Conexão | Vegas

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"Eu soube, desde a primeira vez que te vi que corria o risco de te querer"

"Eu soube, desde a primeira vez que te vi que corria o risco de te querer"

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VEGAS

Trabalhar como obstetra nem sempre foi um sonho, mas quando meu pai ômega ficou grávido da minha irmã mais nova, comecei a me interessar, como meu pai alfa não tinha tempo para acompanhar meu pai que estava grávido nas consultas, então eu ia com ele, mesmo que na época eu tinha apenas dezesseis anos. Mas foi bom. Gostei da forma que o médico explicava as coisas e como era importante todos os cuidados, e fui criando uma paixão por essa profissão.

Ao meus dezoitos anos eu já estava fazendo a faculdade, eu estudava muito, mas ainda tive tempo de cuidar da minha irmã Lucy, ela é minha outra metade, a primeira mulher da família. Faço tudo por aquela pirralha.

Me formei após três anos, minha família sempre teve condições, meu pai alfa ele sempre trabalha no exterior, então dificilmente está em casa, felizmente eu ainda moro com os meus pais então quando chego do trabalho fico com a Lucy e com meu outro pai.

Poucos meses fiquei bastante conhecido por ser um excelente profissional, realmente eu atendia todos os pacientes como se fosse minha família, principalmente ômegas solitários, as vezes eles só procuravam uma ajuda para encontrar clínicas de aborto, porque não tinha condição para cuidar de um filhote sozinho, era triste, todas as vezes que eu tenho que ouvir isso de um paciente me parte o coração. Mas como médico eu só posso aconselhar, não posso intervir nas escolhas dos pacientes.

Após um ano, abri meu próprio consultório, é claro foi um grande sucesso. Estou feliz com meu trabalho, as vezes é um pouco cansativo, mas ouvir a gratidão de cada paciente por seus bebês terem nascidos saudáveis, isso não tem preço.

(...)

Hoje é um sábado, hoje tive muitos pacientes, eu estou exausto, graças a Deus já estou indo para casa, preciso ver minha garotinha para carregar minhas energias.

Saio da minha sala e caminho em direção a saída.

— Mila — olho em direção a recepção — Não demore para ir pra casa, já encerramos por hoje. — digo gentilmente.

— Tudo bem Sr. Vegas, eu já estou terminando aqui para ir. — ela responde dando seu melhor sorriso, eu apenas assenti e acenei, voltei a andar, saio do consultório e vou em direção ao meu carro, pego as chaves e abro, logo em seguida entro.

Fecho a porta do meu carro, e coloco as minhas mãos no volante, puxando o ar e soltando, preciso descansar. Sim, um bom banho e depois dormi em minha cama confortável.

(...)

Hoje o trânsito está demais e agora começou a chover para piorar, bufo quando paro o carro novamente, pelo visto minha felicidade de chegar em casa foi um pouco destruída, desligo o carro, porque até os automóveis voltarem a se locomover vai demorar. Suspiro e olho para a janela. Franzi minha testa pela cena que estou vendo, um rapaz pálido e com cabelo escuro na chuva, mas algo nele parece está errado, ele tá sentado no chão com suas duas mãos no pé da sua barriga segurando muito forte, sinto algo dentro de mim, eu preciso ver o que está de errado com esse rapaz.

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