Capitulo 2: Invasão...

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Assim que o pessoal ouviu os barulhos de tiro, um tumulto se vez presente, era pessoas correndo para todos os lados em busca de se proteger. Bárbara a mulher que estava no colo de Grego também saiu correndo a procura de refúgio.

- Marechal. Ta na escuta. - Carimbo fala passando o rádio.

- Passa a visão. - diz Grego pegando o rádio.

- Invadiram a favela, os moleke tão tentando contornar o problema. Três já foram pro saco. - Carimbo estava falando.

- Qualquer coisa me informa. - diz Grego desligando o rádio. E saindo dali.

Gael havia se perdido de sua irmã, já que as pessoas estavam desesperadas, e os tiros eram constantes, Gael estava assustado e com medo. O mesmo sai do tumulto indo em direção a um beco sem saída, por causa de toda a confusão nem reparou a onde havia parado, quando um cara apareceu olhando o garoto, apontando a arma para o mesmo, Gael estava tremendo seu coração batia rápido que chegava a sair do peito, seu corpo estava tenso, e sua respiração pesada e descompassada.

- Oque temos aqui, um playboyzinho. Oque um garoto como você faz aqui? - diz o homem se aproximando ainda mais de Gael que andava para trás cada vez que o homem se aproximava. - Você não tem medo de morrer não viadinho de merda. - diz em um tom de raiva, se aproximando ainda mais de Gael, apontando a arma para a cabeça do mesmo, os olhos do garoto estavam marejados, seu corpo tremia e não respondia, apenas fechou os olhos e esperou, esperou e nada, assim que ia abrir os olhos o mesmo ouviu um tiro mas não o atingiu, então manteve os olhos fechados com toda a força a medo.

- Abra os olhos. - disse Grego, seu tom de voz era autoritário e rispido. Então Gael abriu os olhos mas não gostou muito do tom que Grego falou. Assim que viu o corpo do homem, deu apenas um gritinho genuíno de susto. - Não vai agradecer não garoto? - falou se aproximando guardando a arma nas costas.

- Quer que eu agradeça? - Gael fala sarcástico. - Por ter matado o cara é sério? - falou indignado, revirando os olhos.

- Porra garoto! Ou era ele ou você. - Grego já estava inrritado.

- Ta legal! Obrigado. - disse Gael agora olhando para Grego, querendo ou não aquele cara havia o salvado, e se não fosse por ele seria ele que estaria ali estirado no chão com um tiro no meio da testa. - Satisfeito? - perguntou em deboche, dando um passo para frente e um olhar desafiador, se aproximando ainda mais de Grego, não iria dar o braço a torcer. O cara poderia ter praticamente 1,80 e ele 1,60, com um soco poderia dar aquela falecida, mas não tinha medo.

- Garoto... - disse Grego entre dentes, olhando para baixo já que Gael era mais baixo que si, bem baixinho na verdade, mordendo o lábio inferior, estava com raiva. E antes que pudesse falar mais alguma coisa Bulldog o chama no rádio.

- Marechal câmbio. - fala no rádio.

- Fala Bulldog. - diz assim que tira o rádio da cintura, que estava no lado direito, e o leva próximo da boca para falar, encarando o garoto nos olhos, que não desvia o olhar por nenhum momento.

- Marechal ta tudo suave agora, pode subir. - fala passando rádio.

- Beleza vou subir. - disse Grego, desligando o rádio e colocando de volta no cinto da cintura. - Você vem comigo. - fala e o garoto o encara. - Sua irmã ta lá. - assim que o mesmo fala Gael o segue, o garoto parecia meio emburrado. Assim que chegaram, era um casa grande e bem estruturada por fora, não era igual as mansões do bairro de Gael, mas era aconchegante por dentro. A casa era arrumada e com móveis chiques nada muito extravagante. Tinha mais o menos uns 5 homens dentro da quela casa com armas grandes segurando na mão, Gael até se impressionou. Quando viu Morgana conversando com outra mulher de cabelos escuros e olhos castanhos, foi correndo em direção a irmã que assim que notou deu um suspiro de alívio ao ver seu irmãozinho mais novo vivo e o abraçou.

- Garoto você quase me mata do coração. - diz Morgana saindo do abraço, dando um tapa na cabeça do mais novo.

- Ai! - disse Gael pondo a mão no topo da cabeça, massageando o local, fazendo um biquinho. - Desculpa... Eu acabei me perdendo por causa da multidão. - disse olhando para sua irmã.

- A Eva me mataria se você voltasse machucado. - disse ao passar a mão na cabeça do garoto.

- Bem eu quase levei um tiro, mas aquele cara ali me salvou. - disse Gael olhando para Grego com desgosto, e revirando os olhos, achou o homem meio antipático. Os olhos de Morgana saltaram de órbita quando o garoto terminou a frase.

- Você agradeceu? - disse Morgana, seu tom era preocupado, o coração dela estava disparado. Seu irmão quase levou um tiro e ainda Grego o salvou, pela cara de Gael os dois não se deram bem. - Escuta Gael não provoca o Grego, tá legal? - disse Morgana, colocando uma de suas mãos no ombro do irmão.

- Grego... - disse ao escutar o nome do homem. - Ta bom! Fica tranquila Morgana. - disse Gael não passando muita confiança para Morgana, a mulher conhecia seu irmão e sabia como o garoto podia ser teimoso e implicante quando não ia com a cara da pessoa.

- Escuta Gael, eu não estou brincando. - disse Morgana seria olhando seu irmão. - Aqui não é São Conrado. - disse a mulher. A diferença entre a favela e o bairro nobre eram nítidos, não precisava de muito para perceber isso. A estrutura das casas ali na favela eram precárias, as casas umas perto da outra praticamente grudadas, crianças acostumadas com tiros o tempo todo, o perigo de tomar um tiro de bala perdida era constante, motos passavam pelas calçadas e asfalto, no meio de pessoas descendo o tempo todo. Mas oque era triste, é que era infelizmente a realidade de muitas pessoas por ali. Enquanto em São Conrado era diferente por mais que fosse apenas 10 minutos, a diferença era notável, mansões luxuosas, carros chiques, shoppings e lojas de grife tinham ali. Gael sabia que ali não era São Conrado, pelo fato de ter uma arma apontada pra sua cabeça e dois minutos depois o homem morrer por outro cara, esse cujo o nome era Grego. - É serio. A pessoa que te salvou, comanda essa favela. - Morgana falava calmamente vendo o irmão arregalar os olhos e engoli em seco.

- Morgana. - Grego chamou a mulher que olha pra trás e vê o homem alto atrás de si. - Seu irmão é muito sem educação. - disse o homem olhando diretamente para as orbes castanhas do mais novo, que tem em sua face uma leve irritação perceptível.

- Gael é um teimoso do caralho. - disse Morgana, vendo seu irmão olhar com indignação para ela. - Então desculpe Grego. E obrigado por salvar meu irmão. - disse a mulher agradecida por ter seu irmão vivo.

- Tamo junto. - disse Grego, olhando Morgana, dando um sorriso de canto, e logo olha Gael de cima baixo saindo dali, Gael esse que olha de volta, vendo o mesmo sair.

- Filho da puta.... - resmunga Gael, seu tom era baixo e irritado, seus braços se cruzaram e bufou em desprezo, logo em seguida recebendo outro tapa na nuca, de sua irmã, fazendo o mesmo levar a mão até o local massageando. - Aí! - disse.

- Pra você aprender a parar de ser mal agradecido, moleke. - Morgana falava, seu tom de voz saia em reprovação. - Vamos pra casa, a Eva já deve estar preocupada. - falou, puxando seu irmão para fora.

- Ok! Ok! Não precisa agredir também. - disse Gael, logo sendo puxado para fora, assim sentiu um olhar acompanhar todos seus movimentos, ao olhar em volta seus olhos encontram com Grego esse que estava olhando para si, logo dando um risadinha bem pouco aparente, no canto dos lábios, ao lado de Luan conversando.

Oi meus pão com nutella ! Tudo bem? Mais um capítulo de Amor Bandido espero que gostem. Desculpa a demora para escrever e postar o capítulo.

Votem e comentem.

Bjs da DiLua 🪐

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