[024]

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Eu dou um sinal pro Minho que me joga um facão, aponto ele pro Gally impedindo que ele reaja, os meninos soltam a Teresa e o Chuck traz as coisas que eu tinha pedido pra ele buscar. 

— Esperava isso deles – Gally me olha nos olhos – mas você... – fico do lado do Newt e dos outros.

 — A gente vai sair daqui, não vamos obrigar ninguém a vir conosco, mas quem quiser vir é a última chance – falo olhando para os Clareanos.

— Não escutem ela, ela só quer assustar vocês.

— Todos vocês me conhecem há muito tempo, sabem como sou, acham que eu agiria assim se não tivesse certeza?

— Ela não quer assustar vocês, já estão assustados – o garoto problema diz em alto e bom-tom – eu tô assustado, mas eu prefiro arriscar minha vida lá fora do que passar o resto dela aqui, não somos daqui.

— Esse lugar nunca pode ser nossa casa, alguém colocou todos nós aqui, agora temos uma chance de sair daqui.

— Pelo menos lá temos escolha e vamos sair daqui, isso eu sei.

Conseguimos convencer alguns garotos, mas ainda tiveram uns que continuaram do lado do Gally.

— Gally, por favor, vem com a gente, não quero te deixar aqui – ele me olha com frieza.

— Eu... – ele ia falar algo, mas parece que desistiu – boa sorte com os verdugos, pequena.

Pelo incrível que pareça, não esperava isso dele, achava que talvez eu pudesse convencê-lo, mas ele confirmou pra si que aquilo era o certo, então qualquer tentativa era inútil. Doía velo parado esperando a gente ir, foram só alguns segundos, mas pareceram séculos.

[...]

Era minha primeira vez no labirinto, talvez tenha sido impressão minha ou o medo, mas aquele lugar era frio, mesmo correndo com os outros não mudava a sensação gélida que parecia estar grudada na minha pele.

— Você tá bem? – Newt disse meio ofegante, dava pra ver que ele estava com dificuldade de correr com aquela perna, o que me deixou mais preocupada ainda.

— Acho que eu deveria te perguntar isso – ele sorriu de maneira sarcástica, como sempre.

Decidi ficar um pouco mais pra trás cuidando quem tinha dificuldade de acompanhar e os ajudando a ir mais rápido. Minho e Thomas indicavam o caminho e eu juro que se me pedissem pra fazer o caminho de volta ia me perder na primeira bifurcação.

[...]

Com um sinal do Thomas nos escondemos encostados em um dos muros, havia um verdugo bem onde ficava a saída.

— É um verdugo? – Chuck questionou nervoso e o garoto problema confirmou.

Chuck ficou com a chave e nos organizamos pra poder tentar passar pelo verdugo. Sem pensar duas vezes avançamos na direção dele, os garotos usavam as lanças pra mante-lo longe e tentando derrubar ele da estranha plataforma que estávamos. Parecia cada vez mais difícil e quando conseguimos derrubá-lo outros apareceram 

— Tali, vai com o Chuck, agora! – o Minho gritou e logo corri com o pequeno ruivo e a Teresa.

A chave acionou alguma coisa que liberou passagem pra um tipo de porta, era como se tivesse pedindo uma senha, oito dígitos da liberdade.

— Thomas, tem um código, oito números! – a garota disse o mais alto que pode.

— Minho, qual a sequência do labirinto? 

— 7! 1! 5! 2! 6! 4!~ – um verdugo caiu bem em cima do Minho, ele lutava e a única coisa que eu queria era correr pra ajudá-lo, eu ficava repetindo várias vezes os números na minha cabeça pra ver se lembrava de alguma coisa.

Jeff usou sua lança para ferir o verdugo, rapidamente o Minho saiu dali, mas o garoto não teve tanta sorte e foi mordido, foi horrível ouvir os gritos dele. Vários verdugos começaram a aparecer e minha cabeça doía como no meu primeiro dia no labirinto.

— Minho, qual é a sequência? – Chuck gritou e como um estalo.

— 71526483... – os números saíram da minha boca como um sussurro, quando o Minho ia falar eu passei na frente da Teresa e digitei, completo – Abriu!

[...]

A porta deu em um tipo de corredor, ele era extenso e mal iluminado. Andamos bastante, alguns me olhavam de forma estranha, acho que estavam se perguntando como consegui abrir a porta. 

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Maze Runner - O Começo De Tudo [Sendo revisado]Onde histórias criam vida. Descubra agora