Já fazia um mês que eu e Alby estávamos nos ajudando, nem sempre concorríamos, brigando por motivos idiotas. Então estabelecemos duas regras para a melhora da nossa convivência.
1" Cada um faz sua parte
2" Nunca machucar um ao outro
Na semana passada, veio um ganso e um porco, Alby riu da minha cara quando o maldito ganso me deu um susto, me fazendo cair. Com ajuda de algumas ferramentas que estavam junto com os últimos suprimentos, começamos a cortar algumas árvores para fazer um lugar mais estável e agradável para dormirmos.
[...]
— Acho que ficou bom, pelo menos por um tempo – observo as duas tendas que fizemos.
O ganso passa no meio das minhas pernas – A gente tem que arrumar um lugar para eles, vão acabar se perdendo ou passando pelo portão – escutamos a caixa subir como toda semana.
Abrimos o alçapão e vemos um rapaz de pele clara e cabelos amarelos, sentado no chão, tampando a luz que fragilizava seus olhos.
— Se lembra do seu nome? – Alby pergunta enquanto eu jogo a corda para o garoto subir.
– George – ele fala, subindo com os olhos quase fechados, tentando se acostumar com a claridade.
— Sou Talia e esse é o Alby – observo ele ignorar o garoto novo e pular na caixa para pegar os suprimentos – você deveria ser mais educado de vez enquanto – sem olhar para nós, ele murmura um "oi".
— Aqui temos duas regras que é importante você seguir – George escuta com atenção – Cada um faz a sua parte~
— Não temos tempo para preguiçosos – Alby me interrompe e logo sinto vontade de quebrar a segunda regra.
— E em segundo, não machuque outra pessoa da Clareira, outro "Clareano"? – ele confirma com a cabeça para mostrar que entendeu.
— O que tem para lá? – Nem preciso olhar para saber que ele está falando dos portões.
— Não sabemos, ainda não tivemos coragem de entrar – o ganso passa novamente pelos meus pés, me fazendo quase cair – eu ainda cozinho esse bicho – Alby e George riem da minha cara.
— Vamos, temos muito o que fazer – o moreno chama nossa atenção.
Levamos os suprimentos para o local designado, com ajuda dos garotos construímos dois cercados improvisados meio afastados do local em que dormíamos por questões de higiene. Não conseguimos pegar o ganso para colocá-lo no cercado dele, sem contar que ele derrubou o George no mínimo quatro vezes.
— Deixa ele, não vamos conseguir pegá-lo – George disse enquanto parecia que o ganso maldito estava rindo da nossa cara.
O som estridente dos portões nos avisava que a noite estava vindo, fizemos uma fogueira perto das tendas e colocamos alguns troncos em volta para sentarmos. Ficamos discutindo por quase duas horas a divisão das tarefas e como seria se chegasse mais alguém pela caixa.
— Acho que estou me acostumando com esse lugar – deito em um dos troncos e fico olhando para as estrelas.
— Isso não é bom, não podemos nos acostumar com esse lugar – Alby estava certo, precisamos sair daqui.
George pendurou uma rede que achou na caixa usando duas árvores de suporte, logo se preparando para dormir. Alby entrou na sua tenda e fiz o mesmo, me deitando com cuidado na minha cama improvisada que até não poderia ser a mais confortável do mundo, mas era melhor do que aquela árvore velha. Só escuto aquele ganso idiota entrar na minha tenda e deitar nos meus pés, o ignoro virando pro lado e deixando o sono tomar conta, me fazendo dormir.
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Maze Runner - O Começo De Tudo [Sendo revisado]
AdventureNossa história começa antes do primeiro filme de Maze Runner, contando a visão da nossa personagem principal e sua experiência acompanhando todo o caminho. (Contém algumas coisas dos livros de James Dashner e tenta ser fiel ao filme maze runner - c...