Assim que chegou na casa da irmã, Gael desabou. Sabia que sua irmã estaria ali para ajudá-lo não importa a situação, ela sempre o amaria. Gael já teve alguns relacionamentos em sua vida e nenhum deles conseguiu ser saudável, a maioria dos garotos que ficou era só diversão nenhum o levou a sério o suficiente. Gael era seguro de si e confiante, mas com o tempo se sentiu usado e incrivelmente incompetente a ponto de não conseguir conquistar nenhum cara com quem ficou, será que o problema era ele? Será que tinha algo errado em seu corpo ou jeito de ser? As vezes essas perguntas invadiam sua mente e não deixava parar e pensar no que realmente queria, sempre ignorava e seguia em frente, mas as vezes era difícil, querendo ou não, ele é humano e tem sentimentos, humanos erram, falham e nem sempre conseguem seguir em frente. Sabia que todos os caras o problema era com eles e não com Gael, já que ele é assumido e não tem problema de ser quem é, mas só que a vezes tem medo de sair na rua e acabar sendo agredido tanto físico, como verbalmente e isso que fazia sua mente borbulhar em pensamentos e seu corpo parar. Ser aceito pela sociedade é algo difícil, por seu corpo, sexualidade, peso, altura, maneira que se veste, como age, como fala... Tudo é errado hoje em dia. As pessoas são cruéis e não sabem se por no lugar do outros. Todos gostam de olhar e julgar mas nunca ajudar. Gael gostava de Theo, sim GOSTAVA, no passado, Theo as vezes julgava seu corpo ou como Gael se vestia, por ser "afeminado" demais, como o mesmo dizia, que ele tinha que parar de vestir roupas consideradas femininas e agir de maneira mas "masculina" como dizia o mesmo. Gael não percebia mas a maneira que Theo agia, e falava sempre mal do seu corpo, da suas roupas e do seu jeito, Gael odiava isso e com o tempo pode perceber e não levar isso para frente teve a capacidade de terminar antes. As suas lágrimas falavam por si só, tudo que passou com Theo...
- ¿Hermano que esta pasando? - a mesma fala em espanhol. Ambos se comunicavam muito em espanhol, era sua segunda língua depois de português.
- O Theo, Morgana... - disse o garoto se sentando no sofá ao lado da sua irmã, com a cabeça baixa. - Ele foi um imbecil... Eu não percebia antes... - Seu tom era de raiva. - Porque as pessoas são assim? As pessoas me machucam, sem se importar com que eu sinto... - Gael chorava e sua irmã veio ao seu encontro e o abraçou, acariciando os fios de cabelos do menor, ao ouvir aquela palavras o coração de Morgana apertou, odiava ver seu irmão caçula assim. As pessoas são cruéis. Não era só por causa do Theo que estava assim, na verdade eram muitas coisas e apesar de que Theo foi apenas o gatilho para Gael se debulhar em lágrimas. Todos os relacionamentos que teve foram extremamente tóxicos. Ninguém o amou de verdade, o tratou da maneira saudável, sem julgar, sem repreender ou humilhar. Apesar do menor ser sempre uma pessoa de personalidade forte, independente e bem marrento, as vezes fofo e gentil com quem merece, apesar disso ele também tinha sentimentos e medos.
- Ei Morgana! - Grego adentrou a casa já chamando a mulher, sem perceber que Gael ainda estava ali. - O Luan passou aqu... - não terminou de falar por perceber que o menor estava nos braços de Morgana chorando. Para Grego, Gael parecia tão impotente e sempre teimoso demais, nunca imaginou que viria o mesmo assim, e o vê-lo daquela maneira queria ajudar queria realmente perguntar oque houve, e abraçar o menor, era algo inexplicável sempre que via o Gael era como se tudo a sua volta para-se e como se o mesmo tivesse uma luz própria, um brilho, não sabia explicar, já que viu o Gael apenas algumas vezes, era estranho. Alguns diriam que isso seria loucura se importar com alguém que sempre que via discutia, mas Grego sabia que tinha algo ali que não poderia ser explicado, uma conexão que nem o mesmo sabia explicar. Estava ali por algo que lhe disse que deveria ir na casa de Luan e Morgana naquele momento, era esquisito nunca se sentiu assim, parecia rápido demais mas queria aquele garoto pra si e faria isso, não importa oque ou quem tenta-se impedir.
- Grego! - gritou Morgana, ao perceber que o homem estava distraído.
- Oi? - disse saindo dos pensamentos e percebendo que os irmãos já não estava abraçados, e Gael nem estava mas chorando, o garoto estava fofinho com as bochechas rosadas e a ponta do nariz vermelhinho por causa do choro, Grego achou o menor deveras fofo.
- Eu tenho que ir. - disse sem muita enrolação.
- Eu vou levar você. - falou Morgana seria.
- Não precisa, você tem coisas para fazer, eu vou sozinho. - Gael falou olhando a irmã, o mesmo estava certo Morgana não podia sair da favela hoje, mas não queria deixar seu irmão ir sozinho.
- Eu levo ele. - Grego se pronúncia e fez com que Gael olhase na direção do maior.
- Não... - Gael mal terminou de falar e já foi interrompido por Grego.
- Não conteste garoto, você não tem muita escolha. - Grego o olhou dando um sorriso de canto se aproximando do garoto e logo se afastando, mostrando a chave do carro do mesmo em suas mãos chacoalhando a mesma.
- Como?... - Gael olhou admirado para a chave nas mãos do homem, sendo que a mesma estava em seu bolso, como Grego havia pegado a chave, o garoto olhou incrédulo para sua irmã que também parecia surpresa. Grego realmente era uma caixinha se surpresas.
- O talento que você tem pra dança garoto, eu tenho para outras coisas... - Grego falou. O talento para outras coisas que o mesmo se referiu era para o crime, o mundo da bandidagem. Grego esta nessa vida a anos, desde que era pequeno ainda, não tinha orgulho de saber roubar, traficar entre outros crimes, oque ele entendia era de gabaritar o código penal, ele não tem orgulho do que fez em toda sua vida, mas foi essa vida que fez o garoto sustentar sua mãe, mas também foi essa vida que fe com que o seu irmão perdesse a dele com 12 anos de idade, Grego tinha 8 anos na época, e foi com essa idade que virou aviãozinho no morro. Sya vida nem sempre foi um mar de rosas, antes de estar no topo o mesmo estava lá embaixo, sem ter oque comer. Sua mãe lhe disse uma vez, antes da mais velha falecer que: "Pobre é pobre e rico é rico". O menor nunca havia entendido essa palavra até conhecer o mundo de verdade e como as pessoas são lá fora, o quão cruel um ser humano podia ser. Grego não teve oportunidade de estudar de fazer uma faculdade, o garoto fez até a 5 série do fundamental, sim com 8 anos ele estava na 5 serie. Por mas que não teve oportunidade Grego sempre foi super inteligente, sempre tirando nota máxima nas provas, em todas as matérias, era o aluno nota 10, os professores tinham orgulho e a inteligência dele era de um nível superior, mas bom na vida nem tudo é flores e então teve que parar de estudar pra ajudar em casa, com morte do irmão Um tempo depois sua mãe descobriu um câncer e para or comida na mesa, teve que trabalhar dobrado no morro. O tratamento de sua mãe era muito caro e o garoto não tinha dinheiro para bancar então acabou que a mesma faleceu deixando o garoto de 8 anos a mercê, esse que foi acolhido pelo dono do morro, que o ensinou tudo que pode para o garoto, esse que aprendia rápido então foi fácil, o educou em casa fazendo o garoto ler e estudar em casa mesmo e Grego aprendeu, desde o começo da história até como roubar sem ser notado, era incrível a agilidade que o garoto tinha sempre se superando, esse era e é o Grego, o garoto que começou de baixo e chegou ao topo sendo o dono do morro, esse passado de seu pai adotivo para si.
Olá meus pão com Nutella! Tudo bem com vcs? Bom esse foi mas um capítulo de Amor Bandido. Podem ter achado estranho ou algo assim em relação ao Grego com o Gael, mas logo entenderam, se já não entenderão.
Estou inspirada postando capítulos para vcs kakaka
Como sabem sempre gosto de por em minhas fanfics coisas relacionadas a vidas passadas, encontro de almas, reencarnação e etc... E bom nessa vcs entenderam algumas coisas mas futuramente e então espero que entendam.
Bom contei um pouco da história do Grego pata vcs espero que gostem.
Bjs da DiLua🌙🦋🪐
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Amor Bandido
FanfictionNo Rio de Janeiro a guerra entre facções nunca para, perigo para os moradores da favela da Rocinha, medo de ser atingido por uma bala perdida tanto da polícia tanto dos bandidos. Diogo Gregório conhecido como Grego ou Marechal, o dono do morro e Ga...