Cap. 6

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Indie
Dias atuais..

-Indie!- Avoz do meu pai gritando atingiu meus ouvidos.

Estava no meu quarto depois de ter dormido a manhã inteira. Era um sábado e tinha ficado até tarde no jantar dos Fane. Depois da minha leve discussão com Madden, fui de encontro com Gunnar e ficamos tentando adivinhar o que cada pessoa ali escondia. Todo mundo tinha segredos, principalmente pessoas importantes que fazem de tudo para terem poder. Íamos desde que o George Frasier, um dos sócios  da rede de supermercados local, tinha vários filhos escondidos pelo mundo. Já que ele e sua esposa pareciam tudo, menos apaixonados. Há o dono da maior biblioteca da cidade Sr. Beavers, supomos que ele seria uma espécie de serial killer. Lembro de ter pavor dele quando era pequena, sempre de cara fechada e encarando as pessoas, ele era sinistro. Gunnar falou que ele guardava os corpos das sua vítimas no "estoque" subterrâneo da biblioteca. Convenhamos era um lugar perfeitos para assassinatos.
Ficamos um bom tempo daquele jeito, e no final Jeet e Finn se juntaram a nós. Nenhum sinal de Madden, devia estar escondido nas catacumbas. Não que eu ligasse.

Desci as escadas e encontrei meu pai com um sorriso estranho.
-Pai?- Perguntei desconfiada quase rindo da sua cara. Seus olhos estavam esbugalhados e seu sorriso o fazia parecer que estava prendendo um pum.

Ele chegou mais perto e falou baixo. -Tenho uma surpresa pra você.- Meus olhos brilharam e sorri. -Mas, você não pode contar pra sua mãe.- Ele sussurrou, olhando pros lados, alerta. Bufei uma risada.

Mamãe tinha saído há pouco tempo com Finn e Willi pra o supermercado. Já eu preferi ficar pra dormir um pouco mais.

Afirmei com a cabeça várias vezes rápido, tão animada quanto meu pai, que parecia estar explodindo por dentro.
Ele balançou a cabeça alegremente e fez sinal pra eu o acompanhá-lo. Nós andávamos como se mamãe fosse aparecer atrás de nossas costas a qualquer hora. Mas ambos sabíamos que ela demoraria pelo menos uma hora já que olharia todas as datas de validade e ficaria atenta a todas as promoções.

Nos esgueiramos a passos leves para a garagem, meu pai a frente e eu o seguindo extremamente curiosa. Ele parou e olhou pra mim com expectativa nos olhos, abrindo a porta e me dando passagem para ir primeiro. A cruzei sem pensar duas vezes.

Tanto minha boca como meus olhos dobraram de tamanho. Uma caminhonete grande e vermelha preenchia a garagem.
Olhei para meu pai atrás de mim, que segurava as chaves, as balançando com os dedos.

-Era pra você ter ganhado assim que fez 16, mas sua mãe insistiu que você deveria tirar boas notas em matemática antes.- Ele revirou os olhos e eu ri. -Mas eu não me aguentei, não tava conseguindo esconder mais!- Meu sorriso aumentava a cada segundo. Ele se aproximou do carro e deu duas batidinhas no capô. -Troquei os pneus, refiz a pintura, e coloquei um motor de última geração. Novinha em folha.- Sorriu orgulhoso. -Esse foi meu primeiro carro. Tenho muitas histórias com ele, com meus amigos, sua mãe,- Fiz uma careta imaginado onde ele queria chegar. -Não tava falando desse jeito.- Ele contestou, mas duvidava que ele nunca teria feito nem sequer uma vez. Balancei a cabeça tentando tirar a imagem horrível da minha mente. -Bom, eu quero que ela seja sua. Quero que leve essa tradição dos grayson e faça várias merdas por aí! Controladamente é claro.- Acrescentou fazendo uma cara seria logo sendo substituída por uma risada. Ri junto e me joguei sem seu pescoço o abraçando forte.

-Eu sei, eu sei, sou o melhor pai do mundo não é?- Brincou me apertando forte em seus braços.

-Com toda certeza! O melhor de todos!- Sai do abraço só para olhar em seu olhos, iguais aos meus.

Não tinha palavras pra descrever o quanto eu havia amado aquilo. Era linda, completamente perfeita! E era algo sentimental, algo passado de pai pra filha e ele deu pra mim!

ARMOROnde histórias criam vida. Descubra agora