Ainda não acredito que faz dois anos que estamos presos nesse labirinto, perdemos muitos amigos, família, que sempre vão estar nas nossas memórias. As coisas melhoraram, Alby e eu estamos conseguindo deixar tudo em ordem, não diria que sou uma líder, isso não é pra mim, prefiro ser chamada de conselheira ou algo do tipo, por isso Newt se tornou o segundo no comando e o encarregado dos "cuidadores do jardim".
É um dia bonito, eu estava com o Minho na enfermaria, parece que o nosso querido corredor torceu o tornozelo, de novo. Ficamos conversando enquanto eu fazia uma atadura nele.
— Você deveria tomar mais cuidado – ele revira os olhos e dá um sorriso sarcástico – é sério, você poderia ter morrido.
— Fica tranquila, gatinha. Sou muito teimoso pra morrer – com seus dedos ele coloca meu cabelo pra trás – posso ser sincero?
— Sempre pode ser sincero comigo.
— Eu achava que alguém conseguiria te conquistar depois de tanto tempo aqui.
— De que merdilha tá falando?
— Você é a única garota aqui, além de ser muito bonita, a maioria dos trolhos baba por você – ele me olha de cima a baixo – faz dois anos que estamos aqui e ninguém nunca conseguiu um beijo seu.
— E se eu não gostar de homens?
— Prefiro a teoria de que você gosta de alguém em segredo – fico surpresa com o que ele diz e logo o mesmo cai na risada.
— Não gosto de ninguém, agora pare de ficar enchendo minha paciência – termino a atadura e olho para ele – pronto, pode ir embora.
— Eu sei que você me adora, gatinha – levo ele pelo braço para fora da enfermaria, fechando a porta na cara dele sem me despedir.
Passo a tarde estudando com ajuda de alguns livros sobre medicina, acabei vencida velo cansaço e adormeci em uma das macas. Acordei ao sentir um dedo encostar na minha testa.
— Acho que você não deveria estar dormindo, pirralha – era o Newt me olhando com a mandíbula cerrada.
— Eu acabei caindo no sono, desculpa – sento e arrumo o cabelo.
— Os garotos já examinaram todos os corredores, não tiveram coragem de te acordar – ele senta na maca – às vezes sinto falta de correr, mas com essa perna é difícil – o mesmo me entrega um sorriso de canto de boca.
— O que veio fazer aqui?
— Alby pediu pra te procurar, você sumiu por um bom tempinho, ai o Jeff falou que você estava aqui – olho para o loiro preocupada.
— Sua perna parou de doer? – ele parece um pouco desconfortável, porem responde mesmo assim.
— Não doí, mas atrapalha um pouco, acabo mancando por causa dela – o mesmo olha para perna lesionada – já está de noite, não acha que deveria descansar na sua própria cama? – concordo com a cabeça e percebo uma flor branca na mão dele – verdade, quase me esqueci – ele me entrega a flor – isso é seu.
— Obrigada – dou um sorriso sem jeito e ele me leva até a porta da minha tenda.
— Qualquer coisa me chama que eu venho correndo, ou pelo menos tento – acabo sorrindo com a sua piada sem graça, sou pega de surpresa quando ele me dá um beijo na bochecha e vai embora sem olhar pra trás.
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Maze Runner - O Começo De Tudo
AbenteuerNossa história começa antes do primeiro filme de Maze Runner, contando a visão da nossa personagem principal e sua experiência acompanhando todo o caminho. (Contém algumas coisas dos livros de James Dashner e tenta ser fiel ao filme maze runner - c...