Capítulo 16

746 84 12
                                    

Ludmilla POV

A campainha de minha casa toca e eu vou até a porta atender sabendo de antemão que era Brunna, já que liberei a sua entrada na portaria.

-Oi Brunna. –A cumprimento meio sem jeito.

-Oi Ludmilla, tudo bem? –Fala apenas por formalidade.

-Pode entrar. -Cedo a passagem e ela entra.

-Eu prometo ser rápida Ludmilla, não quero tomar muito do seu tempo, só vou pegar minhas coisas e ir embora. –Ela fala secamente.

-Bru, também não precisa ser assim, sei que não estamos mais juntas, mas você é sempre bem-vinda em minha casa.

-Não, eu não quero ficar muito tempo aqui e acabar dando de cara com seu, noivo. –Ela fala a última palavra com dificuldade e desdém.

Ela anda rápido de um lado para outro em minha casa colocando suas coisas em um caixa e suas roupas em uma mala, nem percebia que tinha tantas coisas de Brunna aqui, eu já estava tão habituada a ter as coisas dela em meu apartamento.

-Brunna eu só quero que você saiba que toda essa situação também dói em mim, não é só porque eu terminei com você que eu também não fiquei mal.

-Ludmilla o que você quer hein? Porque está mexendo na ferida.–Ela fala abrindo os braços. –Me esfaqueia e fica girando a faca.

-Não!!! Eu só quero te dizer que apesar de ter escolhido outra pessoa, eu ainda gosto de você, bastante!!

-Não o bastante pra ficar comigo, não é mesmo. –Ela fala e eu sinto uma pontada em meu peito.

Ela junta suas coisas fecha sua mala e vai em direção a porta com pressa.

-Posso te dar um abraço?! –Pergunto antes dela sair.

Ela pensa por um tempo, mas depois balança a cabeça confirmando.

Vou até ela a abraçando apertado, mas sinto que o abraço dela não é tão carinhoso como de antigamente, é mais seco e com pouca intimidade, mas não a culpo, fui eu que causei isso.

Ela beija minha bochecha e aproxima sua boca de meu ouvido.

-Espero que você seja feliz Ludmilla, do fundo do meu coração. –Ela diz e depois sai pela porta me deixando chorosa.

(.....)

Dias depois

A casa dos meus pais está toda arrumada, com o dobro de convidados que costuma sempre ter, e eles não conseguem disfarçar a felicidade em seus rostos por eu ter finalmente aceitado o pedido de noivado de John, mas eu, sinceramente, ainda não consegui atingir esse sentimento de felicidade que achei que conseguiria alcançar no dia de meu noivado com John, talvez por ele ter sido em detrimento do meu namoro com Brunna. Acho que ainda estou emocionalmente abalada por tudo, mas acredito que isso aos poucos irá passar, e eu voltarei ao meu relacionamento de antigamente com meu noivo.

Entro na sala de meus pais onde estão os convidados e John assim que me vê sorri, ele bate um garfo em sua taça de Champanhe pedindo a atenção de todos, que olham para nós.

-Sra Oliveira, Sr Oliveira. –Ele diz olhando para meus pais. –É com muita honra e amor, que peço aos senhores, a mão de sua linda filha, Ludmilla Oliveira, em casamento!

Todos batem palmas e meus pais a consentem animados, ele tira uma caixinha de joia de seu bolso mostrando para mim, queria que ele se ajoelhasse como todos os noivos costumam fazer, mas entendo porque ele não faz isso, John nunca foi de se ajoelhar para ninguém.

Escolha certa. Onde histórias criam vida. Descubra agora