𝑹𝒊𝒗𝒂𝒊𝒔 - 𝑪𝒉𝒂𝒏𝒄𝒉𝒂𝒏𝒈

Capítulo 4

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Naquela tarde, depois da aula, Changbin e Bang Chan teriam seu trabalho – castigo – na biblioteca da escola. Como o diretor os ordenou, os dois rapazes iriam ajudar a senhorita Suzy com a organização e na limpeza do local.

Iriam ficar por apenas uma hora, mas para Christopher aquilo seria uma eternidade, ainda mais, ele que teria que fazer todas as tarefas ao lado do acinzentado. Não via a necessidade  do diretor fazer isso, não suportava o Seo mas teria que ficar grudado com ele nessa longa uma hora.

O australiano foi caminhando tranquilamente até a biblioteca onde ficaria com o seu rival, e chegando lá foi surpreendido quando viu aquela mesma menina que havia beijado no dia anterior que depois descobriu se chamar Yuna.

Sorriu pois teria a chance de chamar a menina para sair, mas quando tentou se aproximar percebeu que ela falava com alguém. Reconheceu o garoto que falava com Yuna, não era difícil saber quem era, reconheceria aqueles cabelos acinzentados de longe.

Uma raiva subiu rapidamente no rapaz, já não bastava ter atrapalhado seu momento com a garota no dia anterior? Se perguntava mentalmente se o coreano sentia inveja de si.

Olhava eles um pouco afastados percebendo que a menina ria baixinho do rapaz na qual conversava o que deixava o Bang enfurecido. O que ele tem de especial? que faz todos gostarem dele? O australiano não via nada nele, era só um garoto de baixa estatura que faz parte de uma banda de escola, nada demais.

Também via o jeito descontraído em que conversavam, parece até que se conheciam a tempo pelo jeito que falavam um com o outro. Não demorou muito para a garota perceber o rapaz ali parado olhando na direção deles.

— Chan? Que bom que chegou — a menina de cabelos longos e ruivos chamou atenção do moreno que já estava sobre os dois.

Changbin olhou para o lado oposto de onde a ruiva estava, dando de cara com o australiano que se aproximou com uma cara emburrada fazendo o Seo revirar os olhos. Mesmo gostando do mais velho, odiava quando ele o olhava com uma cara de criança mimada.

Se levantou da cadeira onde se sentava e ficou de frente com Chan, enquanto o encarava o rapaz de cima a baixo sentiu seu coração fazer uma festa em seu peito. Changbin sabia que essa paixão que ele tinha pelo moreno só iria machucar mais a si, mas não conseguia resistir ao charme do mais velho, ele se via completamente apaixonado por quem deveria odiar.

— Que bom que chegou, vamos logo começar o trabalho — O Seo cruzou os braços sorrindo de forma maliciosa para provocar o mais velho que desviou o olhar com a cara fechada. Ele nunca vai entender o motivo do moreno ficar emburrado tão fácil, mas achava fofo do jeito bravinho e birrento do australiano.

— Bom, vou deixar vocês trabalharem em paz, tchau Binnie gostei muito de te conhecer, quando tiver uma apresentação da sua banda me convida que vou está presente com toda a certeza. — Yuna diz se aproximando de Changbin e dando um beijo em suas bochechas gordinhas. O moreno suspirou pesado ao ver tal cena, se irritando facilmente, ele não sabe ao certo do por que está com raiva, ou de quem.

— Okay, te mando uma mensagem depois — falou se despedindo da garota, e depois que a mesma saiu pelas portas da biblioteca sua atenção voltou para o australiano emburrado em sua frente. — Que foi? Vamos logo encontrar a senhora Suzy, ou vai ficar aí com cara de bunda?

O moreno olhou sério para o mais baixo que o provocava sem tirar aquele sorriso encantador dos lábios. Mas logo tirou os olhos da boca do coreano pois algo no rosto do mesmo o chamou atenção, que foi a tonalidade do seu nariz que estava um pouco roxo por conta da bolada que levou mais cedo.

Logo veio a memória do rosto assustado de Changbin o olhando enquanto que saia gotas de sangue de seu nariz, aquela imagem fez Chan se arrepender do que havia feito, não sabe o motivo de se sentir culpado já que odiava o Seo com todas as forças, mas algo em seu peito pesava quando pensava sobre. Agora vendo o sorriso em seu rosto fez a mente sua mente ficar confusa, pois era para o rapaz está com raiva de si, mas ele estava ali sorrindo como se nada estivesse acontecido e o provocando como se fossem próximos.