TEN

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- Notícias dele?

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- Notícias dele?

- Ainda não.

- Creamy?

- Visualizou as mensagens, mas ainda não respondeu nenhuma - Tyla, minha assistente pessoal, respondi.

Ponho as mãos no cabelo, puxando alguns fios. Ando para um lado e para o outro, inquieto. Abraço meu corpo dolorido. Eu deveria estar descansando agora. Depois de um pequeno procedimento de cerca de 1 hora para reiterar alguns pontos no meu abdômen, fui pego de surpresa com a notícia de que eu havia morrido. A fake news se espalhou rápido e meu rosto agora estampa vários sites e programas de TV. Meu nome ocupa os trends topics da maioria dos países asiáticos e até latinos. Meu celular não para de tocar. Familiares distantes estão tentando entrar em contato comigo, amigos próximos também. E no meio de todo esse caos, apenas uma pessoa me preocupa.

Estou tentando falar com Barcode, ainda sem sucesso. Há essa hora ele já saiu da faculdade e o mesmo tem o costume de checar as redes sociais antes de ir para casa. Minha segunda e mais confiável opção era Creamy, mas ela parou de me responder. Em sua última mensagem, ela dizia que estava a caminho da universidade.

- Filho, volte para cama. Seus pontos irão abrir assim - mamãe diz, receosa.

- Não consigo - digo - Preciso ir vê-lo, mãe.

- Meu amor - ela abraçou meus ombros -, vai ficar tudo bem, hm? Tenho certeza de que o nong está bem.

- Ele deve está assustado - sussurro

Meu peito dói só de imaginá-lo recebendo uma notícia dessas, logo agora que as coisas entre a gente parece minimamente certas. Eu tento protegê-lo, mas nunca de fato consigo. Estou frustrado, irritado e cansado. As coisas têm saído do meu controle nas últimas semanas. Antes mesmo do acidente tudo parecia fora dos trilhos. Não consegui fechar uma grande parceira; subi no palco já não era tão incrível como a 13 anos atrás; as noites de sexo casual já haviam perdido a graça a tempos. Estou deslocado, essa é a cruel verdade. Essa é a famosa crise dos 30 anos?

- Converse com o Dr. Sukassem, peça para ele me deixar ir até a casa dele - seguro suas mãos - Por favor, mãe. Vai ser só por algumas horas, apenas para garantir que Barcode está bem. Depois eu volto e fico quantas semanas o médico quiser, sim?

- Filho, eu...

- Mamãe - suplico -, por favor.

Estou ciente do enorme bico em meus lábios.

- Urgh! - Ela revira os olhos - Está bem, irei falar com ele.

- Obrigado! - beijo sua bochecha - Você é a melhor!

Ela segura meu rosto entre suas mãos. Abaixo um pouco, o suficiente para ficar na sua altura.

- O que eu não faço por você, hein?

𝐋𝐎𝐕𝐄 𝐑𝐄𝐐𝐔𝐈𝐑𝐄𝐒 𝐂𝐎𝐔𝐑𝐀𝐆𝐄Onde histórias criam vida. Descubra agora