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Ao sentir o chão gelado embaixo de mim eu abri meus olhos, agora eu me encontrava num lugar desconhecido; o ambiente ao meu redor emanava tristeza, confusão, e se notado com atenção era possível sentir a morte pairando por perto.

Ao me sentar, ainda no chão, notei que tudo se encontrava em tons cinza, branco e preto. O local onde eu havia acordado parecia ser uma sala, não havia muitos móveis ali, em minha frente havia um móvel grande com um alguns castiçais com velas, fornecendo uma pouca iluminação para o local; ao meu lado esquerdo havia um grande espelho todo sujo; atrás de mim havia outro móvel com gavetas. Me levantei e me aproximei para pegar um dos castiçais logo indo para o móvel com gavetas.

Com curiosidade comecei a abrir as gavetas, já na primeira encontrei uma gaveta cheia de fotos, todas elas eram de um casal com uma criança, porém, não conseguia identificar quem eram as pessoas nas fotos já que seus rostos estavam todos borrados.

As gavetas seguintes não continham muito, algumas tinham mais algumas fotos daquela família, outras tinham objetos casuais; a última gaveta que eu abri por sua vez continha um relógio de bolso, seu ponteiro estava travado em três horas e ele aparentava não funcionar a muito tempo.

Coloquei o relógio em meu bolso por algum motivo e segui até o espelho onde não consegui ver meu reflexo, revirando os olhos me virei novamente e com a pouca iluminação que vinha das velas do castiçal pude notar que em minha frente havia uma grande escada em espiral. Cautelosamente me aproximei e com curiosidade tentei iluminar para ver até onde a escada ia, mas por ela ser muito alta não pude ver seu final.

Enquanto me questionava se deveria ou não subir comecei a escutar resmungos que logo se transformaram em choro, vindo do topo daquela escada, então sem pensar duas vezes eu comecei a subir. Cada degrau subido fazia o choro ficar mais nítido então pude perceber que quem chorava era um bebê, ao perceber isso comecei a apressar meus passos.

Dez minutos depois quando finalmente consegui chegar ao topa da escada, com uma má iluminação, pude notar que a escada lá de cima se assemelhava a um relógio de números romanos; alguns instantes encarando a espiral abaixo de mim pude ter quase certeza de que ela era um relógio, por mais que isso pareça estranho. Parado no topo da escada eu encarava uma porta de carvalho marrom, bem ao estilo medieval; o choro havia parado, não sei ao certo quando, o que me deixou mais curioso ainda para ver quem estava ali.

Com cautela abri a porta pesada que rangeu alto ao ser movimentada, o cômodo em minha frente se assemelhava ao topo de uma torre. Havia diversos papéis espalhados pelo chão do local, o cômodo estava praticamente vazio exceto por um berço mais ao fundo e ao seu lado uma mesa de tamanho médio redonda com uma xícara branca em cima.

— olá... — digo para anunciar a minha presença no local, enquanto com o castiçal ilumino ao meu redor procurando mais alguém ali

Não havia ninguém, eu estava sozinho...

Através do Tempo - Kim TaehyungOnde histórias criam vida. Descubra agora