqui estou com a atualização meus lobeloves, Talvez não a melhor delas mas a melhor que pode fazer.

Aproveito para dizer que coloquei a Suzanne nas apresentações para vcs não se esquecerem dela.

Bem, obg pela espera e boa leitura

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Ange on

Fui abrir a porta, nem me preocupei em perguntar quem seria, peguei na maçaneta e deixei-a rodar, dando entrada àquele rosto tão familiar.

-Senhor?

Olhei para ele, ainda composto de algum modo e ele para mim de modo sereno. Adentrou o espaço e rapidamente sentou-se na minha cama, sem nunca tirar os olhos de mim.

-Posso perguntar porque nunca mostras-te muito interesse em ir embora ou procurar pelos teus pais este tempo todo?

Um pouco chocado com a sua pergunta, congelei por um momento, mas logo peguei numa cadeira, coloquei-a á sua frente e sentei-me, abraçando as costas desta. Por breves instantes deixei-me respirar profundamente, não sei que resposta ele estava propriamente á procura, mas não podia de modo algum mostrar sentimentos desnecessários. Ao fim de breves instantes comecei a falar.

-Isto vai ser bastante curto... Mas para resumir, só nos encontras-te ao fim de muito tempo... Fomos separados da nossa família, julgo que uns 8 ou 9 anos antes de nos achares. Não passamos por nenhum bicho de sete cabeças para ser sincero. Pouco antes dos 12 ou 13 anos fiquei com a Vi na casa do nosso raptor. Os seus filhos tinham acabado de morrer num acidente e a mulher não aguentou, então fomos substituir as crianças. Ela estava perturbada, mas ao passar dos anos foi melhorando e quando não fomos mais precisos. Obviamente nunca conseguimos fugir de lá e foi então que chegamos naquele lugar. O homem vendeu-nos a um conhecido e tentamos fugir logo no inicio em desespero. Claramente sem resultado e por tal fomos batidos sem piedade, mas como marcas são más para o preço do produto, ficámos algum tempo a relaxar, obviamente as condições não eram as melhores, vivíamos uns sete ou oito numa cela pequena, mas não nos agrediam. Por fim, já prontos como produtos fomos vendidos. Isto tudo para dizer que, éramos muito pequenos, mal nos lembramos daquela infância perdida com as nossas mães, muito menos os seus nomes ou onde morávamos. Sem contar que nem me lembro como era a nossa relação.

Deitei a cabeça na cadeira e suspirei. Tyler olhava-me sem dizer nada, com um olhar preocupado.

-Ange. Uma coisa é não conseguir, mas, na possibilidade de reveres a tua família, o que farias?

Tal como á momentos atrás dei-me um momento para pensar, enquanto ele me analisava.

-Sabes... Provavelmente, se pudesse ver a minha família, apenas lhe daria um "Olá" e um resumo do que foram estes últimos anos. Mas só isso. Tenho uma família aqui também que preso muito... Não gostava de me separar dela.

Explico com um sorriso no rosto, sendo agora eu que analiso o seu rosto levemente chocado e aliviado ao mesmo tempo. "Tão bonito...". Antes de sequer poder levar a minha linha de raciocínio mais longe, vejo-o a deitar-se na minha cama relaxado. 

-Bem, hoje vou roubar a tua cama, estou por um cabelo com a Mila e ela não se vai lembrar de me procurar aqui. Sabes, preciso de descansar.

Surpreso com as suas palavras, peguei na cadeira e arrumei esta preparando-me para sair.

-Vais aonde? O teu trabalho não acabou hoje?

O amo pergunta num tom sério e pouco emotivo, olhei para ele totalmente confuso.

-Acabou, mas também preciso de dormir e senhor também e neste quarto só há uma cama. Sendo assim vou procurar um quarto de hóspedes livre.

Explico de forma simples, ainda dentro daquelas quatro paredes com ele. Não entendi muita coisa depois disso, mas fui agarrado com uma rapidez tão perigosa e deitado na cama, nos braços fortes dele, num abraço apertado.

-Que parvoíce, podes dormir perfeitamente comigo.

Diz o outro ao fechar os olhos. Mas sendo sincero "NÃO! NÃO POSSO DORMIR PERFEITAMENTE CONSIGO! O meu pobre coração não vai aguentar."

Narradora on

Enquanto Tyler aproveitava aquele momento de prazer puro e doce, Mila, a sua irmã mais nova estava para perder a cabeça.

-COMO TE ATREVES A TRATAR-ME DESTE MODO? EU SOU A IRMÃ MAIS NOVA DO SENHOR DESTA CASA!

Mila gritava a altos berros no seu quarto, enquanto Vitória ficava dentro do quarto da outra sem a ajudar.

-Se for para responder, sou a pessoa que vai cuidar de ti nos próximos tempos, a pedido do teu irmão. Prazer.

A mais nova responde de forma mais sarcástica adentrando o quarto. Tinha um cesto nas mãos com duas toalhas, robe, chinelos, sabonete, champô e amaciador.

-Aqui senhora. Já está na hora de se banhar.

Diz fazendo indicação á outra para agarrar o objeto. O rosto vermelho de indignação de Mila deu um leve sentimento de plenitude a Vitória. Sentimento este, quando a outra pegou o cesto e sem dizer mais foi para a casa-de-banho do quarto.

Vitória respirou fundo,  ela odiava pessoas mimadas, muito mais aquelas sem qualquer noção e controlo. Sentou-se numa das cadeiras do quarto e ao fim de aproximadamente quarente minutos, a outra voltou ao quarto.

-Já podes ir.

Diz não muito animada.

-O pijama está na cama. Amanhã virei cedo para a acordar. Já agora, o seu irmão queria falar consigo.

Dito isto, Vitória saiu do quarto, enquanto Mila sente uma pontada de si alegrar-se. Tinha a ideia de que se ia safar, era mais que obvio que Tyler devia ter castigado o outro reles empregado e queria desculpar-se para com ela. Contudo a situação era totalmente diferente da que imaginava.

Ao fim do seu banho relaxante e de colocar as suas vestes noturnas, Mila deslocou-se com a autoestima bem alta para o escritório do irmão. Bateu á porta e esperou. Esperou, esperou e esperou, ao fim de algum tempo bateu á porta novamente mas sem resposta, farta de situação abre a porta e deparasse com a sala vazia. Enfurecida, mas ainda calma, procura o irmão no quarto do mesmo, desta vez sem esperar depois de bater a porta e para seu espanto, Tyler também não estava ali. Sem muita mais paciência para pensar, procura alguém que lhe possa dar a localização do seu irmão, neste caso a empregada que estava a substituir o anterior. Passado um tempo, lá encontrou Vitória a ler na biblioteca.

-ONDE RAIOS CARVALHOS ESTÁ O MEU IRMÃO?

-SHHHH

Vitória faz virando a página do livro com toda a calma. Mila sem nem pensar duas vezes tira o objeto das mãos da outra, fazendo esta revirar os olhos e sair do local.

-Ei! Que falta de respeito é esta?

Volta a gritar a mais alto, sendo ignorada pela outra que já estava com roupas casuais. Farta da confusão Suzanne chega ao local e desta vez faz ela "shiu".

-Por favor senhorita, restrinja-se de fazer barulho na biblioteca.

Fala num sussurro pegando na mão de Vitória de forma rápida e perspicaz tirando a outra dali deixando Mila sozinha.

-Obrigado...

Vitória sussurra para a outra, que cora, sendo deixada levar.

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Oi oi!

Espero que tenham gostado, estejam tão á espera do próximo cap como tiveram deste e que tenham gostado.

Obg e até ao próximo!