" - Eu já te falei que tudo que eu mais quero é você. "
Antonella e Richard tinham um relacionamento na adolescência, mas por conta de alguns imprevistos a garota acabou colocando um fim nesse relacionamento. Anos depois eles se reencontram, mas ago...
— Aquela professora é uma bruxa! - Bruna reclamou enquanto levantava os dois braços.
Bruna sempre foi uma garota muito expressiva, ela falava mais com as mãos do que com a própria boca. Eu e ela somos o oposto uma da outra: Bruna é extremamente extrovertida e a maioria das pessoas de São Paulo a conhecem, sempre está em festas e não tem medo de falar o que quer, na hora que quer e no momento que quer — eu queria MUITO conseguir ser assim, mas nem tudo é como queremos, correto?! —, sem se importar com a opinião alheia. Bom... Já eu sou o contrário disso, sou extremamente introvertida e odeio ser o centro das atenções, meu ciclo de amigos é extremamente fechado e eu dificilmente saio para festas que vão muitas pessoas, e podemos dizer que eu me importo bastante sobre o que as pessoas pensam sobre mim, por mais que eu tente ao máximo não demonstrar isso.
— Não fala assim... Ela é legal comigo - repreendo a garota, deixo um tapa leve em sua nuca, o que faz a mesma gemer simulando uma falsa dor.
— Claro que ela é legal com você! Você é nerd e mãe na adolescência, ela ama crianças e ama a Florinha - a morena revira os olhos e logo para em frente a minha moto.
— Ser mãe não faz parte da minha personalidade, Bruna - abro o banco da moto e entrego um dos dois capacetes para a garota, logo colocando o outro capacete em mim também.
A morena olha para mim por alguns segundos e logo abre seus braços, provavelmente esperando que eu a abrace, ação que não aconteceu, já que eu fiquei parada fingindo que não notei sua real intenção. Ela vem até mim e me abraça.
— Eu te amo, gata - ela diz com a voz abafada.
— Se você me ama vai parar de me abraçar, sabe que eu odeio abraços - falo, dando uma risadinha baixa.
— E você sabe que eu não ligo para isso, 'Tonelinha do meu coração - eu não consigo ver o rosto da garota, mas eu juro que consigo imaginar ela com um sorriso presunçoso nos lábios.
Bruna normalmente não vai de moto comigo, mas hoje em específico ela teve que ir, já que seu carro quebrou e seu pai ainda não havia lhe enviado dinheiro para conserta-lo — Bruna era a típica 'paty paulista que é bancada pelos pais ricos, mas pelo menos ela era uma patricinha rica e metida legal.
Estacionei a moto em uma vaga qualquer e logo a morena desceu e me entregou o capacete, desci da moto e abri o banco.
— Obrigada, minha gata! - ela me manda um beijo no ar e faz um coração, eu somente dou uma risada baixa - nossa, eu já estava quase esquecendo...
— O que? Esquecendo do que? - questiono rapidamente, minha atenção voltando para a mesma.
— Você tem compromisso amanhã? - ela pergunta, prestando atenção na minha expressão facial.
— Não... Eu acho - dito enquanto penso se eu havia marcado alguma coisa para amanhã, o que era muito provável que não.
— Perfeito! Eu vou precisar que você vá fotografar os garotos do time principal - a garota gesticulava com as mãos enquanto falava - meu pai vai chegar aqui daqui algumas horas para ver como ficou o estado do meu carro, eu provavelmente vou levar a maior bronca da minha vida - ela revira os olhos enquanto joga seus fios de cabelo para trás.
— QUE? Fotografar os garotos do time principal? Caralho! - falo surpresa, logo levo minha mão até minha boca e dou dois tapinhas - puta merda, não posso falar palavrão.
Arregalo meus olhos para a mesma enquanto a observo dar risada de mim.
— Meu pai vai surtar se saber que eu estou trabalhando e estudando, já que ele pensa que eu somente vim aqui para estudar.
— Estudar é o que você menos faz - comento.
— Uhum, mas ele não pode saber - ela fala baixinho, como se aquilo fosse o segredo do estado - e amanhã tenho que fotografar alguns garotos, então você vai lá cobrir para mim. Eu confio em você, sei que você dá conta - ela apoia suas mãos em meus ombros, uma mão em cada ombro - aliás, é bom ressaltar que eu somente passei para fotografar o profissional pois você quis continuar com a base.
Dou um sorriso amarelo e olho para o lado, desviando meu olhar da mesma.
— Me passa as informações tudo certinho, vou ter que deixar a Flora com minha tia - balanço a cabeça positivamente para mim mesma.
— Eu vou te enviar a mensagem que eles me mandaram, vou te enviar agora! - ela pega seu celular e começa a digitar algumas coisas, alguns segundos se passa e logo ela vira seu celular para mim poder observar nossa conversa no aplicativo de mensagens *Whatsapp* - pronto, vê se chegou.
— Eu não estou com meu celular aqui, deixei em casa - falo, logo ela me olha em completo choque e começa a fazer uma palestra sobre o quão importante é o uso do celular. Eu somente monto na moto e deixo uma Bruna completamente incrédula falando sozinha.
Segui dirigindo em direção a creche de Flora, não era muito longe, mas nesse horário em específico o trânsito de São Paulo é HORRÍVEL.
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🎙️ :: Capítulo curtinho apenas para não deixar vocês esperando muito! Postei capítulo novo na minha outra fanfic também, dêem uma passadinha lá!
Irei trabalhar essa fanfic a base de metas!
Meta do capítulo: 30 visualizações. 5 curtidas. 5 comentários.
É isso! Bom restinho de halloween para vocês, e me contem: do que vocês acham que a Antonella se fantasiaria se ela fosse em alguma festa halloween?!
Número de palavras: 954. Número de caracteres: 3.994.
