Capítulo 10: Incidente em Shord Street

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Relatório de Ocorrências

30 de agosto de 1914

Local: Shord Street

Incidente envolvendo uma criatura de Nível A

Aproximadamente 20 pessoas sofreram ferimentos graves, e 35 mortos foram achados

Nós, os Sentinelas Brancos, realizaremos uma indenização anônima aos feridos e há família dos falecidos.


No dia seguinte, Stephen caminhou pelas ruas com uma postura casual, ao lado de Elizabeth, que usava roupas mais femininas do que o habitual. Isso claramente a deixava desconfortável, já que estava mais acostumada a usar uniformes de combate. "Isso é um incômodo, precisamos mesmo nos camuflar?" perguntou Elizabeth com um tom de descontentamento. Stephen olha com tranquilidade para ela e diz. "Precisamos ser discretos, Elizabeth. Não sabemos o que estamos prestes a enfrentar, e é melhor não chamar muita atenção." Ela começa a se enfurecer, mas não demonstra. Após um tempo, eles encontram a cafeteria que Hans havia comentado, mas estranhamente que havia comentado que estava fechado, mas decidem em entrar como cliente, mas ao abrir, Stephen e Elizabeth sentem um arrepio e arregalam os olhos em perceber que não tinha um aspectro, mas o local estava enfestado deles, mas as criaturinhas não perceberam. "Bom dia, o que gostariam?" Uma moça jovem e sorridente, uniformizada pergunta com os braços para baixo. "Bom dia, eu vou querer um café forte." Diz Stephen, a atendente vira para Elizabeth e fala. "E você moça, gostaria de algo?" Elizabeth percebe que não trouxe dinheiro, e Stephen repara nisso e fala. "Ela quer um capuccino e um pedaço de bolo." A moça anota e vai direto para os fundo. Enquanto isso, ambos se assentam e sente vários aspectros esfregando neles. "Está tudo bem?" perguntou Stephen, e Elizabeth responde quase quieta. "Por que você decidiu em pagar um tal de capuccino?" Stephen dá uma risada e diz. "Você mal sai da base, e sempre come comidas de lá, precisa comer coisas que são fora da base, você vai ver como é gostoso."

Um tempinho depois a moça chega com os pedidos, e Stephen repara que a moça estava com olheiras fundas. "Moça, parece que você não dorme bem." Ela se vira e diz. "Sabe eu to com uma dorzinha nas pernas, não consigo ficar de pé por muito tempo." Elizabeth olha para as pernas e vê um aspectro bem pequeno, parecendo uma larva, que estava sugando a pele dela. "Moça, qual é seu nome?" Pergunta Elizabeth.

"Meu nome é Clara, por que a pergunta?" Elizabeth em seguida faz um estralar de dedos falando o nome dela, e nisso as larvas somem, Clara nota que essa dor intensa que estava nas pernas acaba de sumir, e isso deixa maravilhada. "Meu Deus como você fez isso?!" nisso ela abraça com muita força e agradece bastante.

De repente todos percebem que os aspectros olham em direção aos três. Minutos depois Elizabeth segura a Clara e junto com Stephen, salta pela janela e chegando à rua. Elizabeth vendo a oportunidade, rasga a roupa e por baixo das roupas femininas estava a roupa da base do sentinelas "Você às vezes me surpreende, Elizabeth," disse Stephen com um tom de admiração. Enquanto conversavam, Elizabeth pegou um pedaço de ferro dos destroços da cafeteria, preparada para qualquer desafio que viesse a encontrar. De repente, eles notaram a presença de aspectros que se juntaram e formaram uma aberração assustadora. A criatura era imensa e chamou a atenção de todos ao seu redor, mesmo daqueles que não conseguiam enxergá-la, pois sentiam sua presença perturbadora. Elizabeth correu em direção à criatura, determinada a dar um golpe certeiro, mas Stephen a impediu, segurando-a pelo braço com firmeza e empurrando-a para longe. "Stephen!" Elizabeth exclamou com indignação, frustrada com a intervenção de seu parceiro. No entanto, Stephen, mantendo a calma, sabia que atacar a criatura diretamente era um ato suicida. Eles teriam que encontrar uma estratégia mais inteligente para lidar com essa ameaça iminente. E com essa situação, as pessoas que viram a explosão, começaram a ver aquela criatura e ao redor, uns correram, outros se paralisaram e muitos apenas olharam para a cafeteria e se mijaram nas calças e saias. Stephen diante dessa situação faz uma conjuração com seus dedos e simula um revólver com os dedos e atira em direção a criatura, sabendo que não seria eficiente, fez o aspectro se irritar e começar a perseguir.

Ambos correrem pelo quarteirão e Elizabeth com sua força física, arranca um cano na parede e salta em direção ao monstro Stephen olhando aquilo, preocupado com a Elizabeth tenta o segurá-la, mas foi falho. Nesse momento ela consegue dar um golpe certeiro no monstro que faz ele cair. E nisso Stephen exorciza a criatura, fazendo ela ser cremada aos poucos. "Foi fácil demais" Disse a Elizabeth. Mas Stephen acha estranho uma coisa, a sensação naquela cafeteria continua fluir. Após a batalha ambos perceberam que a Clara estava desacordada, os olhos brancos e a pele branca mais que o normal. Eles deixaram longe da rua por segurança.

Decidiram, portanto, explorar a cafeteria e investigar as origens dessa sensação persistente. O local estava repleto de destroços e marcas do confronto anterior, mas o sentimento de inquietação pairava no ar. Enquanto vasculhavam a área em busca de pistas, Stephen e Elizabeth começaram a perceber pequenas anomalias. Sombras inquietas, vestígios de energia espiritual residual e marcas que sugeriam uma conexão mais profunda com o mundo espiritual. "Isso não é o fim," murmurou Stephen, mais para si mesmo do que para Elizabeth. "Há algo maior acontecendo aqui, algo que não compreendemos totalmente." Elizabeth assentiu, sua expressão determinada. "Então vamos descobrir o que é e acabar com isso de uma vez por todas." Num dos corredores do estoque de fundo da cafeteria, tinha dois caminhos, na esquerda uma escada que vai para o subsolo, a direita vai até os fundos da cafeteria e nesse corredor tem caixas de papelão e duas janelas.

"Elizabeth, você vai para baixo, eu vou para os fundos, se acontecer algo me chama."

Ela acena concordando e saca uma faca que estava no seu calcanhar, guardado para o momento certo. Ao descer as escadas com cuidado, ela se depara com uma cena chocante, havia quinze corpos de funcionários alguns com gargantas cortadas, membros decepados e alguns com o rosto torrado. Isso deixou ela completamente em choque e enfurecida, até que no fundo, um moço, bem jovem ainda vivo sendo segurado pelo um aspcetro, um bicho que estava grudado nas paredes, aquela criatura simulava olhos e boca, olhos que não tem, e boca que nem tem dentes. Nisso Elizabeth saca a faca com intenção em fazer um arremesso, mas a criatura diz rindo. "Você acha que vai me matar antes eu de matar esse jovem, (Gargalhadas) é muito inocente minha querida." Elizabeth escutando isso, sua fúria aumenta mais franzindo sua testa e pupila contraída, restando apenas um pingo de racionalidade. "Você quer que esse jovem viva, faremos uma troca, ele vive e você morre." Nisso a Elizabeth larga a faca e levanta as mãos. "Está bem, se é isso que quer." Ela vai se aproximando, mas ela nota que uma garra vai se aproximando no pescoço do jovem, nisso ela para e diz. "O que você quer fazer?!" ele muda a posição da garra e aponta para o bolso de Elizabeth. "Você ainda está com uma arma, coloca no chão e se aproxime."

Nos fundos, Stephen analisando o local de fora, ah muitos rastros de gosma de aspectros para direita, e nessa direita leva numa garagem, na distância de 100m. Ao chegar ele tenta erguer o portão, mas foi falho, então ele se concentra a sua energia pelo seu pé direito e chuta com muita força, fazendo o portão voar á frente. Stephen chocado vê toda cena, mais de vinte corpos, a alguns caídos e outros pendurados, o cheiro de pobre enfeita o lugar, algumas moscas voam para fora da garagem. Mas algo se destaca nesse mar de fedor e crueldade, um homem, completamente nu, amarrado numa cruz de formato de X, e atrás está escrito em sangue com gosmas "Um pacto mal executado." Nisso Stephen se toca de deixou a Elizabeth sozinha, e decide correr.

Caminhos Profundos (parte 1 e 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora