Capítulo 15: Frodo Hoffmann

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Antes da chamada de Hans, em Gijón, uma cidade ao norte da Espanha, um garoto de 9 anos, Frodo Hoffmann, perambulava pelas ruas segurando um saco cheio de peixes. Ele pensava sobre as coisas cotidianas, como trabalho e escola, quando ouviu um gato miando num beco. "¿Hola?" perguntou o garoto. De repente, ele sentiu uma presença misteriosa e assustadora, causando-lhe medo a ponto de urinar e defecar nas calças. Uma criatura maior que ele emergiu das sombras do beco, com a intenção de devorá-lo. Então, do céu, caiu um homem que perfurou a criatura, salvando o garoto. Esse rapaz tinha 19 anos, cabelos castanhos muito bagunçados, olhar cansado, pele branca com um pequeno tom alaranjado. Vestia um casaco com botões pretos, calças verdes e botas militares. Ele pegou a criança, acalmou-a falando em espanhol, e a criança se despediu, partindo com sua sacola de peixes.

Esse homem era Frodo Hoffmann, que se tornou um caçador muito jovem, após enfrentar problemas aos 6 anos. Frodo possuía uma habilidade inata de invocar espectros. Hans foi seu mestre desde a infância até o final da adolescência, mas Frodo foi isolado na Espanha para treinar melhor. Arthur Jackson, um ex-membro do alto escalão, o treinou desde então, saindo por conta própria após descobrir corrupção no grupo. Ele decidiu se isolar junto com Frodo até terem a oportunidade de voltar. O garoto, agora um habilidoso caçador, ouviu uma voz familiar: "Frodo, ligação para você." Ele limpa a sua espada sem a guarda mão, e diz suavemente. "Mestre Arthur, pensei que estava no almoço." Ele coça sua cabeça e diz. "bem, estava, até que recebi uma ligação de um velho amigo, é melhor você atendê-lo."

Chegando à moradia deles, uma casa simples e um tanto suja por fora, mas bem cuidada por dentro, Frodo assumia a responsabilidade de manter a casa enquanto seu mestre vigiava a cidade, e vice-versa. Arthur havia improvisado um telefone para evitar que o Alto Escalão os encontrasse, e entregou o aparelho ao seu aluno. "Aqui, Frodo. Vou deixar você conversar enquanto vou vigiar a cidade", disse Arthur ao entregar o telefone. Ele se despediu e saiu da moradia. "Alô?" perguntou Frodo ao atender. "Frodo, quanto tempo", reconheceu a voz de seu antigo mestre. "Hans! Quanto tempo. Se você ligou para cá, alguma coisa está acontecendo, não é?" Hans suspirou fundo e respondeu: "Olha, preciso que você venha para Londres. Eu pago para você. Não se preocupe, já conversei com o Arthur." "Ele aceitou?" perguntou Frodo, curioso. "Ele aceitou em você ir, mas ele nem quis, disse que se sente melhor em ficar em uma cidade pacata." Hans continua com tom baixo. "Olha, a situação está complicada aqui, uma guerra está por vir, todos os líderes vão se juntar, mas pelo jeito eles nem querem me ajudar, estou te ligando por dois motivos. Primeiro, eles sabem que você está vivo, que não foi morto naquela época, então eles me obrigaram a ligar para você lutar junto. Segundo, tenho um plano, mas para isso você tem a opção de aceitar e recusar."

Frodo ponderou por um momento sobre a proposta de Hans, mas, confiando em seu mestre, decidiu aceitar. "Eu aceito. Diz o que você pretende fazer." Ao longo da manhã, Hans e Frodo conversaram sobre os detalhes da missão. Após a conversa, Frodo saiu para encontrar seu mestre para uma possível última conversa.

Encontrando Arthur em um terraço de mercado, os dois compartilharam tapas espanholas. "Mestre", cumprimentou Frodo, e Arthur o convidou para se sentar. Conversaram sobre diversos assuntos, e Arthur expressou seu desejo por uma paella, lamentando a falta de frutos do mar no restaurante. Frodo lembrou ao mestre sobre sua alergia, e ambos riram. Quando a conversa se voltou para a decisão de Frodo de aceitar a missão em Londres, Arthur expressou sua gratidão e preocupação. "Frodo, você foi minha companhia e aprendeu muito bem. Está na hora de colocar tudo que aprendeu em prática. Posso não ser o melhor mestre, muito menos o melhor professor, mas você foi persistente e não desistiu. Fico feliz e posso morrer em paz sabendo que treinei você. Frodo, não morra enquanto estiver lá." Frodo, olhando para o mar, respondeu: "Arthur, tanto você quanto o Hans me treinaram muito bem. Prometo que não vou morrer." Passaram a tarde relembrando os velhos tempos. No dia seguinte, Frodo arrumou suas coisas para partir. Arthur o chamou e entregou um presente: uma espada selada por gerações. Era a terceira das três espadas dos três reinos. Frodo a recebeu com gratidão, abraçou seu mestre e agradeceu pelo presente. Em seguida, partiu para Londres em um cruzeiro.

FIM DO CAPITULO

Caminhos Profundos (parte 1 e 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora