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O vento era fresco e suave, sentia a grama encostando na minha pele, fazendo-a coçar, meu corpo doía quase tanto quanto a minha cabeça, eu estava tonta, desorientada, meus olhos fragilizados com a luz persistente do sol, quase me impedindo de conseguir abri-los, me sentei, olhando à minha volta, tentando reconhecer onde estava, sem saber como acabei acordando ali.

— Merda, que dor – falo colocando uma mão na minha cabeça.

Aquele local era algum tipo de campo que me surpreendeu devido ao seu tamanho amplo. Havia quatro muros de pedra ao longe me cercando, formando um quadrado perfeito. Eram cinzentos, cobertos por uma hera espessa que se espalhava em manchas desiguais, pareciam não ter fim de tão altos, cada um acompanhado por um portão de sua mesma altura, onde somente um estava aberto.

— Onde eu estou? – faço uma pausa – eu não lembro de nada, por que eu não lembro de nada?

Senti meu coração acelerar, em um piscar de olhos estava desesperada, não me lembrava do meu nome, nem de onde vim, comecei a sentir lágrimas embaçarem minha visão.

— Tem que ter alguma informação em algum lugar, isso não está acontecendo – começo a rir de nervosismo.

Ao procurar nos meus bolsos, na esperança de encontrar algo que me ajudasse a lembrar de quem sou, logo encontro um papel que estava um pouco amassado escondido dentro da minha manga. Li ele milhares de vezes para entender cada palavra, procurando por respostas para as minhas várias perguntas e depois o destruí, rasgando em vários pedaços, jogando-os para cima, observando se espalharem pelo gramado com o vento.

— Talia, meu nome é Talia, pelo menos agora sei de alguma coisa – falo com ironia, limpando minhas lágrimas e tentando esvaziar a mente – preciso manter minha cabeça no lugar, não tenho tempo para entrar em desespero, tem que ter mais alguém aqui.

Me levanto e começo a explorar, olhando cada canto, na esperança de encontrar outra pessoa. Entro em uma floresta que havia ali, logo fico maravilhada ao ver um espaço mais aberto onde os raios de sol passavam suavemente pelas folhas das árvores de uma forma graciosa. Tinha algumas flores no chão, pequenas, mas muito bonitas. Continuo caminhando, encontro uma árvore em que os galhos formavam um tipo de base.

— Tem alguém aqui? – não importava o quanto eu gritasse por alguém, torcendo para não estar sozinha, não conseguia nenhuma resposta.

No centro de tudo, acabei achando um tipo de alçapão de metal, precisei de muita força e persistência para abri-lo.

— É um elevador? – desço olhando tudo que tinha ali – são suprimentos, mas não tem muito – levo para cima tudo, gradualmente os deixando escondidos embaixo de uma árvore próxima. No meio de tudo, achei um tipo de bolsa, logo coloquei alguns suprimentos nela e peguei um pano grande, esperando que ele possa me esquentar a noite.

Um som estridente invade meus ouvidos, me fazendo cobri-los o mais rápido possível. Eram os portões se fechando ao pôr do sol.

— Não percebi o tempo passar– olho para o céu.

Fico em silêncio por um tempo, ainda processando o que estava acontecendo e em que tipo de local eu estava.

— Preciso achar um local para dormir, algo temporário, pelo menos por hoje.

Entro na floresta que já havia explorado mais cedo e lembro da árvore de antes, procurando pela mesma.

— Vai ter que servir – suspiro antes de tentar subir, depois de duas tentativas fracassadas, finalmente consigo – tenho que sobreviver, não importa o que aconteça – me cubro com o pano que achei e ao fechar meus olhos, adormeço em questão de instantes pelo cansaço.

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Espero que não esteja tão ruim, espero que gostem.

Aceito sugestões, mesmo a história já estando quase 100% decidida.

Essa história já tem continuação, não esqueça de lê-la quando acabar.

Maze Runner - O Começo De Tudo [Sendo revisado]Onde histórias criam vida. Descubra agora