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Me afasto do Gally sentindo-me salva por um fio quando vejo o Newt encostado na porta de braços cruzados.

— Sim, está – bato com uma certa força no braço dele – Ai! Isso doeu.

— Não, você não atrapalhou nada, ele já está de saída – olho para o Gally que me encara emburrado – já pode ir embora – ele vai batendo os pés – em que posso te ajudar, Newt?

— Minho me falou que os corredores vão ter que começar a ser examinados quando saímos do labirinto – ele se senta na maca.

— Eu tinha me esquecido totalmente, pode tirar a blusa – o loiro me olha com malícia – sem brincadeiras, seja um pouquinho profissional – ele tira a camisa e me observa examinar o corpo dele, enquanto seque minhas mãos com o olhar, vejo um hematoma nas costas dele e ele geme quando toco – como fez isso?

— Escorreguei enquanto corria e bati as costas em uma parede, acabou? – O loiro me encara serrando a mandíbula e, quando confirmo com a cabeça e ele coloca a blusa novamente – onde estão os outros garotos que ficam aqui com você?

— Como hoje foi um dia muito parado, falei para eles irem procurar algo para fazer – escutamos batidas na porta e vemos Minho sorrindo.

— É minha vez, gatinha?

— Já falei para não me chamar de "gatinha" – quando percebo, o Newt já tinha ido embora e o Minho estava na minha frente.

— Como foi seu dia, gatinha?

— Eu até diria que foi normal, mas salvei um garoto de ser espancado pelo Gally – ele ri.

— O Gally só late, não morde.

— Realmente, ele estava bem irritado, de qualquer forma acho que tomei a decisão certa – Minho tira a camisa e eu começo a examinar ele – posso te pedir uma coisa? – o mesmo confirma – cuida do Newt, ele é bem fechado e não aceita ajuda, mas é um bom rapaz, mesmo sendo um pouco idiota – nós rimos – promete?

— Tudo bem, eu prometo. Acho que você é uma das mais inteligentes entre nós, se não for a mais inteligente – fico em silêncio – posso te fazer uma pergunta? – confirmo com a cabeça – como foi ser a primeira na Clareira?

Sou pega de surpresa, ninguém me fez essa pergunta antes, mesmo eu sabendo que queriam.

— Solitário, acho que é a melhor forma de descrever. Acabei, precisa de mais alguma coisa?

— Eu acho que não, mas sua companhia seria uma boa – ele sorri confiante, me fazendo rir.

— Tudo bem, te encontro depois. Preciso examinar os outros corredores – ele coloca uma mecha do meu cabelo para trás da minha orelha e me dá um beijo na testa antes de sair.

[...]

Minho estava sentado do lado de fora da enfermaria, me esperando.

— Esperando por alguém? – brinco com o asiático, sentando-se ao lado dele.

— Ninguém importante, só uma gatinha aí – dei um tapa no braço dele, fazendo o mesmo rir – trouxe isso para você – ele me entrega uma flor.

— Uma flor vermelha? – por um minuto achei que era ele que me levava flores todos os dias – obrigada.

— Não gostou?

— Gostei, só me lembrei de uma coisa, mas não é nada importante.

Ele se levanta, pegando minha mão, para me ajudar a fazer o mesmo, fomos jantar com os outros e ficamos conversando por horas. Como um "cavalheiro" ele me leva até a porta da minha tenda e se despede, me dando um beijo na bochecha. Ao entrar, encontro a nova flor branca na minha cama.

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Maze Runner - O Começo De TudoOnde histórias criam vida. Descubra agora