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Ansiedade, é a palavra exata para que estou sentindo no momento.

Faz doze dias que eu tive a reunião com o meu pai sobre a primeira plantação de uva, e caramba, saber que estou responsável pelo o primeiro vinhedo em Busan, é gratificante ao mesmo tempo que aquela pitada de medo e insegurança bate na porta - como senti no dia que recebi a notícia de meu progenitor.

Claro, que eu não serei o único a frente disso, Hyunjin também estará no comando, tanto como o meu esposo e ômega quanto na parte econômica e administrativa.

Na escola real - não tão real assim, já que os reis também disponibilizam vagas para pessoas plebeias - além das matérias comuns, nós também tínhamos matérias extracurricular, e dentre elas, os mais comuns era administração e economia. Na época, eu optei por administração e, que eu me lembro bem, Hyunjin escolheu para economia, mas ambos, de certa forma, eram interligados, então nós tínhamos conhecimento mútuo nas duas matérias extras.

Hoje, era quinta-feira, e o meu casamento ocorreu no outro sábado passado, ou seja, fazia uma semana e cinco dias, que eu estava casado com Hyunjin, e também o dia que recebi a proposta de meu pai.

E agora, neste exato momento, eu me encontrava sentado junto ao ômega, esse que encontrava-se concentrado nos papéis espalhados sobre a mesa de madeira. O mesmo estava simples, ao contrário de mim, enquanto eu usava uma roupa mais formal, uma camisa social de modelo slim fit na cor escura - deixando minha cintura um pouco mais marcada -, um cinto de couro e calça de sarja azul marinho, e um oxford ao contrário do mais velho a minha frente. Hyunjin vestia uma camisa de algodão branco, calça quadriculada - larga - no tom vermelho e usando pantufas.

Estamos na biblioteca de casa, eu e Hyunjin ainda estávamos nos acostumando com a nova moradia e o fato de morarmos juntos. Desviei o olhar para a porta, quando a madeira abriu lentamente e vimos uma das funcionárias entrar com uma bandeja do café da manhã.

— Eu trouxe o café da manhã, senhor. — Curvou-se minimamente e agradeço com um aceno simples.

A beta saiu, nos deixando sozinhos novamente, e observo o ômega ajustar o óculos de grau que insistia em escorregar para a ponta do nariz.

— O café chegou Hyunjin, trate de comer, por favor. — Digo baixo chamando sua atenção.

O ômega estava tão concentrado nos papéis, que parece não ter percebido a bandeja de alumínio repleto do que mais gostava de comer. Misto, torrada, e sua xícara de café com leite, mas também tinha geléia, requeijão e manteiga em pequenos compartimentos para os minis pães torrados.

— Eu já comi... Não? — Me olha confuso e nego incrédulo.

— Não, Hyunjin, você não comeu. — Digo convicto e ele assente. — Coma, e depois termine o que estava fazendo. — Digo olhando para a pasta na minha mão.

— Eu estive pensando... — Começa a dizer, e o encaro. — Segundo, minhas pesquisas sobre a vinícola, não é algo tão fácil assim.

— Nunca foi, Hyunjin. — Murmuro. — É uma burocracia como qualquer outro investimento.

— Sim, Felix, eu sei, se não se lembra eu também estudei. — Reviro os olhos pelo o tom sarcásticos. — Mas não é isso.

— Então o que é? O que pensou? — Indaguei pousando a pasta na mesa e apoiando meus cotovelos na madeira, e o olhando atentamente.

— Ao invés de contratamos logo de cara uma terra, nós podemos negociar um terra com o plantio. — Disse tomando um pouco do próprio café. — Para obtermos um terreno para o plantio das uvas, precisamos cerca de um hectare, e atualmente, a terra custa cerca de duzentos e dez mil dólares, e se formos transformar em nossa moeda, é 250.338.286,47. — O olho surpreso e o mesmo sorriu.— Isso mesmo, Lee, eu converti e deu nesse preço.

scandall and crown | hyunlixOnde histórias criam vida. Descubra agora