Semanas se passaram desde da invasão na favela da rocinha, tudo estava novamente ao normal e como era de ser. Gael hoje iria novamente para a favela, fazer uma aula de dança já que Morgana disse que seria bom e Grego não negou. O garoto estava se arrumando, colocou uma calça mas solta estilo pantalona preta, que lhe dava mas liberdade para seus movimentos, usou uma blusa cinza e grande junto a uma gargantilha preta e um tênis da Nike no pé, pegando as chaves do seu carro, mas antes de sair deu de cara com seus pais que haviam acabado do chegar de viagem.
- Não para em casa um segundo não é moleke. - o homem de olhos marrom e cabelos pretos, alto e de um físico exemplar, diz com desdém. Sua expressão era sempre seria e rígida. - E que roupa é essa garoto? Isso e lá roupa de homem está usando. - disse olhando a roupa do Gael com desdém, para seu pai as coisas eram simples na sua cabeça, homens tinham que "agir" como homens, e mulheres "agir" como mulheres. Na mente de uma pessoa preconceituosa como aquele Senhor, o senhor Romero Belchior Villa Salazar, um mexicano com pouco mais de 40 anos e delegado da Polícia do Rio.
- A onde vai, e ainda com essas roupas Gael. - foi a vez da matriarca falar. Não ligava muito para o filho e nunca ligou, mas sabia como seu marido odiava o modo como o menino agia, a maneira que se vestia parecia que fazia para provocar. No fundo ela sabia que seu filho era gay só queria ignorar o fato, já que já ouviu uma das conversas com a irmã e Eva. Heloisa Salazar Belchior Villa, uma juiza renomada e da alta classe.
- Não vou discutir com vocês "papai" e "mamãe". - o moreno ironizou antes de passar pelos pais e dar as costas.
- Esse moleque... - o homem quase rosnou entre dentes, o barulho de bater de porta foi ouvido, junto ao motor do carro sendo ligado, Gael havia dado partida no carro, para a favela, não iria ficar ali ouvindo merda de seus pais, que era só isso que sabiam fazer, além de julgar o garoto. Assim que chegou na favela, Luan desceu e dando a visão para deixarem Gael subir o morro, esse que sentiu um olhar sobre si, mas não sabia da onde vinha, olhando pro lado viu um cara alto e cheio de tatuagens, com olhos claros o olhando, o mesmo ignorou e apenas subiu ao lado de dois caras e Luan. Havia chegado na casa de Morgana, Luan havia subido com os dois cara para a boca.
- Olá! Cheguei! - disse Gael adentrando na casa.
- Olha só quem veio. - fisse Morgana, aparecendo na porta para a sala, indo abraçar o irmão.
- Quem é vivo sempre aparece. - Gael olhou a irmã e retribuiu o abraço, lhe dando um sorriso gentil. - Vim para dar um entretenimento para as crianças. A faculdade tá fazendo danças beneficentes pelas favelas, então hoje vim para reunir as crianças e dançar. - disse o garoto olhando para irmã e logo se sentando no sofá da sala. - Logo vou para quadra, vou me encontrar com um amigo da faculdade aqui. - Gael falou, seu tom de voz saiu um pouco tímido e diferente.
- Hmmm! Amigo, sei, você não me engana, hermanito. - Clara olha o irmão com um sorriso malicioso no rosto e se sentando ao lado dele.
- Olha não posso negar que ele é um gato e uma pessoa incrível, porém ele é só um amigo... - Gael se explica para a irmã, como se ela precisasse de explicação.
- Você gosta dele? - a mulher diz em um tom sério e objetivo.
- É... - quando Gael ia responder Luan adentra porta a dentro, vendo os irmãos no sofá.
- Oi minha mulher. - disse beijando a esposa e logo vendo Gael com um cara não muito feliz do seu lado.
- Eu vou indo, não quero ficar de vela. Tô fora! - disse o garoto saindo dali dando um sorrisinho malicioso para a irmã o mesmo que ela lhe deu quando disse do tal amigo.
- Vai mesmo, eu vou aproveitar meu marido. - Clara fala dando uma um sorriso curto e logo vendo a expressão de Gael mudar pra nojo, saindo da casa. O garoto andava pelas ruas que por sinal eram bem pequenas, apenas algumas. Algumas casas coladas na outra e pessoas descendo e subindo de a pé e de moto, o barulho era bastante ali, e bom pessoas armadas com fuzis nas mãos, parecia algo incrivelmente normal para todos ali menos para Gael. O garoto seguiu seu caminho até a quadra onde já tinha algumas crianças no local. Os olhos atentos dos pequenos vieram para Gael, esse que deu um sorriso terno no rosto ao ver as crianças. Tinha mas umas 4 pessoas ali, esses que eram amigos de Gael.
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Amor Bandido
FanficNo Rio de Janeiro a guerra entre facções nunca para, perigo para os moradores da favela da Rocinha, medo de ser atingido por uma bala perdida tanto da polícia tanto dos bandidos. Diogo Gregório conhecido como Grego ou Marechal, o dono do morro e Ga...