A notícia do incidente no banheiro se espalhou na mesma hora. Aonde quer que eu fosse, os campistas apontavam para Percy e murmuravam algo sobre água de vaso sanitário. Ou talvez apenas olhassem para Annabeth e Alya, que ainda estavam bastante encharcadas.
Elas mostraram mais alguns lugares para Percy: a oficina de metais (onde as crianças forjavam as próprias espadas), a sala de artes e ofícios (onde os sátiros jateavam com areia uma estátua gigante de um homem-bode) e a parede para escalada, que na verdade consistia em duas paredes que se sacudiam violentamente, deixavam cair rochas, espalhavam lava e colidiam uma com a outra se a gente não chegasse ao topo bem depressa.
Finalmente retornamos ao lado de canoagem, de onde a trilha levava de volta aos chalés.
— Tenho treinamento — disse Annabeth secamente.
— O jantar é às sete e meia. Você só tem de seguir o pessoal do chalé até o refeitório — Alya deu as informações sem nem olhar para Percy.
— Meninas, me desculpem pelos sanitários.
— Não importa. — Annabeth murmurou.
— Não foi minha culpa.
— Você precisa falar com o Oráculo — disse Alya.
— Quem?
— Não quem. O quê. O Oráculo. Vou pedir a Quíron.
Percy olhou para o lago, desejando que alguém o desse uma resposta direta pelo menos uma vez.
Ele não esperava que alguém estivesse olhando de volta para ele do fundo, portanto o coração dele deu um pulo quando notou duas meninas adolescente sentadas de pernas cruzadas na base do píer, cerca de seis metros abaixo. Vestiam jeans e camisetas verdes cintilantes, e os cabelos castanhos flutuavam soltos em volta dos ombros enquanto peixinhos passavam por entre eles. Elas sorriram e acenaram. Percy não sabia que outra coisa fazer então apenas acenou de volta.
— Não as encoraje — advertiu Annabeth. — As náiades são flertadoras incontroláveis.
— Náiades. — Percy repetiu, sentindo-se completamente estupefado. — Já chega. Quero ir para casa agora.
Annabeth franziu as sobrancelhas.
— Você não percebe, Percy? Você está em casa. Este é o único lugar na terra seguro para crianças como nós. — Alya falou.
— Você quer dizer crianças mentalmente perturbadas?
— Também, mas quero dizer não-humanas. Não totalmente humanas, de qualquer modo. Meio humanas.
— Meio humanas e meio o quê?
— Acho que você sabe.
Ele não queria admitir, mas sabia, sim. Sentiu um formigamento nos membros, uma sensação que às vezes o tomava quando a mãe dele falava sobre seu pai.
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𝐄𝐍𝐃 𝐆𝐀𝐌𝐄, percy jackson
RomanceEND GAME || Alya Lachance sempre tentou cuidar ao máximo de sua reputação mas sempre tinha alguém para falar algo dela. Então ela apenas desistiu de parar os boatos. Ela não entendia o por que as pessoas se importavam tanto com ela, afinal, ela era...