É meu quarto mês no labirinto. Estamos discutindo há muito tempo por causa dos portões. George se ofereceu para sair, para achar uma saída, mas Alby acha que é uma ideia ruim e perigosa, não sabemos o que tem lá.
Era de madrugada, enquanto estava na minha tenda, sentia a brisa gelada entrar pela porta, não sentia sono, até escutar alguém me chamando.
— Preciso da sua ajuda – George fala na porta, olhando para baixo para demonstrar respeito.
— Pode entrar, do que precisa? – me sento na minha cama, deixando ele fazer o mesmo.
— Eu quero procurar uma saída pelos portões. E antes que você diga que é perigoso, que não sabemos o que tem lá, eu estou disposto a descobrir – olho nos olhos dele e percebo que, se eu não ajudar, ele vai fazer isso sozinho.
— Qual seu plano? – George abre um sorriso como se não estivesse esperando que eu aceitasse.
— Não quero fazer as coisas pelas costas do Alby, então acho que primeiro você deveria tentar convencer ele.
— Mas você já tentou várias vezes falar com o Alby sobre isso, por que comigo vai ser diferente?
— Ele te escuta, de verdade, e sempre pede sua opinião nas decisões. Então, acho que se você falar com ele, talvez a visão dele mude.
— E se não funcionar? – ele me olha sério.
— Aí terei que entrar sem ele saber – George percebe minha feição de preocupação – vai ficar tudo bem, você não vai se livrar de mim tão fácil.
— Ok, me convenceu – falo com um sorriso no rosto – eu ajudo você.
[...]
O som dos portões se abrindo pela manhã me faz despertar, levanto e me arrumo para ir falar com o Alby.
— Como você está, Tali? – O moreno me pergunta antes que eu pudesse falar algo, ele estava ajudando dois garotos novos a construir um abrigo maior para todos.
— Queria falar com você sobre o assunto do George – ele fica sério e olha para mim.
— Já está decidido, ninguém passa por aqueles portões.
— Como espera que possamos sair daqui sem tentar passar pelos portões. George se ofereceu para ir, várias vezes, dá uma chance – ele parece finalmente estar mudando de ideia – se algo acontecer com ele, eu me responsabilizo.
Alby me olha preocupado, mas finalmente concorda – Espero que saiba o que está fazendo – o moreno apoia sua mão no meu ombro – Amanhã ele estará liberado para sair pelos portões para procurar uma saída.
— Obrigada – sussurro e vou fazer as minhas tarefas.
[...]
Foi um dia puxado, depois dos portões se fecharem, vou procurar o George para dar a notícia. Encontro-o olhando aquele "campo de flores" na floresta.
— Tá fazendo o quê? – pergunto curiosa.
— Só estava pensando como vou sair e voltar pelos portões sem o Alby ver – ao ver meu sorriso, logo ele percebe que não vai precisar disso – como você conseguiu?
— Nossa, você realmente não confia no meu potencial – o mesmo me olha com um olhar malicioso – não, não é nada disso que você está pensando, eu só conversei com ele e, além disso, não gosto dele desse jeito.
— Se você diz – dou um tapa fraco no braço dele, que começa a rir como um idiota – é brincadeira, princesa.
— Vai dormir, George. Amanhã de manhã, você vai ser o primeiro a sair pelos portões – ele me dá um beijo na testa e vai em direção ao acampamento.
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Maze Runner - O Começo De Tudo [Sendo revisado]
AdventureNossa história começa antes do primeiro filme de Maze Runner, contando a visão da nossa personagem principal e sua experiência acompanhando todo o caminho. (Contém algumas coisas dos livros de James Dashner e tenta ser fiel ao filme maze runner - c...